• Carregando...
 | Timothy A. Clary/AFP
| Foto: Timothy A. Clary/AFP

Um relatório foi entregue à CIA com informações bombásticas sobre Donald Trump, que poderiam até resultar em seu impeachment. Só que esse relatório tem autoria desconhecida, não há nenhum indício da veracidade das acusações (só a palavra de quem afirma, que também não sabemos ao certo quem é), e a fonte de informação seria um “ex-agente secreto britânico”, que também não foi identificado. O FBI já iniciou as investigações (acertadamente – afinal, é de um presidente que estão a falar!). Mas, até o momento, tudo isso não passa de boato, como se eu inventasse uma teoria da conspiração para explicar a razão de Eduardo Cunha, aliado histórico dos governos petistas, ter aceitado o pedido de impeachment de Dilma, e ainda dissesse “foi um espião que me contou”. Vilma Gryzinski conta o caso com maiores detalhes e analisa as consequências na hipótese de as acusações serem verdadeiras e caso sejam falsas.

Impeachment?

Como – até o momento – as acusações de que Trump tem de fato o rabo preso com o serviço secreto russo (ou seja, com Putin em última análise) são boatos, e as investigações estão em andamento, democratas e esquerdistas em geral que analisam que há impeachment à vista o fazem mais por wishful thinking do que por uma ponderação séria. Para quem não entende a preferência de Putin por Trump, saiba que a eleição de Hillary Clinton significaria, muito provavelmente, o prenúncio de uma guerra entre EUA e Rússia, porque há tempos a democrata estava fazendo ameaças nesse sentido. Isso não é motivo bastante para entender a torcida de Putin por Trump? Não há necessidade de apelar a teorias conspiratórias que conectem os dois presidentes. Felipe Moura Brasil afirma que esse é um caso legítimo de “notícia falsa”.

A reação de Trump

Confira como o presidente eleito reagiu às acusações que constam no relatório da CIA. (texto em inglês)

Segurança virtual

Já que o hackeamento dos e-mails de Hillary Clinton e de seu coordenador de campanha, John Podesta, influenciou tanto, segundo dizem, no resultado da eleição americana, é de se imaginar que a turma dos democratas tenha ficado muito aborrecida com Julian Assange e seu WikiLeaks, o site que divulgou o conteúdo dos e-mails. Agora estão tentando impugnar o resultado da eleição alegando participação da espionagem russa, porque Assange teria ligações com o serviço secreto russo. Não duvido que ele as tenha, mas isso não significa que Trump está diretamente envolvido no caso. Como dito, Putin tinha motivos suficientes para querer Trump na Casa Branca e pode tê-lo ajudado sem que o magnata tenha pedido (ou negociado) por isso. Bruce Schneier, especialista em segurança virtual, explica a jornalistas um pouco sobre hackeamentos e cyberataques para que não tirem conclusões precipitadas sobre autoria e responsabilidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]