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Não posso definir como decepção, afinal, como todos sabemos, em palavras de consolo que ecoam em nossas cabeças, nunca um time paranaense foi tão longe. A maior decepção na verdade não foi com o Furacão, que, devo confessar, não jogou com toda a raça que eu esperava. Todavia, a maior decepção foi com meus colegas conterrâneos. Aprendi, com meu pai, a valorizar os times regionais, comumente aqui chamados de "co-irmãos". Mas o que vi, na quinta-feira, foi uma prova de irracionalidade equiparável com a de nossos adversários, famosos pela agressividade gratuita. Com meu pai, gaúcho, aprendi a torcer pelo Internacional (hoje meu 2.º time na preferência, mas um 2.º muito atrás do meu Rubro-Negro). Além de torcer pelo Inter, torço por Porto Alegre, pelo Rio Grande do Sul. Vi meu pai torcer pelo Inter, time dele do coração, em competições estaduais, nacionais. Vi ele torcer com paixão, com vontade de ver o time dele campeão. Vontade e paixão que hoje comparo com o amor que eu tenho pelo Rubro-Negro. A grande diferença é que, como qualquer time, o Inter ganhava, mas também perdia. E quando em competições nacionais, quando o time do coração perdia, ainda assim, eu via não apenas meu pai, como todos os outros gaúchos, torcendo pelo Grêmio, Juventude, Guarani, ou qualquer que fosse o time gaúcho que continuasse na competição. O Rio Grande do Sul inteiro torcia pelo time de sua terra, e não era uma torcida só de simpatizar, mas uma torcida de acompanhar o time, erguer, vibrar, torcer de verdade. Está na hora de os torcedores da nossa cidade, do nosso estado, começarem a ter, mais do que estima, orgulho pela nossa cidade, nosso estado. Afinal, se nós não torcermos pelos nossos times, não serão os paulistas nem os cariocas que os farão.

Norton BarrosCuritiba, PR

Desarmamento 1

Diante de tantos arautos que pregam o desarmamento como a panacéia de todos os males relativos à segurança e também do engajamento da imprensa, das ONGs e de tantas outras entidades propalando aos quatro ventos que povo desarmado é sociedade pacífica, só me resta lembrar que a repetição dessa "meia-verdade" nos conduz a outros tempos onde a lavagem cerebral das pessoas nos levou ao "ame-o ou deixe-o" enquanto, nos porões da ditadura, adversários, inimigos e inocentes eram devorados pela repressão. O que mais me irrita é diversas entidades se valerem de estatísticas duvidosas para argumentar que o desarmamento do cidadão vai nos conduzir ao paraíso celestial, onde reinará a paz definitiva. Pura balela! Estatísticas sérias desmentem isso. O nosso grande problema de segurança pública é a falta de vontade política, é a ausência do Estado, é a descrença das pessoas nos comandantes e líderes, quando inquiridos, que repetem frases decoradas e, em vez de nos confortar, nos fazem ter certeza de que estamos abandonados à própria sorte e agora definitivamente desarmados. Não quero o Estado como meu tutor. Quero a minha liberdade de ter ou não arma, de ser responsável por ela, de pagar criminalmente se dela fizer uso irresponsável, mas não posso, de forma alguma, diante da ausência absoluta de segurança, ter que oferecer café e bolo a algum marginal se ele resolver atentar contra mim ou contra a minha família.

José Balan FilhoCuritiba, PR

Desarmamento 2

Parabéns à Gazeta do Povo por divulgar o outro lado da questão do desarmamento e parabéns também ao sr. Mário Lima, ao mostrar que uma arma se bem utilizada pode, sim, salvar vidas. É preciso acabar com o mito de que quem usa armas tem mais chance de morrer. Isso é um absurdo. Assim, com essas manifestações, podemos ver que as armas são um importante instrumento de legítima defesa nas mãos de uma pessoa habilitada ao seu uso. E, é bom que se lembre, pela lei atual, para se comprar uma arma de fogo, além das certidões negativas de antecedentes criminais, é preciso passar por uma rigorosa avaliação psicológica e por testes teóricos e práticos sobre armas de fogo.

João L. TeixeiraCuritiba, PR

Estatuto do Adolescente

A cada dia que passa, fico mais indignado com a proteção ao menor, pois sempre nos deparamos com marginais disfarçados de menores (devido à idade) que acabam com a vida de um pai de família, uma mãe ou até mesmo de outros menores. Ao serem presos (supostamente), eles têm uma mordomia que garante a comida com a temperatura ideal (exigência dos direitos humanos). Fica minha pergunta: será que os defensores dos direitos humanos vão verificar agora se a família do porteiro morto no Sítio Cercado está em dificuldades após perder o seu provedor de numerários para seu sustento? Será que as autoridades terão que sentir na pele quando um menor desses matar seus filhos, mulher ou até mesmo um político, para depois mudar este Estatuto do Adolescente?

Maurício Borges, empresárioCuritiba, PR

Errata

* Diferentemente do que foi publicado na edição de ontem, 15 de julho, na página 11, em Mundo, o míssil que matou a jovem israelense Dana Galkovitz foi disparado por palestinos. Dana, de 22 anos, vivia no kibutz de Bror Hail, mas morreu ao sul dali, na localidade de Netiv Haasara. Por ser filha de um paulista, ela tinha nacionalidade brasileira.

* Com relação à matéria "Pesquisa desvenda efeitos do raio X", publicada na edição de ontem, erramos ao informar no infográfico que a glândula tireóide está localizada na parte superior da cabeça de um ser humano; na verdade, ela fica em frente à laringe, na região do pescoço. A especialidade do responsável pela pesquisa também foi informada de maneira incorreta, Gerson Köhler é especialista em ortodontia e ortopedia facial e professor convidado de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Já a regulamentação das normas de proteção radiológicas na Europa foi implantada em 1996, e não em 1966, conforme publicado.

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