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Acompanhei pelos meios de comunicação toda a celeuma que seguiu a morte do jovem brasileiro residente em Londres, confundido com um homem-bomba pela polícia inglesa. É muito estranho que a comunidade brasileira lá residente, e que se mobilizou para protestar contra a morte de um seu compatriota, não tenha sentido a necessidade de protestar também contra o ato terrorista que recentemente vitimou mais de 50 pessoas naquela cidade. Da mesma forma, não me consta que no ano passado, quando um jovem paranaense foi vítima do atentado terrorista em um trem de Madri, alguém da comunidade brasileira tenha protestado. Lamentavelmente, ao que tudo parece, a comunidade de emigrantes brasileiros, ou pelo menos uma parte dela, foi coptada por uma certa "esquerda" terceiro-mundista, que só acha injustificada a violência quando ela procede de algum europeu. Nesse caso é "perseguição", é "racismo", é "atentado aos direitos humanos", etc. Com respeito as chacinas que vão se verificando em Londres, em Madri, no Egito, esse pessoal fica bem quietinho. Aí não existe violência, não existe racismo, não existe atentado aos direitos humanos. Dá para entender?

Ricardo Martins SoaresCuritiba, PR

Vossoroca

Gostaria de cumprimentar o leitor Antônio César Kuwahara pelo comentário de 26/7/05, relativo ao abuso das multas no radar do Vossoroca (BR-376). O que está acontecendo ali é um absurdo. Recentemente, escapei por pouco de ser "amassado" por um caminhão que descia em alta velocidade e não observou que os veículos da frente estavam "segurando" para evitar a multa. Foi preciso uma manobra brusca na pista para evitar um acidente de graves conseqüências. Não seria mais lógico corrigir os erros da pista e recuperar a mureta da ponte? A solução de multar motoristas que, para evitar acidentes, são obrigados a manter velocidade acima do permitido pelo radar só poderia estar acontecendo no Brasil. Ali, infelizmente, graves acidentes ainda podem ocorrer. Será que o Dnit já se deu conta dessa realidade? Vai preferir continuar multando, com certeza.

Altayr BailPonta Grossa, PR

Infelicidade

O presidente Lula foi mais uma vez infeliz quando desafiou alguém no Brasil que fosse capaz de lhe dar lição de moral e ética. Acredito que a sua origem humilde não lhe dá o direito de ter o monopólio da honestidade, tampouco de imaginar ser a única pessoa a ter recebido de seus ancestrais lições de ética e moralidade. Conheço muitas pessoas simples e humildes que também servem como exemplo, no entanto não são arrogantes e estão sempre dispostas a aprender. O seu passado de lutas, que é inquestionável e admirável, deveria servir como arma para combater a corrupção em seu governo, encarando o problema de frente, como seria esperado de um verdadeiro comandante.

Marciano Rubel, empresárioCuritiba, PR

Falta adjetivo

Após assistir a reportagem do Globo Repórter de 22/7, não consegui encontrar adjetivos para o meu sentimento. Uma mãe colocou seu filho de apenas 5 anos no lombo do burrico para caminhar por vários quilômetros, durante horas, na busca de encontrar cocos – que seriam, mais tarde, quebrados por aquela mesma criança. Ao ser indagada se preferia brincar ou quebrar cocos, escolheu a segunda opção pois certamente essa criança desconhece o sentido da palavra brincar. Ao fim de um exaustivo dia, ao negociar junto a um comerciante local, conseguiu apenas míseros R$ 2,90 que lhe deram direito a comprar uma barra de sabão, um pacote de açúcar, uma caixa de fósforo e algumas balinhas para "adoçar" a boca dos seus filhos. O que sentir diante desse quadro? O que sentem todas as pessoas envolvidas com esses escândalos de lavagem e remessa ilegal de dinheiro? Será que em nenhum momento eles pensaram nos milhões de brasileiros que levam uma vida igual ou pior ao daquela família? Para mim, foi difícil encontrar um adjetivo para esse sentimento.

Fábio dos Santos, gerenteParanaguá, PR

Visionária?

A atriz Regina Duarte tinha razão quando disse, na época da eleição, do temor que sentia com a vitória do candidato petista. Foi execrada, lógico! Hoje, o que vemos?

Tony Otávio de AlmeidaSão Miguel Arcanjo, SP

Parlamentares de ontem e de hoje

Dói quando assistimos a uma reportagem em que duas crianças quebram nozes o dia inteiro para comprar um quilo de arroz e duas balas. O que mais chama a atenção não é a miséria que impera no Nordeste, mas sim a comparação com os grandes roubos de parlamentares, executivos e pessoas ligadas diretamente ao presidente, homens que dirigem o país. Pastores evangélicos com malas cheias de dinheiro, alegando ser dízimo, desconhecem que existem firmas especialistas no transporte de tais quantias. Estas firmas são severamente fiscalizadas pela Polícia Federal. Se os nossos parlamentares lá de Brasília se preocupassem com o Brasil teriam visto a notícia nos jornais que os EUA pleiteiam uma base militar no Paraguai, e onde eles querem instalar é ao lado da Usina de Itaipu. Não admirem senhores deputados e senadores se vingar tal plano. E vocês não vão fazer nada, e nem armas nós teremos. Diante dos fatos, só nos resta lembrar de verdadeiros e honestos políticos que outrora tivemos, tais como Bento Munhoz, Abilon de Souza Naves, Ney Braga, Tico Lopes, Nicanor de Wasconcellos, Domicio Scaramella, Antônio Baby, dr. Lauro Soares e tantos outros que merecem os nossos respeitos e saudades.

Edison BindiSão José dos Pinhais, PR

"Suas lambisgoias"

Era este o "palavrão" que, nos anos 30, eu e minhas amiguinhas usávamos quando tínhamos alguma briga. Qual o significado, não sei. Apenas sei que era "palavrão". Hoje, cada vez que passo defronte à antiga Estação da Estrada de Ferro, me dá uma raiva danada e a vontade é a de dizer um palavrão em russo ou árabe! Não, não me conformo com a destruição das nossas estradas de ferro e das rodovias. Quando indagava a respeito, a explicação era de que as grandes empresas petrolíferas eram as culpadas... Sai governo, entra governo e o descalabro continua. O que falta, realmente, é o sentimento de brasilidade. Já faz muitos anos que no Japão existe o trem-bala. Também já existe o metrô de superfície. As estradas de ferro e os trens na Europa são uma beleza. As auto-estradas são fantásticas. Fico muito irritada percebendo o quanto nós, brasileiros, somos sempre deixados "ao Deus dará". Este é o único lugar, no mundo, onde uma estação de estrada de ferro é transformada em shopping. E haja shopping! Enquanto isso, as ferrovias (?) e as rodovias (?) ficam relegadas ao abandono. O que está sendo feito para a recuperação das nossas estradas ainda é pouco!

Margarita Wassermann, escritoraCuritiba, PR

"Elites"

"Neste país está para nascer alguém que venha querer discutir ética comigo." Parece que a arrogância não tem limites. Quer dizer que o povo brasileiro não passa de um bando de malandros sem ética? O único "santo" é o presidente da República?

Dario Knopfholz, engenheiro civilCuritiba, PR

Queremos garantia

Sou a favor da paz. Sou coração a toda prova. Sou amor sempre, porque ele constrói. Mas tudo deve ser dosado, nem muito, nem pouco, muito menos nada... Votarei sim pelo desarmamento, desde que o mentor dessa idéia e o governo assegurem com fatos e provas que o povo estará mais seguro e que os bandidos, guerrilheiros, sem-terra, traficantes sejam totalmente desarmados e fiquem proibidos de adquirir, por qualquer meios, armas. Primeiro, deveremos votar no desarmamento dos bandidos e guerrilheiros camuflados por aí, depois que venha a votação para o desarmamento geral. Meu povo curitibano, paranaense e brasileiro estejam atentos a isso!

Eduardo AragãoCuritiba, PR

Sem caixa

Como contribuinte de Guaratuba, por esta coluna, expresso minha profunda indignação com a prefeitura e sua demonstração da falta de responsabilidade quanto à minha solicitação de uma manilha. Um funcionário da Secretaria de Obras do município me informou que não há dinheiro para a compras de materiais para aquela Secretaria, e que meu pedido não foi devidamente atendido devido à falta de dinheiro no caixa da prefeitura. O meu IPTU está em dia.

Luciano CauduroCuritiba, PR

Brasil!

É revoltante ver a última campanha do governo federal, falando em bom exemplo para a sociedade, num momento em que o mau exemplo é moda em Brasília. O governo deveria fazer uma campanha séria de bom exemplo no Congresso. É mensalão, é dinheiro na cueca, dinheiro na mala, dinheiro na sacola, é caixa 2, ou "dinheiro não contabilizado", como prefere um famigerado tesoureiro. Enfim, é corrupção rolando solto, para todo lado. Cadê a moral, a seriedade, o respeito, a responsabilidade no trato da coisa pública? Não é hora de fazer fórum anticorrupção no exterior, discurso pra lá, discurso pra cá! Muito papo, nenhuma ação! É preciso, com seriedade, combater a corrupção, o desvio de verba, a malandragem, a falta de vergonha, a mazela total! Os envolvidos devem ser afastados, os culpados, punidos. Presidente, acorde, faça alguma coisa! Não deixe que seu nome seja igualado a tantos outros que mancharam a história do nosso país!

Cristiano Gomes de Oliveira, advogadoCuritiba, PR

"Matador"

O presidente do Coritiba, Giovanni Gionédis, está dizendo que vai aumentar a capacidade do estádio e colocar 41 mil pessoas contra o São Paulo. Na minha opinião e também de outros coxas, achamos melhor um atacante "matador" na equipe do que o aumento da arquibancada. O que adianta ter um estádio para 41 mil pessoas e não termos um atacante para fazer gol. Vale lembrar que no próximo domingo, dia 31, comemoraremos os 20 anos da conquista do Brasileirão. Parabéns a toda aquela equipe, ao saudoso Ênio Andrade e ao sr. Evangelino da Costa Neves. A torcida espera que o sr. Giovanni Gionédis nos presenteie com a tão sonhada contratação de um atacante que faça gols.

Ricardo Albuquerque, estudanteCuritiba, PR

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