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Bom dia!

A sensação de “não vale a pena ver de novo” ronda a discussão do ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba. A votação do projeto na Câmara de Vereadores, ontem, foi adiada após servidores públicos invadirem a Casa legislativa. O enredo remete a 2015, quando uma invasão de servidores públicos à Assembleia Legislativa do Paraná foi o marco zero da Batalha do Centro Cívico - cujo ato final e mais dramático foi patrocinado pela truculência policial.

Desde o início da manhã a postura dos servidores era da “chamar o pênalti” ao invés de buscar soluções mais democráticas, como o diálogo com o legislativo e o executivo ou convencer com argumentos vereadores a votar contra o pacote. Um cerco à Câmara impediu que legisladores chegassem à Casa. Alguns vereadores tiveram de se refugiar em prédios vizinhos, como o do Instituto Médico Legal. A circulação da imprensa e o fluxo de alimentos para quem estava dentro também foram impedidos. Informalmente, os vereadores confessavam o temor de ver uma nova Batalha do Centro Cívico na mesma medida que temiam pela violência.

Rafael Greca não foi à Câmara, como exigiam os servidores. O prefeito gravou um vídeo em que defendeu a necessidade do ajuste para sanear as contas do município.

Hoje, a prefeitura receberá os servidores para discutir o pacote e eventualmente modificar algum ponto. João Frey explica quais são os termos atuais do ajuste fiscal proposto por Rafael Greca. A votação será retomada somente na próxima terça-feira, dia 20.

O assunto é tema do editorial da Gazeta do Povo “O pacote de Greca e o fascismo sindical”. Na nossa visão, o sitiamento e posterior invasão da Câmara dos Vereadores revelaram um movimento de servidores que vê a truculência, e não a força das ideias e da argumentação, como forma de fazer política.

Existe um risco: o de se consolidar a ideia de que só houve recuo graças ao cerco e à invasão promovidos pelo fascismo sindical – e, lamentavelmente, apoiados por vereadores de oposição. A mensagem de que essa estratégia funciona apenas fragiliza a democracia.

A Previdência, a saúde e a educação

Defender a Previdência e o funcionalismo público brasileiros como estão e investimentos em saúde e educação é uma conta cada vez mais inviável. Fernando Jasper passou a lupa nas contas do governo federal no primeiro quadrimestre: Boa notícia: as despesas caíram 4,3% além da inflação. Má notícia: para bancar a Previdência e os gastos com funcionalismo, o governo retirou investimentos não obrigatórios com saúde e educação

Em pouco mais de um ano de governo, Michel Temer autorizou reajuste a mais de 1 milhão de servidores. São R$ 301 a mais por brasileiro até 2019.

A Previdência já consome 64% do orçamento. De cada três reais de recursos federais, dois vão para aposentadorias.

E boa parte desse realzinho servirá para alimentar o pacote de bondades que Temer prepara, com direito a refinanciamento da dívida dos estados com o BNDES, reajuste da tabela do Imposto de Renda e do Bolsa Família. Ricardo Amorim conta quem vai pagar a conta de tanta bondade.

No episódio de hoje de House of Cards Brasil...

... Joesley Batista voltou ao Brasil para prestar novo depoimento à procuradoria-geral da República. E chegou falando grosso em nota da JBS.

Joesley Batista estava na China – e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República. Não revelou seu destino por razões de segurança.

Aliás, lembra aqueles trechos inaudíveis da conversa entre Joesley e Temer? A Polícia Federal informou que já estão todos audíveis.

Eunício Oliveira, presidente do Senado, disse que a Casa jamais desrespeitou a decisão do Supremo pelo afastamento de Aécio Neves. (mas o nome de Aécio segue no painel de votação e o suplente não assumiu)

O ministro Edson Fachin transferiu Rodrigo Rocha Loures do Presídio da Papuda para a superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Atendeu alegação da defesa de que “o deputado da mala” corria risco de vida.

Sergio Moro condenou o ex-governador do Rio, Sergio Cabral a 14 anos e dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, mais multa de pouco mais de meio milhão de reais. A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foi absolvida.

Ela não é a primeira a receber tal sentença de Moro. Kelli Kadanus lista dez casais encrencados na Lava Jato.

O ataque a Miriam

A jornalista Miriam Leitão revelou, em sua coluna no jornal O Globo, ter sido vítima de ofensas de militantes do PT em um voo de Brasília para o Rio, dez dias atrás. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, assinou uma nota lamentando o fato, mas (sempre tem um mas) responsabilizando a vítima ao dizer que a polarização é alimentada pela imprensa.

O editor de Ideias, Jones Rossi, aponta a falta de manifestação do movimento feminista em defesa de Miriam Leitão, bem mais atuante em outros episódios de agressão a mulheres conhecidas. Joana Neitsch mostra que as ofensas à jornalista não são apenas provocação, são um crime.

A situação pela qual a jornalista passou pode ter envolvido crimes como injúria, difamação e ameaça. Além disso, o fato de se tratar de um grupo considerável também pode configurar a formação de um bando, que fazia incitação ao crime.

A tatuagem na testa

Lançamos mais dois olhares sobre o jovem torturado por um tatuador em São Bernardo do Campo, após a tentativa de roubar uma bicicleta. Thaís Nunes e José Dacauaziliquá ouviram o adolescente e sua família para contar a história dele - e descobriram que um dos agressores já foi condenado por roubo.

Alexandre Borges aponta uma desproporcionalidade no caso, diante da forte repercussão. Ele diz que o tatuador Maycon Wesley jamais havia cometido um crime e agora está preso por um crime inafiançável. Enquanto isso, autores de crimes hediondos estão soltos ou prestes a recuperar a liberdade.

No Paraná...

O produtor rural Marcos Seitz, de Guarapuava, é o novo rei da soja no Brasil.

Beto Richa viajará a Londres este mês para discursar em um evento sobre desenvolvimento. Acontece que a viagem é mais extensa que o evento. Ou seja, vem nova parada técnica por aí.

Extra! Extra! (parte 1)

O WhatsApp deixará de funcionar em alguns modelos de celular a partir de 30 de junho. Júlio Boll tem a lista dos condenados.

Eeeextra! Eeeextra! (parte 2)

O ministério da Saúde cogita proibir o refil de refrigerante em redes de fast-food. Ou, como mandar a proporcionalidade para o espaço para tratar um problema pertinente.

SuperQuarta

Quarta-feira de rodada do Campeonato Brasileiro, com direito a clássico estadual e líder em campo. Aqui estão a tabela e a classificação do Brasileirão. Também as dicas de Adriano Ribeiro, no Cartoleiros, para mitar na rodada do Cartola

Vice-laterna, o Atlético visita o Atlético-MG, no Horto, para conquistar a primeira vitória. Mas a atenção mesmo estará para o sorteio das oitavas de final da Libertadores. Para domar a ansiedade, o torcedor do Furacão pode simular o confronto do mata-mata nessa nossa traquitana viciante.

No podcast Arquibancada Virtual, Adriano Ribeiro, André Pugliesi e Rodrigo Fernandes contam quem já está garantido na seleção brasileira para a Copa do Mundo da Rússia. Afinal, estamos a um ano do Mundial.

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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