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Após a derrota por um voto que a "PEC do Emprego" sofreu na votação da Assembleia Legislativa, o governo estadual, por meio de seus porta-vozes, reagiu com uma ideia que lembra muito os que, em pleno século 21, imaginam ter acabado de descobrir a pólvora. Ao responsabilizar os 12 parlamentares que se ausentaram do plenário para não votar a emenda, os líderes governistas no parlamento estadual propuseram que a Casa promova desconto correspondente à falta no salário deles. A medida tem aparência de justa – mas não passa disso. Primeiro, porque ausentar-se das votações é uma prática regimental legítima; e segundo porque não se pensa em proposta como esta quando, a despeito de muitas faltas, projetos do governo alcançam quórum suficiente para serem aprovados. Aliás, esta é a regra – pois raramente o painel eletrônico do plenário registra a presença simultânea de todos os 54 deputados que compõem a Assembleia. Ou se desconta sempre – como mandam o regimento e o bom senso – ou não se desconta só agora, quando tal providência tem o claro sabor da vingança.

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