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A Infraero, a empresa estatal que administra os aeroportos brasileiros, é um gigante responsável por altos orçamentos e grandes obras. Deveria ser sempre dirigida com o mais absoluto apuro técnico – afinal, está em suas mãos o dever de fazer funcionar com precisão e muita segurança todo o aparato científico, tecnológico e infraestrutural que sustenta o sistema aéreo do país e suas interligações internacionais. Logo, partindo desses pressupostos, a empresa precisaria ficar completamente a salvo das cobiças políticas. Não é, porém, desse modo que os políticos veem a Infraero: veem-na apenas como uma cornucópia da qual poderão abastecer seus caixas e acomodar apaniguados. É dessa maneira que ela vem sendo o centro de uma daquelas disputas que costumam cercar as mais ricas e poderosas estatais nacionais: empenhado em reduzir despesas, debelar focos de corrupção e qualificar os quadros da Infraero, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vê-se às voltas com exercícios de barganha disparados pelo PMDB, partido que se acha no direito de controlar a empresa. Resistir é preciso.

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