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A mudança de mentalidade sobre a região metropolitana de Curitiba não passa só pelos gestores públicos. Seria bom se professores recorressem com freqüência aos dados do Ipardes sobre a RMC para calçar suas aulas no ensino fundamental e médio, aumentando a consciência dos jovens sobre o local onde vivem – hoje o equivalente a nada menos do que 30% do estado do Paraná.

São 3,1 milhões de habitantes, boa parte deles sujeita a índices de desenvolvimento humano tão ruins que fazem do rico Paraná um lanterninha entre os estados do Sul, como já mostrou a Gazeta do Povo em reportagens anteriores. Basta lembrar que 30% dos jovens de 18 a 25 anos da RMC – o equivalente a 135 mil pessoas – estão fora da escola. Não é difícil prever onde vai parar esse rio.

Uma saída para quem não participa diretamente da gestão pública é transformar a RMC em laboratório, em espaço de investigação constante. Nos seus 1.450 quilômetros quadrados – uma imensa área – condensam-se os grandes dilemas do mundo globalizado, do meio ambiente à divisão de riquezas, da habitação à violência. Antes de ser assustadora, essa realidade deve ser estimulante. Sabe-se que mais da metade da população do mundo vive nas grandes cidades. Logo cidades têm de ser viáveis. Como na melhor das cartilhas de boas maneiras, um bom começo é ser gentil com quem mora ao lado.

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