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Não é de hoje que o PT tenta impor limites ao trabalho da imprensa, utilizando para tanto os mais diversos argumentos e justificativas. Desde a defesa de direitos difusos e coletivos da sociedade no que diz respeito à comunicação social, até uma atuação para prevenir a ocorrência de abusos por parte da mídia. Um passo nesse sentido foi tomado pelo governo petista da Bahia com a instalação, na última semana, de um conselho de comunicação. Oficialmente, sua missão será criar uma política para o setor no estado e "orientar a atuação dos órgãos estatais de tevê e rádio". Ainda que tente dar um verniz de apenas atuar na esfera governamental, o texto genérico da lei confere ao órgão atribuições de intervir na esfera privada, o que fere princípios constitucionais. Na mesma toada, o governo do Rio Grande do Sul, também do PT, discute a criação de um organismo semelhante. É importante que se diga que os veículos de comunicação cumprem hoje importante papel na fiscalização e denúncia dos abusos cometidos na esfera pública, o que seguramente desagrada aos detentores do poder. Diante de tantos desmandos cometidos e estampados nas manchetes diárias, cabe indagar a quem interesse intimidar ou limitar o trabalho dos meios de comunicação. Impor a criação de conselhos sob pretexto ideológico de garantir o "controle social da mídia" nada mais é do que censura e tentativa de cercear o trabalho jornalístico, atividade fundamental num regime que se diz democrático.

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