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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ignorou o recado enviado na segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando do anúncio formal das medidas que compõem o Plano de Aceleração Econômica. Fazendo graça, e colocando-se ao lado do "mercado", Mantega cobrou do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, uma medida ousada para derrubar os juros.

Fez o Copom o que dele se esperava. Baixou a meta da taxa básica de juros (Selic) – como, aliás, vem fazendo ininterruptamente desde setembro de 2005, – em modesto 0,25 ponto porcentual, para 13%. Foi a dose considerada razoável e coerente com o histórico da instituição, que nos últimos anos vem perseguindo a autonomia em relação aos projetos do governo federal.

Quando se trata de estabelecer diretrizes de política monetária, confiabilidade é tudo. Os cidadãos brasileiros (não só os grandes investidores, mas qualquer pessoa que tenha economias numa caderneta de poupança) precisam de um ambiente seguro, que não seja alterado segundo as prioridades efêmeras de cada governo.

É necessário, sim, que os juros caiam para que o país volte a crescer com consistência, como planejam os idelizadores do PAC. Mas não vai ser dando recados em conferências de imprensa que o ministro Guido Mantega vai conseguir isso.

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