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O salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é motivo de preocupação para a sociedade. Apesar das pressões da corte, não há data para o projeto ser votado no Congresso. A proposta inicial, formulada em 2006, era elevar os salários dos atuais R$ 24.500 para R$ 25.725. Como o adiamento, a discussão agora envolve a elevação do salário de cada um dos 11 ministros do STF para R$ 27.716. Mas a fonte de preocupação não está no aumento em si, nem tampouco em seu valor. A aprovação do aumento para o STF representaria um gasto adicional de R$ 347 milhões por ano para o Judiciário, valor já previsto no Orçamento da União de 2009. Mas a demanda desencadeia fatores que podem tornar a conta bem mais complexa e cara do que aparenta inicialmente. Entra em cena o efeito cascata. Ocorre que os congressistas do Senado e da Câmara aproveitam a ocasião para brandir a velha reivindicação de ter seus salários equiparados aos dos ministros do STF. Como os vencimentos dos deputados estaduais e vereadores são calculados com base nos dos parlamentares de Brasília, o efeito cascata se completa. Para o contribuinte, que é que paga a conta, seria bem melhor a análise isolada de cada caso. Afinal, fica evidente a falta de isenção dos parlamentares na hora de analisar o aumento de salários que podem ser referência para os seus próprios vencimentos. É preciso, portanto, impedir a carona que os congressistas querem pegar no reajuste do Supremo.

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