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Roberto Requião voltou ao cenário da política doméstica no fim de semana, elegendo-se (em chapa única) presidente do diretório do PMDB de Curitiba. No seu retorno, depois de pouco mais de meio ano em Brasília cumprindo o mandato de senador, o veterano político mostra que continua o mesmo. Com o habitual personalismo de sempre, Requião deixa claro, com a confirmação de seu nome para o cargo, de que não abre mão de impor sua vontade imperial na condução do processo que definirá o candidato peemedebista à eleição para prefeito de Curitiba em 2012. Para tanto, foram silenciadas vozes dissonantes dentro do partido, como as do ex-governador Orlando Pessutti e do deputado estadual Stephanes Júnior, que defendiam a indicação de Renato Adur para a presidência do diretório municipal; conciliador e desfrutando de trânsito em todas as alas do PMDB, a opção por Adur seria uma forma de oxigenar o partido e dar espaço ao provável retorno de Gustavo Fruet como candidato a prefeito.

Com Requião mantendo o partido no cabresto, a costura que poderia permitir a volta de Gustavo, que trocou o PMDB em 2004 pelo PSDB, e de onde saiu recentemente, fica inviável, para não dizer impossível. Ao comentar uma possível volta de Fruet, não faltou a Requião a sua costumeira ironia ao indagar qual será o próximo partido que ele irá deixar. Para quem não se lembra, Gustavo desfiliou-se dos quadros peemedebistas depois que Requião, em 2000, impôs a fracassada candidatura do irmão Maurício à prefeitura e, em 2004, levou o partido a apoiar a chapa de Angelo Vanhoni (PT), também sem sucesso, não abrindo espaço a uma virtual chapa encabeçada por ele. Ressalte-se que a saída recente de Gustavo do ninho tucano também foi motivada pela indefinição em torno de um possível apoio de seu nome à sucessão do atual prefeito Luciano Ducci, supostamente o nome da simpatia do governador Beto Richa para concorrer à reeleição.

De qualquer modo, a eleição para a direção municipal do PMDB e as tratativas que envolvem o futuro político de Gustavo são dois episódios que mostram estar o pleito curitibano já em pleno andamento. Muito embora o panorama só venha a ficar mais claro nos próximos meses, as conversas de bastidores e os acertos partidários antecipam uma disputa acirrada pelo Executivo curitibano.

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