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Cumprindo o prometido, juízes do Trabalho fizeram mobilizações em vários estados na última quarta-feira, como forma de pressionar o governo por aumento salarial e supostas melhorias nas condições ao exercício da função. Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), cerca de 80% da categoria aderiram à paralisação, que ocorre pela primeira vez; além deles, também uma parte dos juízes federais cruzou os braços. É lamentável ver juízes derivando por esse caminho pelo papel que desempenha na defesa da normalidade do funcionamento das instituições e das relações entre os indivíduos. O próprio presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, criticou o movimento alertando que a greve deixa a sociedade refém da magistratura o que, segundo ele, "é injustificável". Além de um reajuste de 20% no salário – o piso inicial é de R$ 21,7 mil – os juízes reclamam da falta de segurança para trabalharem e do que chamam de "desvalorização da carreira". Desvalorização que, convenhamos, fica difícil de explicar diante dos vencimentos percebidos. De resto, é de se lamentar o prejuízo para a população, já que 20 mil audiências pelo Brasil todo tiveram de ser remarcadas.

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