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Depois de muita marcha e contramarcha, o ex-deputado federal Gustavo Fruet oficializou ontem à tarde o seu ingresso no PDT, objetivando viabilizar o seu projeto político de candidatar-se à prefeitura de Curitiba no próximo ano. De quebra, conforme o que foi aventado nas negociações, Fruet ainda pode ficar com a presidência do diretório municipal do partido, condição que se supõe permitirá a ele comandar todo o processo para cabalar os apoios necessários ao fortalecimento de sua chapa.

A definição pelo PDT põe fim à série de especulações que rondaram Gustavo nos últimos meses, no qual não faltou nem mesmo a propalada hipótese de que poderia ir para o PT. Agora, acomodado no PDT e com a garantia de ser a estrela da sigla com vistas a 2012, uma passada de olhos mostra o quão tortuosa tem sido a sua vida política no âmbito interno. Nem mesmo a condição de ser um dos principais puxadores de votos do Paraná na Câmara Federal foi levada em conta. Ao longo de duas legislaturas, notabilizou-se como um dos deputados mais atuantes e éticos, sem que isso fosse suficiente para lhe garantir espaço político que permitisse trabalhar a indicação de seu nome como postulante à cadeira de prefeito.

Originário do PMDB, no qual iniciou sua caminhada na política elegendo-se vereador por Curitiba, Fruet acabou deixando o partido em 2004 depois de ver barrada por duas vezes a pretensão de ser indicado como o candidato peemedebista à prefeitura da capital. Em ambas, encontrou no ex-governador Roberto Requião o principal responsável para que seu nome fosse preterido. Na primeira vez, Requião trabalhou para que o partido indicasse seu irmão, Maurício, como o candidato, e em outra articulou por uma coligação com o PT. Nas duas eleições, o resultado das urnas foi de derrota para Requião e o PMDB.

O passo seguinte de Fruet foi ingressar no ninho tucano no qual experimentou situação semelhante à dos tempos de PMDB. Fiel ao projeto acalentado de seguir os passos do pai, Maurício Fruet, que governou Curitiba de 1983 a 1986, Gustavo acabou não encontrando clima propício a sua candidatura. A disposição do governador Beto Richa de apoiar o atual prefeito Luciano Ducci à reeleição foi a senha para sua saída do PSDB e o ingresso, agora, no PDT. A sua entrada nas hostes pedetistas se resolve um problema não deixa de criar outro, uma vez que o partido integra a base de apoio do governo do estado na Assembleia Legislativa. Em outras palavras, Gustavo Fruet, que tende a ser o principal adversário de Ducci, o preferido de Beto Richa, vai concorrer por um partido que em tese deveria apoiar o nome ungido pelo governador.

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