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Apenas dois meses após a OAB-PR ter feitos sérias revelações sobre as condições degradantes do IML de Curitiba, o órgão conseguiu dar uma resposta positiva à sociedade. Muitos problemas foram resolvidos: medidas de segurança na sala de radiologia para os funcionários foram tomadas; não há mais corpos empilhados sem identificação, nem chorume pelo chão, e o cromatógrafo – aparelho que detecta a presença de drogas no organismo – voltou a funcionar. Além disso, a direção do órgão se comprometeu a não mais permitir que corpos sem identificação fiquem mais do que 30 dias no IML, como manda a lei. Em maio, a Gazeta do Povo publicou matérias mostrando mais de 180 cadáveres armazenados irregularmente e a reclamação de funcionários que estavam expostos à radiação – alguns teriam morrido de câncer. Mais um ponto positivo para a atuação da direção do instituto foi a criação de dois convênios: um destinará córneas de corpos não identificados para transplantes, e outro, cadáveres sem identificação para instituições de pesquisa. É verdade que ainda faltam obras a serem feitas, como a adequação da rede de esgoto, que recebe produtos químicos e chorume, mas em um prazo tão exíguo de 60 dias pode-se dizer que o Instituto Médico Legal mostrou que, com vontade e disposição da administração pública, pode dar o atendimento adequado à população.

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