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Os planos econômicos "milagrosos" dos anos 1980 e início dos 1990 demonstram mais uma vez o quão perigoso é trabalhar sem uma política de planejamento de longo prazo, principalmente no que diz respeito à economia. O resultado está agora na briga travada entre consumidores e bancos na Justiça brasileira. Hoje existem 700 mil ações tramitando que pedem o ressarcimento de rendimentos da poupança perdidos em planos econômicos do passado (Bresser, Verão, Collor 1 e 2). E o consumidor, até o momento, parece ser o lado mais prejudicado. Em reportagem publicada pela Gazeta do Povo, o advogado que atende a Associação Nacional dos Devedores de Instituições Financeiras (Andif) afirmou que "o consumidor continua sendo prejudicado, porque, nesse assunto, está com a porta do STJ (Superior Tribunal de Justiça) fechada – e ela só se abre para ações coletivas". Ele faz referência à ameaça do STJ de derrubar 99% das ações civis públicas contra as perdas. As entidades de defesa do consumidor estão, agora, com esperanças de levar a briga ao Supremo Tribunal Federal (STF), pois a Procuradoria-Geral da República emitiu parecer contrário a uma tentativa de cassar os processos que pedem ressarcimento dos poupadores no Supremo. Lá, a maioria das decisões é favorável aos consumidores (187 a 134 em favor dos bancos).

Tal situação deixa claro que planos econômicos "milagrosos" nunca têm o efeito desejado na economia. Pelo contrário, ressaltam que a política planejada a longo prazo é o que realmente dá resultados positivos.

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