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Tristes trópicos. Dia desses, ecoou por aí a notícia de que a Colômbia voltou a enfrentar picos de violência. Saber disso foi como que, alucinado, ver o fantasma do narcotráfico à moda Pablo Escobar surgir dos bueiros, convocando todo mundo a reviver o passado. Tomara seja apenas uma fase. Tomara.

Pois a Colômbia se tornou a esperança das Américas. Ali, o bom urbanismo, o acesso à cultura, o associativismo contribuíram para espantar os fantasmas. Estuda-se, aqui e ali, como as bibliotecas e ciclovias – investimentos tão em conta – contribuíram para conter os índices de violência. Em Medellín, nos anos 90, as taxas de homicídios eram de 360 por 100 mil habitantes. O país reagiu e baixou esse índice para 39 homicídios por 100 mil, e daí para baixo.

Quer-se a receita. E a receita pode ser simplesmente um bom sistema de ônibus e uma rua fechada para o tráfego nos fins de semana. Além de livros – no ponto do ônibus e no meio do caminho da população. Simples como isso. Espiar o vizinho, um pouquinho que seja, pode ajudar o Brasil a chegar lá. Nem fica feio.

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