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Estimulada pelo presidente Lula, prospera em muitos segmentos a idéia de que as gigantescas recém-descobertas jazidas de petróleo nas profundas camadas do pré-sal requerem a criação de uma nova estatal para explorá-las. Argumenta-se de que tão grande riqueza não pode ser dividida entre os acionistas privados da Petrobras, interessados tão-somente no lucro. E a exemplo do poderoso slogan que inspirou a criação dessa empresa nos idos da década de 1950, fala-se agora num mal-ajeitado "o pré-sal é nosso". Nela está embutida a intenção de dizer que os futuros frutos da exploração dos potenciais 70 bilhões barris das novas reservas devem ser exclusivamente do povo. Entenda-se: a empresa paralela à Petrobras que se quer criar deve ser exclusivamente do Estado, sem participação de capitais privados. A história do estatismo aqui ou em qualquer lugar do mundo, com sua tradicional ineficiência, não recomenda a iniciativa. O que, pela via inversa, pode significar que o povo poderá auferir menos benefícios do que os prometidos.

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