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A reunião que a comunidade paranaense realiza, amanhã, com a nova bancada federal visa a levantar as principais reivindicações do estado em infra-estrutura e desenvolvimento que dependem de apoio da União. Apesar da influência dos investimentos em obras para superar os gargalos que travam o crescimento, sabemos que limitações orçamentárias impedem a obtenção imediata de maiores recursos, mas o Paraná só conseguirá ser contemplado nos anos seguintes se ativar um relacionamento continuado com a área federal; a começar pela articulação com a representação política.

De fato, o próprio presidente está convencido de que a ausência de projetos de infra-estrutura – de estradas a energia – limita a retomada de uma expansão econômica vigorosa. Para isso, determinou aos ministérios o levantamento das opções de logística capazes de desobstruir a busca do crescimento para o próximo quatriênio. Na área de transporte, por exemplo, há previsão de mais de R$ 20 bilhões, endereçados à recuperação e adequação de rodovias, ferrovias e portos, além da construção de obras novas.

As modalidades previstas para concretizar tais investimentos são a operação direta pelo poder público através de um Plano Piloto de Investimentos, mas principalmente via parcerias com o empresariado ou o regime tradicional de concessão. No Paraná, por ora, estão previstas a construção de um ramal para modernização ferroviária entre Guarapuava e Ipiranga – facilitando o escoamento de grãos produzidos no Oeste paranaense e a ampliação do Porto de Paranaguá (verbas para recuperação do canal de acesso e construção de trecho do cais ficarão a cargo do governo estadual). Outros projetos no setor de transporte no Paraná são a retomada já em curso da construção da Transbrasiliana (BR-153) e o deslocamento do contorno ferroviário da área central de Curitiba, além de restauração e adequação em trechos de rodovias pelo território estadual. A grande demanda dos paranaenses nesse campo é a modernização da BR-116 entre Curitiba e São Paulo – que acaba de confirmar o título de "Rodovia da Morte" –, mas que, por integrar o Corredor do Mercosul, só deverá ser licitada via PPPs.

Até agora foram abordadas iniciativas que podem ser concluídas em curto prazo, porém numa abordagem mais geral o Paraná demanda projetos de maior fôlego: a modernização da ligação ferroviária entre a região do planalto curitibano e o litoral é fundamental para escoar o fluxo da produção agropecuária do Centro-Sul do país; mais a efetiva internacionalização do Aeroporto Afonso Pena que serve a região metropolitana de Curitiba, o rodoanel da capital paranaense, a duplicação de vias importantes que cortam nosso território e o início dos preparativos (projeto, licenciamento ambiental etc) para um porto de águas profundas concentrador de cargas do Mercosul (hub port).

São bandeiras paranaenses que cumpre desfraldar desde logo, se quisermos participar do ciclo de oportunidades a ser gerado pela retomada de crescimento do Brasil.

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