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A paralisação de obras executadas pelos governos é um mal que assola o Brasil há décadas e que simboliza o atraso político, econômico e social do país. As explicações variam da falta de recursos às transições administrativas, passando pelas vezes em que os agentes públicos atribuem a paralisação à incapacidade das empresas contratadas. Como mostrou recente reportagem da Gazeta do Povo, 64 construções sob a responsabilidade da Secretaria de Obras Públicas (Seop) estão paralisadas no Paraná. O número corresponde a 9,5% do total de projetos contratados ou fiscalizados pela pasta e poderia ser maior, pois não leva em conta certos tipos de obra, como as de pavimentação. A meio-caminho estão edificações importantes para a população, como a ampliação dos hospitais da Zona Sul e da Zona Norte de Londrina e o Hospital Regional de Guaraqueçaba, no litoral. O governo alega que o número de empreiteiras qualificadas nas licitações é insuficiente para atender a demanda. Ainda que tenha fundamento, a justificativa não dá conta de explicar a falha no planejamento. Para o cidadão, resta uma certeza: enquanto os recursos públicos são desperdiçados, a espera pelo atendimento na saúde – e em outros serviços – continua longa.

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