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Hoje, véspera de Natal, é dia de fazer pedidos. Muitos, e com muita fé e esperança. O principal deles é de que cheguemos ao Natal do ano que vem sem os mesmos motivos que, ao longo deste 2006 que está terminando, abalaram a confiança dos brasileiros em dias melhores.

Não há dúvidas de que, sob muitos aspectos, o balanço do ano apresenta saldo positivo para o país. Foi o ano, por exemplo, em que nossa democracia política e as instituições sobre as quais ela se funda mostraram-se muito mais fortes do que a vã filosofia poderia suspeitar. A despeito de tudo – dos mensalões, das sanguessugas, dos falsos dossiês, da corrupção e de todos os demais vilipêndios perpetrados contra a ética e os bons costumes na vida pública – mais uma vez, realizaram-se eleições em clima da mais absoluta liberdade, consolidando a posição do Brasil como uma das mais sólidas democracias do mundo.

Mais de 100 milhões de pessoas foram às urnas e ali depositaram o seu voto, confirmando de maneira inequívoca sua vontade de manter no poder supremo da nação o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – tornando-o, mais uma vez, depositário dos sonhos de fazer do Brasil uma terra onde os ideais universais de paz e justiça ainda podem ser alcançados.

É esta esperança que nos deve mover para o futuro, passo a passo. Não será num quadriênio, numa década ou numa geração que se operará a transformação desses desejos em realidade. É no dia-a-dia, tijolo a tijolo, que se edificará a catedral que todos ambicionamos. E é sob essa visão gradualista, mas perene e forte, que se pode chegar a um Natal de 2007 melhor do que o de 2006. Para isso, é necessário esforçar-nos para acumular os presentes que almejamos ganhar.

Trata-se de uma tarefa que certamente depende de cada cidadão brasileiro, com cujo trabalho honesto e diligente se forma a argamassa poderosa que nos une em sociedade. Mas, sobretudo, depende dos governantes, aos quais todos delegamos a incumbência de encontrar os caminhos mais seguros para a realização do sonho coletivo.

Por isso não é demais pedir neste Natal que, ao longo dos próximos 365 dias, brindem-nos os nossos governantes – sejam eles executivos, legisladores ou magistrados – com o exemplo de seu amor à ética, de modo a que não se repitam os fatos que entristeceram os 365 dias anteriores; que ofereçam a cada cidadão brasileiro exemplos de trabalho permanente e responsável; que ofertem seus talentos para a construção do bem comum, com respeito aos recursos – frutos do suor dos contribuintes – que lhes foram dados administrar e redistribuir segundo os preceitos da justiça.

Esses pedidos, se atendidos – como esperamos sinceramente que o sejam – transformar-se-ão em mais empregos, em melhor segurança, em educação universal e de qualidade, em menos miséria, em saúde... Enfim, serão convertidos em vida mais digna e menos sofrida para milhões de brasileiros. São os nossos pedidos para o Natal de 2007.

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