• Carregando...

A folia de carnaval começou oficialmente na noite de sexta-feira, um período de diversão e de descanso, mas que pode se tornar um pesadelo para muitas pessoas, cujos familiares se tornam vítimas de acidentes nas estradas e nas cidades.

O alerta já acende com a previsão das concessionárias que administram as principais rodovias do Paraná. Elas esperam que neste feriado pelo menos 211,6 mil veículos deixem somente Curitiba com destino a São Paulo, litoral de Santa Catarina e interior e litoral do Paraná. Essa expectativa traz algumas preocupações, tendo em vista o número de acidentes e mortes nas estradas registradas nesse mesmo período do ano passado.

Em 2010, o número de mortes contabilizadas nas estradas federais brasileiras durante o carnaval subiu 13% em relação ao mesmo perío­­do do ano anterior. De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 143 pessoas morreram entre a 0 hora de sexta-feira e a meia-noite da quarta-feira. Em 2009, nesta mesma época do ano, 127 pessoas morreram.

Nas rodovias estaduais do Paraná, no ano passado, 15 pessoas morreram nos quatro dias do feriado de carnaval, segundo balanço da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O número é 15,3% superior ao índice de 2009, quando foram registradas 13 mortes. Já o número de acidentes diminuiu. Há dois anos foram 264 acidentes contra 163 em 2010, uma redução de 38,2%.

Lendo dessa forma, são números, estatísticas repetidas todos os anos. Mas é preciso prestar atenção nas consequências desses acidentes. Uma batida de carro em período de estrada cheia, mesmo que sem feridos, pode levar transtorno a milhares, que enfrentam congestionamento até que a estrada seja liberada. Tanto na quinta-feira quanto ontem, motoristas que se dirigiam ao litoral rumo a Santa Catarina, pela BR-376, precisaram de muita paciência, pois congestionamentos enormes foram formados em função de acidentes envolvendo caminhões.

Acidentes também podem ter consequências trágicas, acabando com a festa de muitos. Nem sempre a culpa é dos motoristas. As más condições de conservação das estradas, a falta de sinalização e o grande número de rodovias que ainda não foram duplicadas são condições indesejadas e perigosas. Com o incremento na venda de automóveis em todo o país (em fevereiro deste ano a comercialização aumentou 20% em relação ao mesmo mês de 2009), os governos precisam dar condições para a circulação desses veículos e aumentar a fiscalização para coibir abusos. E rodovias em más condições infelizmente são diversas em nosso estado, incluindo as que cortam importantes cidades de todas as regiões.

Isso sem levar em conta a falta de policiamento e de fiscalização nas estradas. Para esses problemas, apenas os governos federal e estadual (ou a iniciativa privada em rodovias sob a administração das concessionárias) podem apresentar soluções. Mas há outros fatores, tão graves quanto os de infraestrutura, que podem ser sanados ou, pelo menos, minimizados, pelos próprios motoristas. Basta conscientização.

Com as estradas cheias, é claro que levará mais tempo para se chegar ao destino final. Pior do que chegar atrasado é ficar pelo caminho. Por isso é tão importante reduzir a velocidade, prestar atenção à sinalização, fazer a manutenção do veículo e, mais do que nunca, evitar assumir a direção se houver bebido álcool em qualquer quantidade. Esperamos que na Quarta-Feira de Cinzas o balanço do movimento das estradas seja positivo, com a notícia da redução no número de mortes durante o carnaval deste ano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]