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O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, na quinta-feira da semana passada, chocou o país. Mas mais do que a forma impiedosa como ela foi morta (em uma emboscada na frente da própria casa com 21 tiros, sem que houvesse possibilidade alguma para sua defesa), esse atentado choca porque deixa claro o quão organizado é o crime e a sua falta de respeito pelos aparatos estatais. Se o Estado não agir contra ele rapidamente, os representantes das instituições vão acabar se tornando reféns das ameaças, pois quem praticou tal ato o fez para que o trabalho desenvolvido pela magistrada fosse interrompido e para quem assumisse em seu lugar passasse a temer pela própria vida. A juíza Patrícia não esmoreceu mesmo sabendo que seu nome estava numa lista de 12 pessoas marcadas para morrer. Continuou tomando decisões rigorosas contra policiais acusados de envolvimento com o crime e, talvez por isso, tenha acabado morta sem a proteção do Estado, que ela mesma representava. Esse é um sintoma perigoso. O crime dá sinais de que definitivamente deixa de respeitar o Estado. No caso da juíza, a sociedade espera que a resposta seja rápida e enérgica, com a prisão de todos os envolvidos, para que criminosos e corruptos parem de achar que com suas ameaças e ações poderão calar os que atuam em nome da justiça.

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