• Carregando...

As comemorações ainda vão durar um bom tempo. São justas e procedentes, até porque a vitória do Brasil na escolha da sede para os Jogos Olimpícos de 2016 não é apenas nossa, mas de toda a América do Sul, que, pela primeira vez terá uma cidade como sede. Para os responsáveis pela candidatura, o Rio de Janeiro é o palco ideal para o evento. Não pode ficar em segundo plano, a concentração de esforços para fazer da competição no Rio "os melhores jogos já realizados no mundo", conforme deseja o ministro dos Esportes, Orlando Silva. O país já tem um considerável know-how em matéria de grandes eventos esportivos internacionais: o Pan de 2007, por exemplo, foi considerado o melhor da história. E vem aí a Copa de 2014. A decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI), que poderia ter escolhido Chicago, Madri ou Tóquio, diz muito. Estudos indicam que os jogos vão representar um impacto de R$ 90 bilhões na economia brasileira. E a previsão é de que 97% dos investimentos vão voltar aos cofres públicos sob a forma de impostos. Não basta, porém, o entusiasmo. É preciso ir a fundo e executar as propostas de infraestrutura e de inclusão social estabelecidas no planejamento de longo prazo. Os jogos não podem servir de ocasião para varrer para debaixo do tapete as mazelas do Rio. É hora de espalhar a prosperidade e não de esconder a miséria. É preciso, sobretudo, vigilância geral para que não surjam obras superfaturadas. Não podemos descuidar dos próximos passos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]