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Entre as supostas 98 gangues de Curitiba, a "Comando do Extermínio" e a "Vila do Sapo", ambas do São Braz, merecem um aparte. Figuram entre as agremiações que, ao que tudo indica, partiram para uma experiência radical, ligando o alerta dos órgãos de segurança. É irresistível não pensar no sentido de uma gangue intitulada "Vila do Sapo" (VDS). O nome é de uma ironia cruel. Em tempos idos, "sapo" era uma espécie de sinônimo de curitibano, corajoso morador de terras tão frias, brindadas por um sem-número de riachos rasos e sem beleza. "Sapo", agora, é sinônimo de vileiro que mudou de estágio. Passou de membro de algum clube da esquina para candidato à criminalidade, com todos os requintes de uma época em que a violência superou a realidade. Só resta uma saída. Admitir que as manifestações juvenis marginais não se resolvem com covardia, medo, grossa pancadaria e polícia a postos. Exigem, sim, pesquisa e afinco. Há exemplos de núcleos de estudos da violência em Colombo e em Piraquara; além da equipe do cientista social Pedro Bodê na UFPR. É desses espaços que sai a resposta para entender a estranha forma assumida por esses James Deans que não conheceram os anos dourados.

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