O presidente Lula irá ao Rio de Janeiro na segunda-feira para inaugurar um pacote de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Jacarepaguá. O governo federal não quer perder tempo nem oportunidade neste início de ano eleitoral. No começo da semana, Lula anunciou que planeja inaugurar o máximo possível de obras e não se fez de rogado ao explicar que age assim para que os candidatos petistas, especialmente a ministra Dilma Rousseff, que concorre à Presidência, possam participar de um grande número de atos públicos antes das eleições. É antiga no Brasil a tradição de usar a entrega de obras como palanque político. Tão antiga que destoa dos parâmetros democráticos essenciais para que a democracia brasileira alcance a maturidade. As aparições diante da faixa inaugural afrontam diretamente dois princípios da boa administração pública: a moralidade e a impessoalidade. Se a obra for "acelerada" para atender a interesses eleitorais, o princípio da eficiência também pode ir por água abaixo. Ao eleitor, restam informação e senso crítico.
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