• Carregando...

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi brindado com o resultado de duas pesquisas. Tanto na primeira, do Datafolha, como na segunda, a CNI/Ibope, recebeu apoio de maneira expressiva, o que endossou, aliás, o resultado das urnas. Às vésperas de iniciar seu segundo mandato, Lula é o presidente mais bem avaliado pelos brasileiros. E, por conta de 35% dos entrevistados pelo instituto Datafolha, é simplesmente o melhor presidente que o Brasil já teve, seguido por Fernando Henrique Cardoso, que aparece com 12%, Juscelino Kubitschek de Oliveira, com 11%, Getúlio Vargas, com 8% e José Sarney, com 5%.

Além disso, o governo foi considerado "ótimo ou bom" por 52% dos pesquisados, obtendo o maior índice entre quatro presidentes avaliados desde a redemocratização do país. O levantamento foi realizado no dia 13 de dezembro, em 111 municípios de 23 estados e do Distrito Federal. Para 34% dos entrevistados, o governo é "regular" e para apenas 14%, "ruim ou péssimo".

No segundo levantamento, a pedido na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o governo Lula chega ao fim do primeiro mandato com sua melhor avaliação. Obteve o maior porcentual de menções ótimo ou bom de toda a série da pesquisa CNI/Ibope, que teve início em março de 2003. O resultado à época foi que 51% dos entrevistados avaliaram positivamente o seu governo. Pelos dados divulgados segunda-feira, na pesquisa realizada de 7 a 10 de dezembro, o porcentual passou para 57%. No levantamento de setembro de 2006, a avaliação ótimo/bom era de 49%. A nota média atribuída ao governo também foi a mais alta de todo o primeiro mandato de Lula.

Já vacinado por quatro anos de mandato, saberá o presidente, com certeza, separar as coisas. O voto de confiança agora renovado é importante, significando, no entanto e antes de tudo, o aumento do peso da responsabilidade. Como as mesmas pesquisas indicam, saúde, emprego, segurança e educação aparecem como as prioridades. No início do mandato eram emprego, combate à fome e à pobreza, saúde e segurança. Uma terceira pesquisa, feita pelo Banco Central junto a analistas do mercado e de instituições financeiras, para o boletim Focus, reduziu ainda mais a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto – PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país em 2006. A previsão caiu dos 2,8% estimados semanas atrás para 2,76%. A projeção para a produção industrial também ficou estável: 3,09% em 2006 e 4% no próximo ano.

A taxa básica de juros da economia, que fecha 2006 em 13,25% ao ano, deve ter nova redução em janeiro. Segundo os economistas, deve cair 0,25% ponto porcentual no próximo encontro do Copom, em janeiro, chegando ao final de 2007 a 12% ao ano.

Some-se a esse quadro o Congresso Nacional, que retomará suas atividades desgastado por uma série de episódios e que, num triste fechamento de legislatura, foi esfacelado pelo escândalo dos supersalários. 2007 não será um ano fácil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]