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A presidente nos enganou durante a campanha eleitoral, ao esconder dados relevantes que ela deveria saber, pois não acredito que ela tenha sido uma "fantoche" e "nunca soube de nada". Fatos como os roubos da Petrobras, o PIB quase nulo, a balança comercial, o caixa quase zerado e a alta da inflação. A Petrobras teve um rombo de mais de R$ 100 bilhões, mas o procurador-geral da República parece achar que apenas R$ 1 bilhão (1% ou menos) é suficiente que seja devolvido?

Agora, na busca desesperada por refazer o caixa, ela nos abre a "caixa de Pandora" e despeja as maldades sobre a população, querendo recriar a CPMF, aumentando a Cide (combustíveis), aumentando as taxas dos cartório (custas e Funjerus), subindo o IOF e taxas de importação. Criatividade quase nula. A frase "é preciso reduzir os impostos sobre o consumo e simplificar tributos" requer cabeças pensantes e criativas, o que parece não ser importante. Cortar despesas, eliminar ministérios, baixar salários e auxílios de ministros, senadores e juízes nem pensar, pois não haveria moeda de troca para futuros favores.

Reportagens como "Passadas as eleições, Brasil caminha para a maior carga tributária da história" e "País tem o pior retorno entre os 30 maiores cobradores de impostos" vêm corroborar com a ideia de que somos reféns de ingerência governamental. Nunca na história deste país ficou tão perigosa a diferença entre pobres e ricos, entre os daqui e os de lá, pregada pelo governo. Nós somos um país chamado Brasil, um Estado Democrático de Direito. Mas são os assassinos e ladrões de todos os tipos que levam vantagem. Contra o clamor da população da cidade paulista de Santo André, a Justiça manda soltar assassinos.

O governador que eu ajudei a reeleger falou durante a campanha – e eu acreditei – em austeridade e diminuição de gastos. Sem criatividade e sem pulso firme, iniciou o novo mandato não cumprindo o dito, e já foi para a vala comum, aumentando impostos como IPVA e ICMS. O respeitável era fazer caixa diminuindo despesas, eliminando ou agregando várias secretarias, reduzindo salários e auxílios de deputados, procuradores e outros agregados. Mas o novo secretário, em palavras apocalípticas muito infelizes, já sinalizou a incapacidade criativa ao dizer que aumentará, sim, os impostos e "não tem medo de enfrentamentos". Se ele realmente não tem medo, por que não enfrenta os altos salários da máquina política?

Imagine uma empresa que, ao entrar no vermelho, manda aumentar o valor de seus produtos e diz "não ter medo de enfrentamentos". Essa empresa quebra pelo simples fato de ter "incapacidade criativa". Haja criatividade e pulso firme para agir num país que amo e defendo, mas no qual nossos representantes agem em causa própria. Estranhamente, o nosso governador irá diminuir só os salários da Defensoria Pública, que nos defende, e não tem energia moral de fazer o mesmo com quem nos atrapalha.

O prefeito, que também ajudei a se eleger, também recorreu à única solução automática que políticos brasileiros enxergam: aumentará ITBI e IPTU sem reduzir nenhum custo ou benefícios já exagerados dos próprios políticos.

A Comissão da Verdade é apenas comissão de 50% da verdade. Faltaram os 50% dos guerrilheiros que dizimaram chefes de famílias e atentaram contra a nação. Eu vivi aquela época e acompanhei os dois lados. Quase sempre os livros de História contam apenas um lado.

A vida é como a física: toda ação gera uma reação. Matou, vai para a cadeia. Roubou, deve devolver tudo. Mas o cenário que já estamos vivendo vai de encontro ao que é verdade. A verdade é não roubar. A verdade é não matar. Segundo dados estatísticos, após o desarmamento aumentaram muito as mortes, e os bandidos sabem que poderão agir quase impunemente.

Sou direcionado a confiar e acreditar no Exército, na Polícia Federal e na Defensoria Pública. Tenho mais de 60 anos, e estou aborrecido e preocupado com o legado que as futuras gerações irão herdar.

Henrique Augusto Bora é empresário.

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