Greve 1

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Até quando a população de Curitiba ficará esperando que a caixa preta do transporte de Curitiba seja aberta? O jogo do empurra-empurra entre município e estado tem passado dos limites. Acordos trabalhistas não são cumpridos e desdenham da população, que sofre ao perder dias de trabalho. Enquanto a fogueira de vaidades não for apagada, continuaremos reféns de um sistema que começa a entrar em colapso. Não é somente salário; é falta de planejamento, de estrutura e de um novo Plano Diretor para uma cidade que não para de crescer.

Marcelo Rebinski, historiador

Greve 2

Com as recorrentes greves e paralisações se chega a uma simples conclusão: da vanguarda no transporte público passamos ao sucateamento. Isso não é culpa de um ou de outro governante e, sim, das duas esferas de poder. A população e os trabalhadores do transporte coletivo são desrespeitados. Resolver essa questão é o mínimo que esperamos de nossos representantes.

Felipe Matias

Greve 3

O povo precisa se conscientizar de que o sistema de transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana vive em déficit há anos. Não existem milagres matemáticos. Uma hora tinha de acontecer. Tudo isso tem relação com o reajuste que não foi feito e a tarifa defasada. A questão é quem vai ter peito para mostrar em números – e sem medo – o quanto ela precisa ser reajustada. O povo é quem paga, e quer saber qual é a margem real da defasagem. Aline Hungaro

Greve 4

Ninguém deve trabalhar sem receber, mas a população paga à vista o vale-transporte e não recebe o serviço. Ou seja, o único adimplente é o prejudicado. Na paralisação dos micro-ônibus, por causa da dupla função, o sindicato dizia que queria apenas que se cumprisse a lei. Agora queremos apenas que se cumpra a lei e que 80% dos ônibus circulem.

Fernando Kasper

Crise financeira 1

O avanço dos professores, que deveria ter sido pago em outubro de 2014, até hoje não apareceu no contracheque. Esse avanço é recebido pelo profissional que se capacita durante dois anos. Com certeza o primeiro escalão do governo também tem se capacitado muito durante esse tempo todo e merece aumento de salário(Gazeta, 27/1). Antonio Nelson Gaio da Silva

Crise financeira 2

O governo passa por uma crise financeira e os políticos continuam com altos salários. Enquanto isso, as férias de alguns servidores serão parceladas, há atraso de pagamento, e não se abre a contratação de professores. Sem esses profissionais, não tem escola e não haverá aula. O governo do estado segura a contratação desses professores agora e vai admiti-los quase no fim de fevereiro. E o pagamento só sairá em abril ou maio.

Douglas Barbosa Ferreira

Crise financeira 3

O que falta aos políticos brasileiros é consciência republicana. Quando ocorrem crises financeiras, eles entendem que é problema do Estado e não deve afetar os seus próprios bolsos. Agem como se estivessem em um barco diverso do nosso. Triste realidade. Onde está o político que levantará a bandeira da redução do Estado, redução dos impostos, menos intervencionismo e mais competência administrativa? Simplesmente não existe. Carlos Noetzold

Assembleia Legislativa 1

As notícias sobre as mordomias (Gazeta, 26/1) dos ocupantes de cargos comissionados da mesa diretora da Assembleia Legislativa causam revolta. Os senhores deputados se locupletaram com o suado dinheiro dos aposentados e dos paranaenses, que trabalham e são vítimas dos impostos e taxas cada vez mais altos. E o governo ainda diz que não há recursos para investimentos, educação, segurança, saúde e transporte público.

Eloy Oto Schneider

Assembleia Legislativa 2

Verba de R$ 636 milhões para 54 deputados? Esse é praticamente o orçamento da minha cidade, São José dos Pinhais. É um contrassenso e um deboche. Estamos perdidos, pois são eles, os deputados, que poderiam mudar esse descalabro. É por aí que nós, povo, temos de nos mobilizar para mudar essa situação. O dinheiro está indo pelo ralo.

Célia Virgínia Ramos Rodrigues, São José dos Pinhais – PR 

Energia

A solução para o problema da energia no Brasil não está em grandes projetos e usinas faraônicas. É exatamente o contrário. Tem de se mudar o modelo atual de geração de energia. Com a tecnologia disponível hoje, a solução seria apostar nas pequenas usinas residenciais ou de bairro. Utilizar coletores de energia solar, eólica e aproveitamento de lixo orgânico. Cada residência ou rua deveria gerar a sua própria energia, sem depender das grandes usinas. Infelizmente, isso vai contra os interesses econômicos das grandes corporações de energia.

Edison Shimamura

Pichação

A pichação e a invasão do Museu Guido Viaro, com furto de algumas telas, foi lamentada por todos os apreciadores do extraordinário talento do pintor. Ainda bem que as telas roubadas acabaram sendo devolvidas. Parece estranho existirem pessoas que se acham com direito de "protestar", invadem o museu, subtraem as telas e picham o imóvel. Se o pichador se considera um artista injustiçado, deveria lutar pelo reconhecimento de suas obras e isso sem comprometer um imóvel privado.

Clotilde de Lourdes Branco Germiniani

Arena da Baixada

A briga pelo pagamento das dívidas geradas com a conclusão da Arena da Baixada só vem a corroborar com a falta de responsabilidade dos gestores públicos. Movidos pelo imediatismo dos holofotes, embarcam em obras desnecessárias e esqueceram seu compromisso com o povo. Agora, com o estádio pronto, o dono foge de pagamentos e joga a conta para o poder público, que administra caixa negativo, greves e outros problemas e não sabe como receber seu pretenso crédito.

Roberto Hamilko

Dívidas dos clubes

Concordo com o leitor que demonstrou indignação quanto ao patrocínio da Caixa a times de futebol (Gazeta, 24/1). Como aposentado da instituição, vejo como a empresa hoje se esquece de sua verdadeira missão: fomentar o desenvolvimento do povo brasileiro. Tomara que os tentáculos do Petrolão não tenham envolvido essa empresa centenária.

Carlos Barroso

Série Perfil

Muito legal o texto sobre o Paulo Salamuni (Gazeta, 25/1). Ele não perde amigos e nem a piada – com direito a imitações. É, sim, dessas pessoas que ainda me fazem acreditar na política e em valores como ideal e caráter. E isso com todas as suas qualidades e defeitos de ser humano.

Roberto Karam

Água 1

Não vamos esperar as nossas nascentes secarem para depois tentar remediar a situação, com racionamento e preces a São Pedro. Curitiba e RMC têm as nascentes dos mananciais de Piraquara. Mas está na hora de pensarmos no futuro. Precisamos de mais represas, não só para geração de energia elétrica, mas para o consumo também. Há quanto tempo não construímos represas.

José Luiz Novôa

Água 2

Grupos de pessoas vão ao Morumbi reclamar da falta d’água e culpar o governo paulista. Mas são eles os culpados pelo gasto excessivo e por não serem racionais, pois não economizam. Deixam torneiras abertas ou pingando, lavam a calçada sem usar vassouras. Por que não culpam a si mesmos? E com a luz vai acontecer o mesmo.

Mário A. Dente, São Paulo - SP

Importação

Sociedade nenhuma no mundo, que queira se desenvolver, consegue isso exportando banana e importando aço inoxidável.

Marco Santos

Combustíveis

Nos Estados Unidos, terra da livre iniciativa, o preço da gasolina está em queda vertiginosa. Para encher um tanque de um carro grande, custa cerca de R$ 78. Enquanto isso, no Brasil monopolista, terra do "o petróleo é nosso", o mesmo tanque sai por R$ 180.

Joao Ezirio

Porto de Paranaguá

Quem já esteve alguma vez em Paranaguá, encontra, facilmente, 600 mil toneladas de soja perdida. Ela está caída à beira do caminho, desde o embarque em Ponta Grossa, e em outras cidades produtoras, até o destino final. É uma criação de imensas ratazanas, que se alimentam das sojas caídas no acostamento da BR-277. Os caminhoneiros e as empresas transportadoras talvez achem insignificante esse vazamento. Levando em conta, porém, as centenas de carretas que transitam todos os dias – durante o ano – em direção ao porto, não é um volume insignificante.

Waldomiro Tarcísio Padilha de Oliveira, funcionário público municipal

Pena de morte

Sábias as palavras da leitora Cristina Corso Ruaro (Gazeta,26/1) quando diz que "em nosso país, milhares de pessoas são condenadas, diariamente, à morte por ordem dos traficantes". Isso sem falar nas milhares de famílias que têm suas vidas estraçalhadas, em todas as classes sociais, e na grande maioria também ameaçadas de morte pelos traficantes. E nós, cidadãos comuns, cumpridores de nossos deveres –que é o que não falta – , somos obrigados a vivenciar tantas tragédias em todas as áreas. Isso sem falar no descaso com que o ser humano é tratado por quem detém algum tipo de poder neste país. Até quando ficaremos de mãos atadas e braços cruzados?

Beatriz Leme Gonçalves Nascimento

Auschwitz

O Ocidente quer mudar a história ao não oferecer convite para que o dirigente russo participe dessa data histórica, quando o Exército Vermelho da URSS libertou vários campos de concentração nazistas na Europa. Se Stalingrado tivesse caído na batalha de 1944, talvez a história fosse contada pelos alemães.

Rubens Gonçalves