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Quando me lancei candidato a prefeito de Londrina sem qualquer coligação, contando com uma modesta chapa de oito candidatos a vereador, muitos trataram nossa iniciativa com incredulidade e até mesmo com um certo deboche. Como assim, chapa pura? E o tempo de televisão? Como conquistar eleitores sem uma grande exposição na tevê e sem um grande contingente de vereadores a multiplicar sua campanha?

Quando optamos por não contratar "porta-bandeiras", quando abrimos mão das placas de rua e de carros de som, a incredulidade inicial transformou-se em certeza de que nosso projeto estaria fadado ao fracasso e, quem sabe, a um retumbante vexame público. E não abrir nem sequer um comitê? Pois não abrimos nem sequer um comitê e, com uma equipe reduzida – porém qualificada – de profissionais, iniciamos nossa campanha focados em um planejamento elaborado e executado à risca.

As primeiras pesquisas apontavam o óbvio: estávamos tecnicamente empatados em último lugar, oscilando entre dois e três pontos porcentuais. Entretanto, conforme nossos programas eleitorais passaram a ser exibidos e nossa proposta de mudança passou a ser conhecida, veio o crescimento contínuo e a taxas respeitáveis. Nossa opção pelo rompimento absoluto com as práticas políticas tradicionais e a coerência entre esta postura e nossas propostas conquistaram simpatizantes. A incrível adesão de voluntários sintonizados com o que, no fundo, é uma afronta ao modelo político tradicional e um ato de rebeldia em sua essência nos trouxe 25,5% dos votos válidos no primeiro turno.

Nossa proposta de governo está amparada no tripé da gestão técnica, no desenvolvimento econômico e na busca pelos serviços públicos de qualidade. Tivemos a responsabilidade de não apresentar qualquer proposta com perfil apelativo ou com tendência ao populismo. Pelo contrário, procuramos dar consistência técnica às nossas propostas, mesmo que fugissem à tradicional e muitas vezes imoral técnica de se conquistar votos. Deixamos claro ao eleitor que estávamos apresentando a ele um projeto de governo e não um projeto de poder.

Ao assumirmos essa postura, procuramos dirigir nossas ações em harmonia com nosso compromisso de rompimento com as estratégias políticas tradicionais – o que nos levou, neste segundo turno, a não fazermos qualquer aliança eleitoral vinculada à ocupação de cargos em um eventual futuro governo. Os apoios são muito bem-vindos, mas sem condicionantes; apenas vinculados ao nosso compromisso de mudar a forma de praticar a política em Londrina e, como consequência, a forma de governá-la.

Tenho certeza de que o que se discute em Londrina é muito mais que simplesmente quem será o próximo prefeito. Discute-se se continua­­remos a ser governados por políticos profissionais, comprometidos com a tradicional forma de governar orientada por projetos de poder; ou se iremos optar pela administração técnica oriunda de um projeto de governo.

Acredito que Londrina quer mudar e eu estou disputando essa eleição para, de fato, mudar Londrina.

Alexandre Kireeff é candidato à prefeitura de Londrina pelo PSD.

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