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A cada quatro anos, aproximadamente 200 nações competem nos Jogos Olímpicos. Nesta edição, apesar de algumas boas atuações dos brasileiros em Londres, ainda deixamos muito a desejar. Infelizmente, até o momento, no ranking dos medalhistas o Brasil não está nem entre os dez primeiros.

Claro, não podemos deixar de mencionar os avanços dos nossos atletas, nem o desempenho de todos os participantes que representam o Brasil nesta disputa esportiva. Mas é preciso estar atento a este dado. O ano de 2016 está mais próximo do que se imagina e, para que tenhamos um resultado melhor em casa, é preciso levar o esporte mais a sério.

Comparar o Brasil com um país mais desenvolvido e rico em relação à formação de atletas seria injusto, uma vez que esses países podem oferecer melhor treinamento e infraestrutura para os esportistas. Mas, com investimentos adequados e um melhor desenvolvimento da tradição esportiva, podemos melhorar nosso desempenho.

É preciso, com urgência, criar projetos que incentivem a prática de esportes no nosso país. Os Estados Unidos são um bom exemplo de investimento nessa área. Por lá os incentivos começam desde cedo, na escola, uma vez que é de lá que sairão os futuros campeões. Além disso, bons atletas conquistam bolsas de estudos nas melhores universidades do país, tornando o esporte um auxiliar, e não um empecilho, na formação de estudantes.

A questão é cultural, e o Brasil já está atrasado neste quesito. Felizmente, um programa de incentivo ao esporte olímpico deve ser anunciado pelo governo após os Jogos Olímpicos de Londres, com a expectativa de um volume inédito de recursos destinados à preparação de atletas, que terá como foco modalidades esportivas individuais, que distribuem mais medalhas.

Mas não podemos ter como meta apenas conquistar mais medalhas. O resultado do investimento em esportes é muito maior que pódios olímpicos. A educação aliada à prática esportiva, além de ser importante para o nosso desempenho no esporte, é uma eficaz aliada da inclusão social, uma vez que jovens atletas passam a receber oportunidades na rede privada de ensino com o apoio governamental.

Este, sim, é um dos principais pontos que os representantes escolhidos pela população deveriam colocar em prática. É uma tarefa que pode ser demorada, mas não é difícil. E já está mais que na hora de o governo criar políticas públicas eficazes para esse fim.

Charluan Gamballe Correia é empresário.

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