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Com referência à declaração de Requião que ofendeu PMs, o pior e mais revoltante é a constatação de que vivemos uma ditadura branca. No atual modelo político e de governo, o governador e presidente mandam e desmandam, fazem, gastam e falam o que bem entendem e sempre acabam se saindo bem, pois o poder a eles concedido é muito grande e com longos tentáculos. A imunidade leva ao desastre. Mandar toda uma Assembléia de deputados entrar em recesso por motivo torpe é a prova contumaz. Mas ainda nos resta uma esperança: a imprensa livre, séria, competente e motivada, para levar ao povo conhecimento das barbaridades dos comandantes supremos.

Murilo L. Ribeiro, empresárioCuritiba, PR

Cargos comissionados

O Brasil não é só o paraíso da impunidade, também é dos cargos comissionados para preenchimento sem concurso público. Estima-se que cheguem a meio milhão em todos os níveis da administração pública brasileira. A precariedade na ocupação desses cargos e das chamadas funções gratificadas "de confiança", deve-se ao princípio republicano da temporalidade dos mandatos eletivos. Já a apropriação dos demais cargos da administração pública direta e indireta é vedada, independentemente de qualquer temporalidade, não admitindo o aparelhamento estatal pela ocupação das carreiras funcionais ou de Estado: por inspiração de berço ideológico, devido à pluralidade democrática do Estado de Direito; pelo nepotismo, que fere o princípio constitucional da impessoalidade; por mero fisiologismo, em razão da ética que deve prevalecer na gestão pública. Ou pela conjunção desse censuráveis motivos, como se sabe e temos visto.

José Nelson Dutra Fonseca, bancário aposentadoCuritiba, PR

Violência

Terminal de ônibus do Portão em 11/9, às 21 horas. Um bando de moleques invadia o terminal, sem pagar passagem, pela porta de uma estação-tubo. Um estudante, que desembarcava e tentou impedir, empurrou um dos garotos. Em fração de segundos, juntaram-se mais uns 20 moleques que já estavam dentro do terminal para atacá-lo. A tragédia maior foi que todos nós, demais passageiros, não pudemos fazer nada. Estudantes carregados de bolsas e mochilas e trabalhadores cansados, ficamos impotentes contra garotos-sem-lei. Estão crescendo assim, sem respeitar outro ser humano. Entre eles havia vários com piercings, vestiam roupas da moda e calçavam tênis que talvez custem um mês de trabalho de muitos que viram a cena. As indicações que são jovens sem acesso à educação, certamente não é por falta de oportunidade. Por isso nós, que ainda acreditamos em ações honestas, estamos aprendendo a nos acovardar. Aprendendo a aceitar essas ações de violência. Pois sabemos que, optando em continuar assim, estudantes, trabalhadores, cidadãos, seremos oprimidos por esses que desde cedo aprendem na prática que lei no Brasil não sai do papel.

Adriana Brum Curitiba, PR

Patrão por um dia

O bordão da propaganda eleitoral oficial conclama toda população para uma difícil decisão: demitir ou não os atuais candidatos, assumindo que somos os patrões desta grande empresa chamada Brasil. Assim, sem mais nem menos, nos tornamos os responsáveis por tudo que possa acontecer nos próximos quatro anos, sem direito a arrependimento, que neste caso mata, de vergonha, de fome, de necessidade, de trauma pelos acidentes nas estradas, e de tantas outras coisas que esses nossos patrões atuais nunca virão a passar, pois eles não andam em estradas e sim em aviões, não sentem vergonha, fome ou necessidade. Por isso e por muito mais, eu imploro que todos votem. Será uma das poucas oportunidades de poder dizer muito sem nada falar, fazendo um simples gesto com o dedo indicador, que mostra a direção da saída: "Você está demitido".

Dino Roberto Canalli, microempresárioCuritiba, PR

Falta de ética

O que deve passar na cabeça de um político, de um assessor político (que deveria ser um profissional de Ciências Sociais) de um profissional de marketing, que às vezes se faz jus quando o chamamos de marqueteiro; quando utiliza em propagandas eleitorais crianças cantando alegres, lindas e altamentes conscientes do momento político em que estão, pedindo votos para um senador conceituado que diz estar sempre pronto a combater a ética no Senado e se utiliza somente desta bandeira para garantir o nosso voto. Por que querem sempre combater a ética dos outros se não conseguem nem administrar a deles?

Magna Mattos, dona de casaCuritiba, PR

Gastança geral

Ano eleitoral, paraíso, mina de ouro para a maioria de prefeitos e vereadores, que por seus apoios, são disputados e pagos a preço de ouro por candidatos que usam e abusam do poder econômico. O que esperar de políticos que vendem seus apoios, muitas vezes à candidatos de partidos ideologicamente diferente dos seus, visando somente ao que pode auferir economicamente, engordando sua conta bancária. Enquanto a legislação permitir essa verdadeira feira livre de compra de apoio, o poder econômico sempre sairá ganhando e comandando a nação.

Mauro WolffLapa, PR

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