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Respondo a Eloi Zanetti, que escreveu em seu artigo "Histórias quase perdidas", de 27/3: "Procuram-se cronistas que queiram escrever sobre Curitiba. Tratar com urgência com o povo curitibano". Quase ouso afirmar que cronistas existem muitos para escrever sobre nossa amada Curitiba; que o povo desta cidade ama ouvir, ou ler, os relatos de sua terra, mas não é ele quem decide a possibilidade de ver inserido textos alusivos à sua cidade; que as tentativas de infiltrar-se neste meio são muitas, mas de difícil penetração. Nomes de escol como Jamil e Dalton, antes, e muitos outros ainda hoje, rubricam com estilete a beleza de ser curitibano, fazendo do quotidiano desta cidade algo relembrado extemporaneamente. Mas, garanto-lhe, aos novos este é um terreno vedado. À exceção de nomes expressivos, como o seu, ou outros, já conhecidos, garanto-lhe, não existe espaço. Ainda assim, vestida de céu, no azul da manhã fria, Curitiba acorda. E grita poesia!

Isabel Sprenger Ribas, integrante da Academia Feminina de Letras do Paraná e da Academia de Cultura de Curitiba

Violência

Nem preciso ser moradora de Colombo para me sentir envergonhada e indignada em ver uma pessoa como o sr. Joaquim Gonçalves de Oliveira (PMN), conhecido como "Oliveira da ambulância" e membro da uma casa legislativa desse município. Como todos sabem, esse indivíduo, que se diz um "homem público e de bem", cometeu uma violência monstruosa contra uma criança de apenas 9 anos. Se a mãe do garoto voltou atrás no seu depoimento é porque deve estar sendo ameaçada por Oliveira. Escrúpulos esse indivíduo já provou não ter... Esperamos que ele não volte à Câmara de Vereadores de Colombo.

Maria do Amparo C. Domingues, bibliotecáriaPinhais – PR

Salários

O reajuste de 26,49% para os salários de suas excelências, os parlamentares, extensivo aos ocupantes de cargos de primeiro escalão no executivo, representa uma verdadeira afronta à inteligência dos que pagam todas as contas da mastodôntica máquina estatal. O porcentual, contudo, é uma enganação. Ocorre que suas excelências pleiteiam a liberação de um terço da verba indenizatória de R$ 15 mil para uso livre, sem apresentação de comprovante fiscal. Assim sendo, o índice se eleva para 68%. Os subsídios passarão para R$ 21.667,23 e não para R$ 16.250,42 como se propala. É um grande golpe de esperteza! Enquanto isso, os contribuintes brasileiros, espoliados pela maior carga tributária do planeta, não podem ter a tabela do Imposto de Renda, que é reajustada pelos índices oficiais da inflação.

Pedro GeraldoCuritiba – PR

TV estatal 1

Parabéns à Gazeta do Povo pela entrevista com o sr. Jorge de Cunha Lima (26/3), presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, que trouxe à baila o desvirtuamento de nossa Rádio e TV Educativa. Um patrimônio dos paranaenses, pelo qual o saudoso Aloísio Finzeto tanto batalhou, foi desvirtuado de seus fins culturais pelo sr. Roberto Requião, que fez das emissoras veículos de seus desejos políticos, nos quais a cultura não existe. Já na 1.ª Conferência Nacional sobre Cultura, em Brasília, a necessidade de haver regulamento específico para emissoras culturais/educativas foi aprovada e ainda se espera uma atitude do governo federal. No nosso estado há um desvirtuamento absoluto das finalidades da emissora cultural e lamento que a maioria dos deputados paranaenses seja cúmplice desse crime contra um patrimônio tão importante.

Oswaldo E. Aranha, produtor culturalCuritiba – PR

TV estatal 2

Adorava quando a Educativa exibia filmes brasileiros: de Mazaropi e outros. Deixava qualquer outro canal e me ligava na TVE, que era um bom canal. Agora que virou palanque eletrônico do governo estadual, nem os programas antigos devolvem minha vontade de sintonizar o canal. Pena! De cultura igual a essa, passo longe.

Mario T. StoccoCuritiba – PR

TV estatal 3

O bom político, sincero, ético e com trabalho relevante, não precisa de canal de TV. Quanto maior a autopublicidade, mais se deve desconfiar. O que é realmente bom dispensa propaganda, estatal ou não.

Júlio C. C. A. de Oliveira, diretor teatralCuritiba – PR

Questão ambiental

O que antigamente considerava-se uma hipótese, hoje é a dura realidade: os efeitos ambientais parecem assombrar todo o planeta. Não existe algum ser vivo neste planeta que não sinta na pele as dolorosas conseqüências de gerações e gerações do "desenvolvimento insustentável" que vai desde aquela sensação de dias e noites mais quentes até as poderosas tempestades que já destroem cidades inteiras. Parece que acordamos tarde de um sono muito profundo. Antes tivéssemos encarado momentos de insônia. A pergunta para a qual procuramos resposta é: o que ainda está por vir? Estamos preparados, digo conscientizados, para a "batalha ambiental"? Teremos chances? A questão pode realmente ser comparada a uma verdadeira batalha de uma guerra desleal como as que ocorrem no mundo. Porém, com uma única diferença, em vez de perdedores e ganhadores, na batalha da natureza o que existem são só perdedores ou só ganhadores, pois, ao contrário das guerras "convencionais", estamos todos do mesmo lado.

Evandro Ribeiro Leite, engenheiro ambientalCuritiba – PR

Curiosidade

"A Gazeta do Povo de 24/3 informou que, em 1684, Jean-Baptista Mouron, de 17 anos de idade, foi condenado a 100 anos e 1 dia de prisão por ser incendiário. Cumpriu toda a pena e saiu da cadeia com 117 anos. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) protege o menor assassino mesmo que o crime seja monstruoso. Por isso é que o assassino de João Hélio vai ficar só três anos na cadeia. A lei poderia mudar."

Edison Bindi, militar da reservaSão José dos Pinhais – PR

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