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Algumas informações levadas a público pelos meios de comunicação mostram o envolvimento de alguns políticos candidatos em crimes. Alguns com uma lista de pendências invejável aos maiores criminosos do país. Isso nós leva a uma reflexão: como esta nossa sociedade é hipócrita. Para se conseguir uma colocação no mercado formal de empregos, um "empreguinho", as empresas fazem uma série de exigências. Atestados de antecedentes criminais, tanto da Polícia quanto da Justiça. Se constar algum registro positivo, ainda que o candidato já tenha resolvido de forma definitiva sua situação perante a Justiça, os empresários descartam o candidato. O mais engraçado é que, no geral, esses mesmos empresários – e também o eleitorado – não vêem nenhum problema em escolher acusados de crimes graves para serem nossos representantes políticos. O currículo limpo somente tem importância para a conquista de uma colocação no exigente mercado de trabalho brasileiro. Para ser político, qualquer porcaria serve.

Lourival Barbosa, militar da reservaLondrina, PR

Promessas para o litoral

É lamentável que a menos de um mês das eleições, nós moradores do litoral paranaense tomemos conhecimento das propostas dos nossos candidatos ao governo do estado pelo jornal, pois nenhum deles se dignou a apresentá-las. É lamentável que o provável eleito (segundo as pesquisas) tenha apenas três metas para nós, sendo uma delas manter as políticas implantadas durante sua gestão (que políticas?). Indignante é saber que o litoral só vira notícia e recebe candidatos que "vêm onde o povo está", nos feriados e na temporada. Fica a sensação de que aqui não tem "povo", que o que importa são os veranistas. Senhores, nós também temos preocupação com a nossa segurança, com a nossa educação, com o nosso desemprego o ano todo! Somos apenas 2,66% da população do estado, mas temos de ter voz!

Carolina Oliveira, funcionária públicaMatinhos, PR

Tributos

Perfeito o artigo de Fernando Jasper (7/9). Ou os impostos começam a descer na mesma proporção dos juros absurdos ou o país entra em falência generalizada. Tirar dinheiro do povo para fazer benesses para este mesmo povo só tem cabimento na cabeça dos semi-alfabetizados.

Geraldo Siffert Junior, médicoRio de Janeiro, RJ

Rua 24 Horas

Trabalho com turismo em Curitiba há 14 anos, sendo os últimos diretamente ligado aos turistas que chegam a nossa capital. Quase a unanimidade dos visitantes pergunta, no caminho do hotel, onde fica a Rua 24 Horas? Explicamos o endereço, porém, após a visita do nosso "ponto turístico", ouvimos quase sempre as mesmas respostas: "eu não vi nada de mais na rua"; que "a maioria das lojas está fechada" ou que "está mal freqüentada". O que está acontecendo? Acredito que devemos retornar com a segurança e criar lojas mais atrativas, para nós curitibanos e para todos que venham conhecer uns dos principais cartões-postais da cidade.

Cleverson Henrique Pinheiro, microempresárioCuritiba, PR

Democracia

É bom lembrar aos jovens eleitores que vivemos numa democracia conquistada duramente. Foi num histórico e longo período de muitas lutas, manifestações e gritos do povo pelo Brasil afora. Não podemos esquecer que a essência de toda aquela luta, que custou até a vida de muitas pessoas, foi a grande conquista do voto popular. O direito de escolher os governantes, conquistado após muito sofrimento, não pode ser tratado como se fosse mais uma enfadonha obrigação. O Brasil, freqüentemente, vem acompanhando por meio da mídia muitas notícias de corrupção, principalmente vindas de Brasília, fatos que envolvem parlamentares, assessores e executivos em um verdadeiro "mar de lamas". De quem é a culpa? Quem colocou essas pessoas nos locais que atuam? Cabe ao eleitor escolher com critérios, acompanhar o trabalho dos eleitos e deles exigir correção no desempenho da função. É urgente que deixemos de lado a postura comodista de apenas lamentar o nível de nossos políticos, porque voto não tem preço, tem conseqüências.

Luiz Mario Martinski, técnico em eletrotécnicaCuritiba, PR

Falta segurança

Na Coluna de 8/9/06, o sr. Jan Goerd Schoenfelder relatou o assalto sofrido por sua mulher e comentou a falta de ajuda de outras pessoas e os canivetes que os moleques portavam. Compartilho do seu sentimento de revolta, porém a população correta não tem acesso às armas graças ao "Estatuto do Desarmamento". Como os enfrentaríamos? Segurança é sempre debatida como uma das prioridades nas campanhas políticas, mas quase nunca preocupação efetiva dos eleitos. Seguimos o mau exemplo da Inglaterra, cujos índices de criminalidade voltaram a subir após o desarmamento.

Leonardo Hassegawa, médicoCuritiba, PR

Radares

Conforme publicado na Gazeta do Povo de 8 de setembro, o Contran determinou que todos os radares sejam sinalizados. A justificativa é que isso não seria educativo. Ora, o motorista que excede a velocidade permitida deveria receber uma multa independentemente da existência de radares. Essa é a lei. Para quem acha que esses aparelhos são "indústria das multas", digo que se pode ensinar pela coerção, pelo estímulo negativo. É isso o que radares dissimulados fazem: ensinam que o infrator, onde menos espera, poderá ser multado. Não há nada de errado nisso, pelo contrário, seria realmente eficaz.

Siani Trentin, pesquisadoraCuritiba, PR

Imposto eletrônico

Muito bons são os artigos publicados pela Gazeta referentes à elevada e complexa carga de impostos que nós brasileiros vimos suportando. Há no Congresso um projeto de lei visando à instituição do Imposto Único ou Imposto sobre Movimentação Financeira (IMF), que seria cobrado como a CPMF, incidente sobre a movimentação financeira nos bancos, eliminando-se todos os demais impostos, exceto o IPTU, ITR, IPVA e sobre a alienações de imóveis, doações e heranças. O sistema bancário de computação eletrônica é de total segurança e eficiência. Eliminar-se-iam a sonegação e uma enorme máquina burocrática e de fiscalização. Dizer que o Imposto Único ou IMF seria injusto porque teria incidência em cascata não prevalece, porque outras vantagens superam de longe o atual sistema. Os grandes opositores do imposto eletrônico são as classes corporativas beneficiárias da atual complexidade tributária. Numa análise conscienciosa, fica claro que os pobres não pagariam o imposto (ao menos diretamente), porque não têm depósitos bancários, e os que possuem pagariam na proporção de suas posses. Haveria alguma injustiça? Talvez sim, mas em proporção infinitamente menor do que atualmente se verifica. Em compensação, os grandes sonegadores passariam a pagar o imposto e até mesmo sobre operações ilícitas, que por este meio talvez pudessem ser detectadas.

Taras Savytzky Curitiba, PR

Sete de Setembro 1

Há muitos anos não assistia ao desfile de Sete de Setembro em Curitiba. Como muitos brasileiros, perdi um pouco o entusiasmo pelas festas cívicas. Como salientou um analista, nestes dias, os brasileiros se sentem desmotivados para esses eventos, anestesiados pelo quadro político que assola a nação. Diante das arquibandas passaram os escolares, com suas belas fanfarras, que faziam recordar os velhos tempos do verdadeiro civismo. Além dessas, outras tantas comunidades, representantes do terceiro setor e grupos religiosos estavam presentes. No desfile militar, a abertura deu-se com os veteranos da FEB, desfilando de modo garboso com seu novo estandarte, foram muito aplaudidos. A reação do público foi encantadora, mas faltava algo: a Bandeira Brasileira, a tremular nas mãos dos nossos cidadãos. Afinal, o que aconteceu? Por que não foram distribuídas bandeirolas para a população como nos anos anteriores? Alguns comentários diziam respeito a uma rígida proibição (véspera de eleição). Lamentavelmente... mais uma vez a espontaneidade do povo foi abafada. Cabe, então, a pergunta: que tipo de patriotismo desejamos passar para as gerações futuras?Carmen Lúcia Rigoni, historiadoraCuritiba, PRSete de Setembro 2

Nesta manhã fria de 7 de setembro, fui ver o desfile da Independência junto com a minha filha de 6 anos. Como sempre, essa data cívica é muito emocionante e nos dá orgulho da nossa pátria. Pena que as cores da nossa Bandeira foram trocadas pela cores de um candidato ao governo do estado, o verde-e-amarelo deu lugar ao vermelho, azul e branco do sr. Roberto Requião.

Antonio Carlos de SouzaCuritiba, PR

Curitiba–Campo Largo

Não sei até quando a concessionária responsável por esse trecho ainda vai esperar para construir passarelas para pedestres nos quilômetros 122 e 120, onde se localizam os radares fixos. Toda vez que ocorre um feriadão, formam-se engavetamentos ao longo dessa rodovia, motivados pela brusca redução de velocidade, de 110 para 60 km/h, sem contar com os três quebra-molas em seqüência no perímetro urbano. Se já não temos passarelas, imaginem pedir viadutos. Coitado de nós, habitantes e pagadores de impostos e pedágios.

Cenio Roos, representante comercialCuritiba, PR

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