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O que assisti não foi a um debate entre candidatos a governador do Paraná, mas, sim, a um show de horrores, regado a baixaria e acusações. Não sei como candidatos ao governo de um estado tão importante como o nosso podem agir de uma maneira tão hipócrita e infantil. Sempre as mesmas propostas, as mesmas acusações e, no fim, sabemos que nada daquilo (ou muito pouco, se tivermos sorte) que foi prometido será realmente cumprido. Mas será que no fundo a culpa não é nossa? Será que, se olhássemos a política com mais seriedade e déssemos valor aos bons homens que aparecem, não poderíamos estar melhor?

Sérgio Vinícius Kubaski Borges, estudante de Filosofia, Ponta Grossa – PR

Debate 2

Houve um encontro de ofensas e não um embate político. O povo está farto de ouvir que um fez isso e outro fez aquilo. Passado é passado; precisamos urgentemente de propostas para saúde, segurança, educação. Discutir se as instituições foram sucateadas ou não. É uma pena desperdiçar o tempo falando de picuinhas. Esses candidatos são vazios de ideias.

Maria Stephan

Candidatos

O atual panorama eleitoral afigura-se interessante e instigante. A candidata à reeleição encarna a imagem de gerentona, vendendo massivamente um país irreal e fantástico; a concorrente Marina Silva apresenta-se como "a nova forma de fazer política", herdando e assumindo uma agenda genérica, por vezes incoerente, sempre ressaltando que nós já apostamos e experimentamos "o novo" que redundou no impeachment de Collor; por outro lado, o candidato Aécio Neves representa um grupo político que já governou e entregou ao país resultados sociais e econômicos consistentes.

Eduardo A. Waintuck

Tribunal de Contas

Sobre o suposto esquema de fraude em processo licitatório envolvendo o presidente do TC, o Tribunal de Justiça do Paraná está a serviço de quem? Do poder econômico, ao anular as provas produzidas pelo Gaeco sob a alegação de que a autorização para interceptar escutas telefônicas partiu do juízo de primeira instância e sem a devida fundamentação? Ou da defesa de agentes públicos que detêm o poder em detrimento de um julgamento imparcial e isonômico? Infelizmente, ao engavetar o processo o TJ dá mais um tiro no próprio pé, correndo sérios riscos de cair no descrédito generalizado.

Marcelo Rebinski, historiador

Supremo Tribunal Federal

O aumento de salário pretendido pelos ministros do STF demonstra claramente a que se resume a política salarial do Brasil. Enquanto um ministro do STF receberá R$ 35.919 mensais, um assalariado ou um aposentado perceberá R$ 724, ou seja, o que o ministro recebe num mês o aposentado levará exatamente 49,6 meses para ganhar. Ao ano, um ministro do STF custa ao Estado R$ 431.028, valor equivalente a cerca de 50 anos de pagamentos a um aposentado.

Eugênio Iwankiw Junior

Rebelião 1

A Justiça brasileira é uma verdadeira mãe para a bandidagem. Quando o trabalhador quer algum benefício e faz greve, logo é reprimido pela polícia e o Judiciário decreta ilegalidade da mesma e nada concede. Na penitenciária de Cascavel, os bandidos fizeram uma rebelião e conseguiram tudo aquilo que queriam com a benevolência de negociadores. O mais correto seria exigir que, enquanto não fossem reconstruídas, pelos próprios presidiários, as instalações destruídas, não seria atendida nenhuma das exigências dos mesmos.

Dalmir M. Martins

Rebelião 2

Não é só uma questão de oferecer trabalho ao preso enquanto ele cumpre pena, isso deveria ser obrigatório para a sua manutenção no cárcere e ocupação do seu tempo ocioso. Se todos quebrassem pedra o dia inteiro, teríamos menos rebeliões e menos problemas dentro dos presídios. O Brasil é muito condescendente com sua população carcerária.

Edson Lincoln Florscuk

Hospital de Clínicas

A insegurança dos trabalhadores do Hospital de Clínicas com a adesão à Ebserh é clara, mas não havia necessidade desses protestos violentos. Deveria ter sido feita uma reunião para esclarecer as dúvidas desses trabalhadores em relação ao contrato.

Maria Eduarda Silveira, Paranaguá – PR

Economia

Conforme os analistas econômicos, atualmente 70% dos microempreendedores estão em situação bem pior do que antes da formalização por causa das dificuldades para efetivar suas contribuições, e assim vão perdendo todos os seus direitos com o INSS, ficando impedidos de emitir NFs. Já que o benevolente governo Dilma estuda um projeto de lei para socorrer a dívida milionária de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões dos clubes de futebol com a Receita Federal e o INSS, por que não socorrer também os microempreendedores?

Edgard Gobbi, Campinas – SP

BR-280

A situação da BR-280 (Gazeta, 29/8), é exemplo de como é a gestão do poder público. Deixa a estrutura abandonada, para que gere problemas à população, e, quando totalmente sucateada, entrega à iniciativa privada, e nós achamos que foi um ótimo negócio, pois teremos rodovias bem pavimentadas. Pagamos caro por tudo neste país, nossos impostos não são geridos adequadamente, e sofremos as consequências em dobro quando isso ocorre; afinal, já paguei e continuo pagando pela rodovia, e pago de novo o pedágio? Brasil é o país do atraso.

Dario Evangelista

Centro-Sul

Ao menos agora existe uma associação de municípios na Região Centro-Sul (Gazeta, 25/8), com sede em Irati. Antigamente existiu um grupo de pessoas que tinham negócios na capital e que não investiam na região, atrapalhando seu progresso. O que se pode esperar é que um ou outro deputado coloque o Centro-Sul em seus projetos, no orçamento estadual ou no orçamento federal.

Antônio C. Dino

Porto

Eu só acredito vendo o porto em Pontal do Paraná (Gazeta, 28/8), ainda mais em época de campanha eleitoral. Agora é ver os "amigos de Pontal" de sempre criticando e jogando pedra em algo que talvez não aconteça tão cedo. Sou ciclista e sempre pedalo até Itapoá. Caminhões existem nos acessos a portos, mas não é um tráfego intenso. Aliás, não há problema algum em um ou outro caminhão passar, desde que seja construído um melhor acesso, o que é outra eterna promessa eleitoral.

James Fioravanti

Brigas em estádios

Sobre o projeto de lei que prevê até seis anos de prisão e dez de banimento por briga em estádios, o Código Penal brasileiro é frouxo. Permite que agressões e homicídios resultem impunes ou recebam penas brandas. E, para compensar, criam uma lei especial para as mulheres, outra para os idosos, mais outra para crianças e adolescentes, e para torcedores de futebol. Homicídio e agressão deveriam ser punidos severamente em qualquer contexto. Só assim a civilização avança.

Luiz C. J. Andrade

Violência

Sou adolescente e acho que o mundo não está seguro. Em quem vamos confiar, em quem vamos nos espelhar se os adultos não nos passam segurança? Quero um mundo melhor para os meus filhos e sei que todos os adolescentes também querem isso. Ninguém quer criar um filho para ele ser atacado por seres como esse médico Roger Abdelmassih.

Mikaeli Manarim

Penas

A pena retributiva tem como objetivo saciar o desejo de ódio e de vingança contra o ser humano infrator. Conhecida desde a Antiguidade até os dias de hoje, ela ainda paira e permanece no imaginário popular como medida "eficaz" na retaliação contra o ser humano delinquente sob o auspício do bordão "olho por olho, dente por dente". Entretanto, a função retributiva da pena não se sustenta nos dias de hoje. Não há um "fim socialmente útil" para continuar a sua aplicação. Ela é contrária à ressocialização e, em muitos casos, por exemplo, na rebelião do presídio em Cascavel ou nos linchamentos públicos, defende a neutralização de seres humanos infratores. A pena retributiva é inimiga de qualquer tentativa de promover a recuperação e volta ao convívio em sociedade dos seres humanos apenados.

Antonio Sérgio Neves de Azevedo, estudante de Direito

Propostas 1

Há de se lembrar de que qualquer promessa que possa ser dita e desdita pelos candidatos surge no calor de uma disputa eleitoral. De concreto, o que há é uma educação escolar que está entre as piores do mundo, o que não se resolve em quatro anos. Antes de fazer promessas, compete aos candidatos construir um programa de governo melhor ainda, com toda a sociedade.

José Luciano Ferreira de Almeida

Propostas 2

A eleição está próxima e os eleitores estão em polvorosa: os políticos só pensam no individual e jamais no coletivo. O famoso mensalão foi modificado para anualão: o governo compra apoios e paga com ministérios – por isso já há 39 – ou estatais. Na propaganda obrigatória vê-se um monte de despreparados mendigando seu voto e falando abobrinhas. Uma reforma nas leis eleitorais é urgentíssima, mas feita por entidades não políticas.

Mário A. Dente, São Paulo – SP

Atuação parlamentar

Aprovar três projetos em quatro anos não é nem um projeto por ano (Gazeta, 25/8)! O que fazem para o Paraná esses parlamentares? Há um custo altíssimo para mantê-los, e, em contrapartida, poucos projetos e assiduidade. Como podemos continuar votando obrigatoriamente nesses políticos se esse quadro se repete a cada quatro anos, independentemente de quem esteja na legislatura?

Dionisio Francisco Grabowski

Esquerda

André Gonçalves pergunta se em 2014 comunistas ainda comem criancinhas (Gazeta, 28/8). Realmente, eles não comem criancinhas. Eles impedem a liberdade de expressão, a leitura da Bíblia, a livre manifestação pública, a livre iniciativa, o trabalho remunerado pela competência, o lucro nos negócios. Os comunistas impedem seus lutadores de boxe de se asilar no Brasil, impedem seus governados de viajar livremente, impedem a liberdade religiosa e a liberdade da imprensa. Os comunistas impedem eleições livres diretas e soberanas. Realmente, os comunistas não comem criancinhas. Comem os adultos livres e conscientes mesmo.

Roberto Novaes

Petrobras

A Petrobras é grande, sobretudo na quantidade de dirigentes, os quais, parece, não se comunicam entre si. Eles podem não se confundir com a empresa, como defende a presidente Dilma, mas são esses mesmos homens e mulheres dirigentes da instituição que, trilhando a estrada da corrupção, podem jogá-la para o fundo do fosso quando cometem equívocos ou crimes.

Pedro Luís de Campos Vergueiro, São Paulo – SP

Aposentadoria

Que tal os políticos receberem aposentadoria como qualquer mortal? Com no mínimo 35 anos de recolhimento e com o teto do INSS? Esses senhores políticos são mais perante a Constituição do que o "resto" da população? Chega de tantas benesses com o dinheiro da população.

Marcelo Martins

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