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Semana passada vimos pessoas supostamente bem esclarecidas, trazerem de volta à discussão uma questão que parece não ser tratada com a seriedade que merece: a descriminalização do porte de maconha. Certamente qualquer pessoa de bom senso, ou que já viveu o drama de ter pessoas na família dependentes de drogas, consegue facilmente perceber o tamanho do absurdo desta proposta, por diversas razões. Primeiramente porque, a exemplo de todas as outras drogas, esta é vendida por bandidos e traficantes que, além de espalhar morte e desgraça, ainda promovem um gigantesco esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que assola nosso país. Outra razão fundamental para que esta proposta não prolifere é a nossa cultura de permissividade com a droga lícita que mais mata e mutila no mundo, o álcool, e que segundo muitos pode ser usada livremente sem causar dependência, como alguns atribuem à maconha. As estatísticas provam exatamente o contrário. Mesmo a mais simples das substâncias pode ser um primeiro degrau para outras mais fortes, as quais precisam ser combatidas com educação e informação e seu tráfico deve ser reprimido com o maior rigor.

Julio C. A. Fróes, administrador, Curitiba – PR

Prateleira x caixa

Parabéns pela reportagem "Na prateleira o preço é um, mas no caixa pode ser mais alto" (Gazeta, 16/2). A professora Mirela Galvão Paraná está coberta de razão. A maioria dos consumidores não reclama, ou seja, é enganada. Lamentavelmente o processo no Procon é muito burocratizado. Penso que bastaria uma matéria dessa natureza para implantar um processo investigatório.

Manoel Almeida Neto, Curitiba – PR

Terceiro mandato 1

Como pode ser benéfico ou positivo para uma nação o poder que se perpetua através da manipulação das consciências, obtida por ajudas e assistência material, com o fim de igualitarismos e uniformidades? Sob aparências libertadoras, os ditadores tolhem a verdadeira liberdade, pois minam ou destroem a personalidade dos que pensam diferente, e assim tais pessoas se veem ridicularizadas, amedrontadas, perseguidas, impedidas ou diminuídas na sua capacidade de escolha de viverem a verdadeira dignidade humana, que se baseia na vontade e na inteligência. E um povo torna-se manada, fácil de conduzir ao bel-prazer dos mandantes de um desgoverno. Infelizmente, se a oposição continuar neste marasmo atual, nosso querido Brasil caminhará para o mesmo triste destino.

Eliane Bordini, por e-mail

Terceiro mandato 2

Não é preciso ser muito inteligente para ver que o poder nas mãos de uma mesma pessoa por muitos anos é prejudicial ao país e sua gente. O caso Hugo Chávez é uma grande ameaça aos países latinos, em especial para o Brasil, onde todos acham que há uma democracia consolidada. Por isso todo cuidado é pouco.

Luiz R. dos Santos, Curitiba – PR

Educação

De nada adianta aumentar o tempo na escola (Gazeta, 15/2) se a qualidade continuar do jeito que está, com escolas caindo aos pedaços, transporte escolar precário, professores mal remunerados e despreparados. O que realmente necessitamos é uma mudança nos procedimentos de respeito a professores e alunos. Hoje o aluno estuda se quiser e mesmo assim passa de ano.

Luiz Fanchin, Curitiba – PR

Cotas 1

Discordo da opinião do historiador José Roberto de Góes quando afirma, olhando apenas os números do IBGE, que os negros não estão em desvantagem no Brasil. Estes números escondem o preconceito racial que os negros ainda convivem. A questão das cotas não vai reparar os profundos danos que 300 anos de escravidão trouxeram para os negros, mas pode ajudar a redefinir a forma como a sociedade brasileira deve tratar a todos, independentemente da cor de sua pele ou sua condição financeira.

Clecyo Albertho, por e-mail

Cotas 2

Estou plenamente de acordo com o professor José Roberto de Góes quando ele afirma que o sistema de cotas é um crime. Nunca haverá interesse por parte do governo em melhorar a qualidade do ensino público se eles criaram uma "gambiarra" para corrigir esta distorção no aprendizado. A injustiça criada com esta medida só vem menosprezar o critério fundamental para a seleção dos universitários, que é único e exclusivamente o conhecimento.

Fred Branco, Curitiba – PR

Genéricos

Eu confio nos medicamentos genéricos e costumo consumi-los. Confio porque sua produção obedece a rigorosos padrões de controle de qualidade, e por lei só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes realizados em seres humanos e testes de equivalência farmacêutica. Além disso, custam no mínimo cerca de 35% mais barato.

Maycon Lima, por e-mail

Darwinismo 1

A teoria evolucionista, sendo uma teoria científica, não efetua explanações (ao menos diretamente) em temas que pertencem, a princípio, aos campos da filosofia e da religião. Assim, a existência de Deus seria uma questão relativamente independente das ideias evolucionistas de Darwin. Não obstante, há certamente limites para esta compatibilidade. Uma compreensão literal do Gênesis, por exemplo, nos leva a uma concepção de Deus incompatível com o darwinismo. Também é inegável que, se concebermos um Deus pessoal, há implicações para as características de personalidade e para as qualidades éticas deste Ser quando Ele cria um Universo que possui a propriedade de originar o ser humano por meio do mecanismo evolucionário. Assim, para crer (ou não) em Deus faz-se necessária, neste contexto, adequada reflexão.

André Luís Vianna, médico psiquiatra, Curitiba – PR

Darwinismo 2

Sabemos que a origem divina do homem, na Bíblia, não é científica. O seu propósito é tão-somente dizer que o homem (como todo o universo) foi criado por Deus. Nada mais! Agora, como veio, não sabemos cientificamente, mesmo porque a Bíblia é livro de fé. A ciência busca as causas dos fenômenos, mesmo o da origem do homem e sua capacidade de raciocínio sobre a própria existência. Darwin tem a sua teoria. A matéria não cria. É criada! E quem a criou?

Carlos Portela, por e-mail

Darwinismo 3

A teoria da evolução das espécies não pode tornar obsoleta a crença em Deus porque foi apresentada dentro do âmbito da ciência e só nessa área pode ser considerada. A exposição sobre a obra de Darwin no Museu de História Natural de Nova York, que esteve em nossa cidade no ano passado, possibilitou ao visitante considerar a coerência da argumentação científica sobre o processo evolutivo. No que se refere a evolução humana, Darwin concluiu que os seres humanos, os grandes símios e os macacos do velho mundo evoluíram de uma espécie ancestral em comum que viveu na África. Portanto dizer que o ser humano descende de macacos é um conceito errado. Essa proposta apresentada há 150 anos está sendo confirmada hoje pela paleo-antropologia e a tecnologia do DNA. Ao estudarmos a vida de Darwin, percebemos que ele nunca teve a intenção de confrontar-se com a religião, mas como autêntico cientista procurou compreender o mistério em que consiste os processos naturais que movimentam o mundo.

Jorge Luiz Santos, por e-mail

Imunidade parlamentar

Congratulo-me com leitor que pediu a cassação do mandato do deputado Edmar Moreira (10/2). Entretanto cabe citar que, além de acabar com a imunidade parlamentar, devemos lembrar de fatos que lesam os cofres públicos e mancham a dignidade do povo e das autoridades constituídas. Ora, o povo esquece e fica por isso. Se se comprova o delito do parlamentar, por que não mandar o "ladrão" para a cadeia? O simples cidadão, se rouba, vai preso. O parlamentar só perde o mandato e fica inelegível por 8 anos e muitas vezes continua "trabalhando" para o governo, e o povo paga a conta. Lugar de bandido é na prisão.

Ramiro dos Santos Jr., contador, por e-mail

Passe escolar

Boa a reportagem "Usuário sofre para obter passe escolar" (Gazeta, 12/2). Para o cadastro, cheguei antes das 11 h, e saí 17 h, porque muitos iam desistindo e assim tive êxito. Eu tinha avisado que logo retornava ao trabalho, mas não deu. Sofri prejuízo e levei bronca. Mas tenho esperança que nos próximos recadastramentos mudem e não exijam tantas coisas. É sofrimento demais.

Lucelia Maria Fabricio, por e-mail

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