• Carregando...

Como paranaense e ferroviário aposentado, me sinto envergonhado em saber que a centenária ferrovia Curitiba-Paranaguá na verdade se transformou em Curitiba-Morretes. Por descaso sabe-se lá de quem, a histórica estação de Paranaguá, tombada pelo Patrimônio Histórico, enfrenta problemas com as infiltrações por todas as partes do prédio. A cobertura da plataforma de embarque e desembarque ameaça desabar e, por isso, não tem mais condições de receber o trem. Sobra apenas o conhecido jogo de empurra-empurra entre a concessionária do serviço, a prefeitura de Paranaguá e a ANTT, cada qual dizendo que a responsabilidade é do outro. Enquanto isso, a história é aviltada e desrespeitada, pois o ponto de partida da centenária ferrovia, que inclusive dá nome à mesma, não faz mais parte do trecho. Assim como já aconteceu com a famosa Casa do Ipiranga, os marcos históricos de municípios do estado e do país vão sendo, pouco a pouco, banidos da paisagem.

João Arnaldo de Oliveira, Curitiba – PR

* * * * * *

Ônibus e futebol

Fiquei estarrecido ao ler na Gazeta do Povo de 11/3 a recomendação da PM para que os terminais de ônibus de Curitiba fossem evitados entre as 17 e 19h30 daquele dia, uma quarta-feira, por causa do jogo entre Paraná e Coritiba. Gostaria de saber o que a Federação Paranaense de Futebol (FPF), os dirigentes e seja lá mais quem for têm na cabeça ao marcar um jogo como esse durante a semana, justamente em um horário em que muitas pessoas estão voltando para casa após um dia de trabalho. Trabalho na Cidade Industrial. Todos os dias atravesso Curitiba para ir até lá e voltar para casa e agora sou obrigado a evitar os terminais de ônibus por causa dos arruaceiros que se dizem torcedores? Por que o jogo não foi marcado para domingo, por exemplo? Atitude lamentável.

Claudio Prevedello Bento, por e-mail

Mínimo regional 1

O salário mínimo regional, criado para os governadores fazerem demagogia ou cortesia com o chapéu alheio, é no mínimo uma grande incoerência, pois enquanto penaliza os pequenos empresários, prejudica diretamente aposentados e outras categorias que ficam fora da economia formal. Afinal, todo mundo sabe que a simples menção da possibilidade de alta dos salários nosso "consciente" empresariado eleva os preços de seus produtos. A bomba, como sempre, estoura na mão dos mais fracos.

José Carlos Novisk, por e-mail

Mínimo regional 2

Por que tanta oposição dos empresários ao salário mínimo regional? Com dinheiro no bolso do trabalhador, todo mundo vai ganhar: o comércio, a indústria etc. A roda da economia vai girar. Tenho orgulho do mínimo do Paraná, um dos maiores do país. E não acho que uns trocados a mais vão afetar tanto as contas das empresas. Se quebrarem por isso é porque já estavam com outros problemas na contabilidade.

Regiane Fagundes de Morais, por e-mail

Pedágio

Acho que é bom compararmos para conferir o quanto as rodovias que cobram pedágio estão exagerando nos valores. Recentemente fui para Santa Catarina e paguei tarifas de R$ 1,10. Em São Paulo, paguei R$ 4,40 entre a capital e São José dos Campos. De Curitiba a São Paulo o valor é de R$ 1,50. No Ceará cobram R$ 1. Já os valores da BR-277 são exorbitantes.

Michel Deolindo, por e-mail

Educação

O estado do Paraná é uma vergonha quando se trata de Educação. O caso de professores com atraso no salário não é nenhuma novidade (Gazeta, 7/3). É incrível como uma secretaria não consegue informatizar o sistema. A deficiência chega a ponto de fazer com que professores fiquem sem salário.

Gustavo Mendes, professor, por e-mail

Sucessão estadual

Osmar Dias está certíssimo ao deixar portas abertas para outros partidos para composição de futura aliança visando às eleições de 2010 (Gazeta, 11/3). O PSDB, principalmente no Paraná, já há algum tempo não sabe que rumo tomar. Os tucanos são, oficialmente, oposição ao governo do estado. Porém a grande maioria de seus deputados estaduais é de "tucanos de bico vermelho" e quase sempre votam a favor do governo. Na minha cidade, São José dos Pinhais, o PSDB virou uma espécie de "clubinho", onde a letra "D" da sigla perdeu seu sentido, pois apenas uma meia-dúzia de caciques é que manda e desmanda no partido. Não é à toa que conseguiram perder a reeleição à prefeitura no ano passado.

Acir João Cardozo, São José dos Pinhais – PR

Leitura e vestibular

Li a matéria "Universidades rebatem críticas dos professores" (Vestibular, 9/3) e concordo com a visão das universidades (UTFPR e UFPR), que se defenderam das críticas sobre a elaboração incompleta de suas provas. Desde pequena fui incentivada à leitura pelos meus pais e por professores. Assim, a leitura de todos os livros requisitados para a prova da UFPR não apresentou grande dificuldade. Concordo que às vezes um livro ou outro exige mais conhecimento e aperfeiçoamento do educando. Porém, quanto às questões que ele enfrentará no vestibular, há inúmeras possibilidades de encontrar a assertiva correta de cada questão com algum pequeno detalhe absorvido durante a leitura. Minha dica para os vestibulandos é: estudem sem preguiça o conteúdo de cada dia, sem deixar de tirar dúvidas.

Fernanda Vulcanis, por e-mail

Agrotóxicos

Com relação à matéria "Brasil vai banir 13 agrotóxicos por danos à saúde e à natureza" (Gazeta, 6/3), acredito que nosso país devia proibir o uso de todos os venenos que ainda são utilizados em grande escala. Eles ocasionam anualmente cerca de 375 mil intoxicações agudas de agricultores no Terceiro Mundo com 15 mil a 20 mil óbitos por ano. Somente no Brasil são 5 mil e no Paraná em torno de 700 intoxicações anuais. Sabendo-se que existem métodos alternativos de produção agrícola, que dispensam o uso destes produtos tóxicos, sugerimos às autoridades responsáveis que se empenhem visando banir definitivamente do Brasil o uso destas armas mortais que tantos males têm causado ao meio ambiente e ao homem.

Iniberto Hamerschmidt, engenheiro agrônomo, Curitiba – PR

Reciclagem

Sobre a reportagem a respeito da reciclagem de lixo (Gazeta, 3/3), gostaria de questionar ao promotor Saint-Clair Honorato Santos sobre a qualidade da coleta do "Lixo que não é Lixo" nos bairros da cidade, inclusive naquele em que ele mora. Eu e meu marido moramos no Abranches, somos um casal jovem e temos consciência da importância de separar o lixo. O problema é que estou com vários sacos enormes de lixo reciclável em casa e o caminhão que deveria fazer a coleta tem passado em nossa rua a altíssima velocidade, sem tocar aquele sino que serve para alertar os moradores. Quando noto o caminhão, não dá nem tempo de abrir o portão. E não podemos colocar o lixo mais cedo na rua por dois motivos: cães soltos que destroem os sacos e catadores de papel que abrem tudo para separar os papéis, já que os plásticos e vidros eles não levam. É fácil criar leis e multas; difícil é os responsáveis verem se a coisa funciona mesmo.

Cristianne Batschauer, auxiliar administrativa, por e-mail

Lei descumprida

Duas coisas me deixaram chocado no dia 6/3: a irresponsabilidade de um comerciante em vender bebida alcoólica para menor de idade (pois sei quem é o rapaz) em um dos shoppings de Curitiba, contrariando disposição legal. A outra, não que mereça menor importância, foi que no local havia dois PMs, que em horário de almoço ou não, estavam fardados e nada fizeram, apesar de presenciarem a cena. Nisto coloco a questão da obrigação de fazer, dos PMs, e a de não fazer, do comerciante. Não adianta cobrar dos governantes medidas que visem a diminuir problemas relacionados à infância e à adolescência se nós mesmos nada fazemos diante de questões simples como essa. Bastava o comerciante dizer não e os PMs agirem dentro das suas atribuições.

Ramiro dos Santos Jr., contador, por e-mail

Em razão de espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal se reserva o direito de publicar ou não as colaborações.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]