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Tenho observado um número elevado de carretas na travessia da baía de Guaratuba. Existem placas informando que a tonelagem bruta máxima para os veículos atravessarem nas balsas é de 26 toneladas. Dia 6/9, às 11h, atravessaram na balsa quatro carretas transportando contêineres, e um caminhão frigorífico. Esses caminhões trafegam por dentro da cidade de Guaratuba que, com certeza, não tem suas vias preparadas para o excessivo peso transitado. Pergunto: quem é que fiscaliza? A Capitania dos Portos? A prefeitura de Guaratuba? A Polícia Rodoviária Estadual, que por sinal tem dois postos localizados em Guaratuba? O DER? Quando terminou a travessia, no lado da prainha, tinha mais uns oito caminhões para voltar. Ou seja, se ninguém fizer nada, daqui a uns dias teremos as ruas de Guaratuba todas arrebentadas. É grande a possibilidade de acidente, enquanto a concessionária dos serviços de travessia aufere seus lucros sem respeitar a legislação. Quem se habilita a fiscalizar? Ou todos vão dizer que o problema é dos outros?

Luiz Roberto SilveiraBancário – Paranaguá, PR

Timemania

De olho na capacidade dos brasileiros para sonhos e ilusões, associada à característica cultural, onde fazemos questão de dizer que somos a terra do futebol e do carnaval, colocando em segundo plano outros assuntos "menos importantes", é que o governo está para aprovar a criação de mais uma loteria federal. Se os ditos clubes, que não são poucos, estão quebrados por má administração, deixem que quebrem! Não estão também quebrados os hospitais da maioria das cidades brasileiras e sem merecer a devida atenção na solução de seus problemas por parte do governo? Empresários também quebram a todo instante, vítimas da absurda carga tributária que lhes é imposta para que possam manter suas portas abertas. Salvo os apadrinhados, a maioria nunca é perdoada ou recebe ajuda do governo. Já imaginaram se tivéssemos um governo capaz de criar algo similar a esta loteria que está para ser aprovada e que levasse o nome de "Saúdemania", direcionando um porcentual do que fosse arrecadado na cidade onde foram feitos os jogos imediatamente ao principal hospital público daquela cidade? Mas quem está preocupado com isso? Temos acesso a bons planos de saúde e ainda podemos continuar sonhando em um dia nos tornarmos milionários, apostando na mais nova loteria federal e contribuindo com a saúde do "timão" da preferência de cada um.

Eduardo Nauffal de AlmeidaGuaratuba, PR

Sem alvará

Há cerca de três meses, em resposta a uma reclamação publicada nesta coluna, referente a um bar localizado na esquina da Rua Caetê com a Marechal Floriano, a prefeitura informou que havia feito a fiscalização e de fato o estabelecimento não possuía alvará. E foi só. Passado todo esse tempo a situação piorou. O bar continua funcionando normalmente com música ao vivo das 22 às 7 horas, tirando o sossego de toda a vizinhança; nada mais foi feito. É lamentável termos de utilizar este espaço democrático, onde podemos discutir os mais variados assuntos, para solicitarmos providências que deveriam ser tomadas pelo simples registro de uma queixa pelo 156 (o que foi feito várias vezes), mas é o recurso que nos resta. Tantas empresas esbarram na burocracia antes de obter as licenças e abrirem as portas. Como o poder público permite que um bar que não possui nem alvará tire o sossego de tantas famílias?

Rafael CamposCuritiba, PR

Vitória da democracia

A democracia caminha para mais uma vitória. É um grande passo o fim do voto secreto nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional. Mas ainda faltam a fidelidade partidária, o fim da reeleição também para o Legislativo (sendo o mandato do partido, este defende as propostas) e mandato de quatro anos para senador. Todos os outros cargos eletivos são de quatro anos, por que o cargo de senador é de oito anos? E ainda com direito à reeleição? Isto faz com que o Senado Federal permaneça conservador e se afaste da população.

Rogério PachecoAntonina, PR

Segurança nas estradas

A incompetência da Polícia Rodoviária Federal em garantir um mínimo de segurança aos motoristas restou demonstrada pela destruição de duas viaturas da corporação. É regra elementar de segurança veicular que a redução brusca de velocidade em rodovias constitui um fator para a ocorrência de acidentes. Se o trânsito havia parado, por conta do acidente, ou então movimentava-se muito lentamente, constituía obrigação da PRF controlá-lo a partir do posto situado no alto da Serra. Viajo muito a SC. Freqüentemente, fico preso em filas causadas por acidentes. Nunca encontrei a PRF sinalizando, ao menos 500 metros antes, que o trânsito está parado. Carros até conseguem reduzir velocidade rapidamente, mas não os caminhões. Enquanto não há fiscalização, que se liberem as duas pistas de rolamento e se autorize a manutenção da velocidade (100/110 km/h).

Eduardo Sabedotti BredaCuritiba, PR

Combate ao analfabetismo

A fórmula da rápida conquista da alfabetização geral e para instalar-se a democracia produtiva, impedindo o acesso de incompetentes e mal-intencionados aos cargos eletivos, é vedar ou proibir o voto de analfabetos, em vez de ficar facultativo. Por que essa medida drástica? Exatamente porque tem sido dessas pessoas, geralmente crédulas e necessitadas, que se aproveitam os candidatos demagogos e inservíveis ao bem do país. Acabamos pagando o pato pelas vitórias dadas por quem não lê jornais; vê televisão, mas se deixa ludibriar; ouve rádio, mas tolera a corrupção de valores, compra de votos etc., achando tudo normal com a tese do "rouba mas faz". Acredita no "é dando que se recebe" e troca o voto pelo assistencialismo fácil (esmola) à custa do chapéu alheio ou erário. Quem quiser título de eleitor, vai ter de se instruir, ler, ouvir e interpretar bem a informação ou advertência recebida de fontes competentes e, então, votar sabendo separar o joio do trigo.

Suzano Stepulski SantosCuritiba, PR

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