Filho único

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O artigo do jornalista Caio Castro Lima (Viver Bem de 1.º de julho) demonstra o amor legítimo e louvável por sua filha, mas demonstra também o desconhecimento de que o filho único é sempre solitário: não tem irmãos, não será tio, não terá sobrinhos... além de ter menos – bem menos – oportunidade de compartilhar, brincar, esperar a vez, emprestar, conversar com os irmãos, preparar surpresas para os pais, ter parcerias, brigar. O filho único é depositário absoluto das expectativas e neuroses dos pais e essa é uma sobrecarga injusta; além do mais, ele não escolhe esta solidão: são os pais que, pensando em dar muito amor e também muitas coisas, o privam da primeira e mais íntima fraternidade.

Lélia Cristina de Melo, psicóloga clínicaCuritiba – PR

Bingo

Referente ao artigo "Não ao bingo e as suas conseqüências" (19/6), do promotor Marcelo Blazer Correia, argumentamos que é muito fácil ser contra o bingo, acusando-o de provocar vício, ser ligado à lavagem de dinheiro e outras mazelas, sem analisar o outro lado. Então se o jogo causa vício e logo deve ser proibido; o consumo de cerveja, que pode causar alcoolismo, também deve ser proibido? Lavagem de dinheiro? A nossa proposta prevê fiscalização on-line pela Receita Federal. Por que o Brasil não olha para países desenvolvidos, por exemplo, EUA e Alemanha onde o jogo é permitido, regulamentado, fiscalizado e os impostos recolhidos são usados em benefício da sociedade? Ao afirmar que a "ausência de fiscalização do poder público – impedido pela falta de regulamentação (...)" é maléfica ao país, o promotor concorda com a nossa luta. Regulamentação já!

Carlos Eduardo Canto, presidente Febrabingo e Movimento Pró-BingoSão Paulo – SP

Caos aéreo

Na noite de 1.º de julho, no Aeroporto Afonso Pena, a TAM liberou para decolagem o vôo JJ 3012 (para Congonhas) sem que pelo menos 20 passageiros tivessem embarcado. Os passageiros estavam no saguão e não foram informados da abertura do processo de embarque. Quando se deu a primeira chamada sonora e a indicação do embarque nos monitores do saguão, a aeronave já estava prestes a decolar. Fica registrado o descaso da companhia para com os passageiros, dentre os quais estou incluído. A empresa reconheceu informalmente que tenha sido responsável pelo problema, mas se recusou a admitir isso de maneira formal. Os funcionários alegaram que "estão impedidos de fazê-lo", a não ser em casos de perda do vôo por problema meteorológico ou de força maior. Registrei o fato na Anac (número 460/SACCT/2007) e usarei o registro como prova em processo judicial.

Rodrigo Leye, engenheiroCuritiba – PR

Quadrilhas

"As festa juninas do Nordeste são as melhores, mas a da Granja do Torto, em Brasília, com certeza tem mais ‘quadrilhas’."

Mario Tadeu StoccoCuritiba – PR

Carbono zero

Sobre nota na coluna Caixa Zero de 30/6 (gastos com combustíveis), proponho uma lei que estabeleça a compensação pelo uso dos combustíveis pelos deputados, nos moldes do programa Carbono Zero. Cada nobre deputado teria de plantar cerca de 60 árvores por mês para compensar os R$ 4,5 mil gastos em combustível.

Marciano Juliano Rubel, analista de sistemasCuritiba – PR

Senado

Sangra bastante o Senado com o episódio "Renangate". Cada um de nós, ao manifestarmos o apreço por atitudes virtuosas dos políticos bons e rejeitarmos os comportamentos dos desonestos, estaremos contribuindo para que os políticos que ainda não são nem bons nem maus, os tíbios, saiam de cima do muro.

Paulo Sertek, professor universitárioCuritiba – PR

Em latim 1

A respeito da carta de Oswaldo Nascimento Jr. (2/7) sobre missas em latim, fica a pergunta: Alguém aí entende a tal língua? Se os padres, falando a língua nacional, não conseguem manter o rebanho alimentado da sã doutrina, o que dirá se pregarem em latim?

Daniel Matschulat, microempresarioCuritiba – PR

Em latim 2

O retorno da celebração das missas em latim tem chances remotíssimas de ocorrer. A Igreja percebeu que era necessário atender às diferenças entre o mundo antigo romano e o brasileiro atual. A celebração deve atender a todos os que procuram aconchego espiritual. É necessário que Igreja e fiéis falem a mesma língua. O retorno do latim representaria um vácuo entre os cristãos e a liturgia.

Paulo Abrahão, advogadoCuritiba PR

De chinelo

Com todo o problema da lentidão da nossa Justiça, agora temos de conviver com ações totalmente inconvenientes de um juiz (felizmente já devidamente repreendido pela Corregedoria), impedindo o acesso de uma pessoa com chinelos para a audiência. Ainda bem se trata de uma exceção. Conheço muitos juízes que se preocupam com as pessoas e chegam a levar trabalho para acelerar os processos. Estes entendem o quanto importante uma decisão ágil sobre as ações que dependem se seu julgamento.

Gilmar Tadeu StrasbachCuritiba – PR

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