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Quando o Brasil era colônia de Portugual, a cobrança de impostos era feito em produtos, geralmente em ouro, e esse foi o principal motivo da Inconfidência Mineira. Desde aquela época, a carga tributária era pesada e os brasileiros atrasavam os seus impostos, o que levou Portugual a instituir a cobrança de todos os impostos de uma só vez, fato esse chamado de "Derrama". Os mineiros foram os principais afetados, e a sua revolta culminou na Inconfidência e na morte de Tiradentes. Na época, os impostos eram em torno de 20% do PIB, ou seja, 1/5 de toda a produção, daí o termo "quinto dos Infernos", que se utiliza até hoje. Atualmente, existe uma lista com 74 impostos, taxas e contribuições que chegam, aproximadamente, a 40% ou 2/5 do PIB. Será que não seria o momento de atualizar a língua portuguesa e corrigir o termo da época do Brasil Colônia para "dois quintos dos Infernos"?

Florêncio de Oliveira Filho, físicoCuritiba, PR

Congresso

Interessante o senhor Aldo Rebelo achar que o custo da convocação extraordinária do Congresso Nacional "não é muito, se comparado ao que pagamos diariamente em juros da nossa dívida pública". Ora, a convocação teve um custo astronômico de R$ 95 milhões, e pagamos R$ 600 milhões em juros da dívida. Se o nobre deputado sabe fazer contas, verá que a convocação representou quase um sexto do valor do montante de juros. Isso para não ter havido nem a votação das cassações e nem a do Orçamento. Bem se vê que dinheiro público, para o nobre deputado, é mero detalhe...

Roberto F. da Rocha, médicoCuritiba, PR

Nepotismo

Essa surpreendente decisão do Supremo referente ao fim do nepotismo no Judiciário deveria ser adotada também pelos demais poderes (Legislativo e Executivo). Só que agora ainda resta saber se a decisão vai de fato surtir os efeitos desejados pela população, já que o brasileiro é famoso por arrumar um jeitinho para tudo, pois sabe que conta com a impunidade como aliado. Um exemplo é que já não faltam comentários sobre diversos casos de funcionários que só conseguem o cargo se deixarem mais da metade de seu salário para os chefes, sejam eles parlamentares, conselheiros, diretores ou outros tipos mais.

Habib Saguiah NetoMarataízes, ES

Bairros abandonados

Hoje passei pela Vila São Jorge, Vila Rosinha e Portão, bairros onde me criei. As ruas estão abandonadas, esburacadas, e algumas praças estão tomadas pelo mato. Como é triste ver o descaso desses bairros, onde as lembranças da infância são tão boas. Acredito que alguns vereadores foram eleitos pelos moradores desses bairros. Será que esses vereadores não podem aparecer também neste momento difícil, ou será que é preciso ter véspera de eleição para saírem da "toca"?

Carlos Buffa NetoCuritiba, PR

Alagamentos

Eu e mais algumas das dezenas de famílias que moram próximo ao córrego Areiãozinho sofremos (no último dia 20/2) novamente com as fortes chuvas. Algumas casas foram alagadas, e as margens do córrego desmoronaram; caíram árvores e parte do meio-fio que contorna o rio. Peço socorro à Gazeta do Povo. Já solicitei, por diversas vezes, à prefeitura de Curitiba providências com relação à erosão que está tomando conta do córrego, localizado no bairro do Uberaba. Mas não tivemos providências até a presente data. Tenho três protocolos registrados no 156, e fiz vários outros telefonemas cobrando providências. Porém a prefeitura de Curitiba não dá a mínima atenção. Nunca mandou alguém para verificar a situação do local. Infelizmente, a recuperação da região não dá a quantidade de votos que eles querem. Lembro ainda que a situação já foi mostrada em uma reportagem da Gazeta do Povo (dia 28 de abril de 2005), quando é citado um estudo realizado pelo especialista Roberto Frendrich mostrando as margens do córrego comprometidas pela erosão. R$ 310 de IPTU é o que a PMC está me cobrando, em 2006, e dos moradores da região. Mas é um dinheiro jogado fora, pois não vejo benefício algum para nós do Uberaba. Pergunto: até quando esperar? Até as próximas eleições? Até as nossas casas serem engolidas pela erosão?

Marcionílio Antônio Machado, aeroportuárioCuritiba, PR

Presídio

Como pode um presídio de segurança máxima, inaugurado há dois meses, possibilitar a fuga de presos de maneira tão fácil e rápida? Recordo-me, à época da construção desse presídio, que o atual governo do estado propagava a idéia de que havia superfaturamento na obra, licitada pelo governo anterior. Agora, podemos perceber de que maneira são construídas as obras deste governo. É com essa responsabilidade, ou com a falta dela, que o dinheiro público é administrado? Afinal, o governo do Paraná deverá gastar mais recursos para consertar o estrago feito pelos presos que fugiram do presídio em São José dos Pinhais. Assim caminha o Paraná e o Brasil: constrói-se de qualquer jeito para faturar votos agora (afinal, estamos em ano eleitoral) e remenda-se depois.

Gustavo JanssonCuritiba, PR

Multa

No último dia 14 de fevereiro, meu carro foi multado na Rua Eugênio José de Souza, localizada ao lado do Paraná Clube. Diz o Diretran que o veículo estava estacionado sobre o passeio. Interessante é que o referido passeio é um espaço cheio de entulho, onde não passa ninguém. Mais interessante é que na própria multa diz que foi "autuado por solicitação". Gostaria de saber "quem é a pessoa muito importante" que, com um simples telefonema, desloca duas viaturas do Diretran para multar os carros lá estacionados depois das 21 horas, em local onde não passa ninguém.

Divanzir ChiminacioCuritiba, PR

Regalias

Como uma pessoa pode ter de tão importante para merecer tantas regalias em nosso estado, como é o caso do técnico alemão durante sua visita a Foz do Iguaçu? Realmente, sou paranaense, mas somos provincianos demais. Pergunto o seguinte: se lá no parque aparecesse em visita uma professora que ensinou milhares de alunos, contribuiu para a formação de cada um, deu exemplos de amor – e também estivesse com idade já avançada –, solicitando uma visita que exigisse que ela fosse de carro pelo trajeto, pois tem dificuldades para locomoção, seria permitido tal regalia? Meio horinha antes então? Nem pensar.

Julio Cezar VieiraCuritiba, PR

Assalto

Sexta-feira passada, um ônibus da linha Jardim Cláudia foi palco de uma ação criminosa audaciosa: em sua primeira viagem do dia rumo a Pinhais, algo em torno das 6h30min, quatro homens embarcaram na linha e anunciaram que aquilo se tratava de um seqüestro. Com uma arma na têmpora do motorista, o ônibus lotado de trabalhadores de Piraquara foi friamente conduzido a um barranco isolado da cidade. Lá, os assaltantes simplesmente limparam os passageiros e o cofre, fazendo até algumas pessoas ficarem sem as roupas e outras sem os calçados. Inclusive os tênis de marca e os brincos de uma passageira exaltaram o sentimentalismo, em particular, de um dos assaltantes, que chegou a falar: "Esses aqui, eu vou dar para a minha namorada". E assim a vida corre: os trabalhadores trabalham, os assaltantes assaltam e a segurança continua inexistente. Na atual situação em que a audácia dos bandidos se encontra, é provável que essa ação não seja um fato isolado.

Renan Lúcio MouraPinhais, PR

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