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Li com grande interesse a reportagem "Tráfico é a lição de casa do dia", escrito por Anna Simas (Gazeta do Povo, 31 de agosto de 2008). Na verdade, li com um misto de interesse, preocupação e descrença no futuro. Este é mais um daqueles "problemas" que todos sabemos que existem, mas que preferimos "esquecer". É mais cômodo "esquecer". Trabalhando com crianças e adolescentes com necessidades especiais há alguns anos, tenho observado com clareza e espanto o aumento no consumo de drogas ilícitas dentro e fora das salas de aula. Entre os diversos problemas de saúde relacionados ao consumo das drogas, um me preocupa em particular. Cada vez mais adolescentes usuárias de drogas engravidam e geram crianças com problemas neurológicos que poderiam ter sido evitados caso essas meninas tivessem recebido informação e tratamento adequados durante a gestação. Esse ciclo vicioso inicia com adolescentes sem nenhuma perspectiva para o futuro. Ao fim do ciclo o que temos? Uma "menina-mãe" que não é capaz de sustentar nem a si própria e nem ao seu filho. Aliás, muitas vezes não é capaz de sustentar nem mesmo seu próprio vício. Nossa sociedade perdeu o direito de "não enxergar" o problema do binômio drogas--juventude. Este é um problema de todos nós.

Paulo Liberalesso, médico, Curitiba – PR

Don LaFontaine

Nós, nossos avós, pais, filhos e netos: não há quem não tenha ouvido – alguns dezenas de vezes, outros milhares – a voz de Don LaFontaine, falecido na segunda-feira. Era sua voz que anunciava, nos trailers, os filmes que estavam por estrear nos cinemas de todo o mundo. A indefectível expressão "in a world", que iniciava a maioria dos textos, porém, ainda ecoará pelos séculos como ícone vocal definitivo da interminável era do cinema. Mas "em um mundo" sem a voz de Don LaFontaine, os trailers nunca mais serão os mesmos.

César Caldas, por e-mail

Sem seguro 1

A decisão sobre o pagamento de seguro à família nos casos em que o motorista estava alcoolizado é polêmica (Gazeta, 2/9), uma vez que há precedente do STF considerando que o alcoolismo é uma doença. Portanto, se as seguradoras não tiverem o cuidado de analisar corretamente as informações do segurado e aceitarem o pagamento do prêmio sem restrições, deverão ser obrigadas a indenizar o segurado ou seus familiares, sob pena de enriquecimento sem causa. O problema deverá ser analisado no caso concreto, principalmente tratando-se de seguro de vida. Depois dessa decisão, certamente virá outro lobby das seguradoras para evitar o pagamento das indenizações para pessoas que se utilizam de medicamentos, sempre em prejuízo do frágil consumidor (segurado) que só tem o dever de pagar.

Milton Ricardo e Silva, advogado, Curitiba – PR

Sem seguro 2

Discordo da opinião do leitor Luiz Fernando Ramos (3/9). Ele julga precipitada a decisão do STJ de desobrigar as seguradoras a indenizar seguro de vida de motoristas alcoolizados. Na minha opinião, a decisão foi aplicada somente para o seguro de vida (opcional) do próprio motorista. Não afetou o direito dos beneficiários de eventuais passageiros, tampouco o seguro obrigatório DPVAT, que indeniza todas as vítimas, independentemente da apuração de culpa. O prêmio de qualquer seguro é calculado de acordo com a sinistralidade, considerando o mau uso e as fraudes. É injusto submeter toda a massa segurada, incluindo os que não ingerem bebida alcoólica, a arcar com prêmios mais elevados por conta de uma minoria. A cidadania plena só se consolida quando buscamos cumprir nossas obrigações com o mesmo empenho que clamamos por nossos direitos.

Jaaziel de Castro Libanio, por e-mail

Nepotismo 1

Informações, transparência e ética são importantes no Executivo, Legislativo e Judiciário (mesmo com as coincidências da vida, como lembrou Celso Nascimento em sua coluna de 3/9). Caso contrário, a democracia é utopia.

Edivana Venturin, advogada, Curitiba – PR

Nepotismo 2

Enquanto os verdadeiros trabalhadores deste país que dão seu suor e sangue para tentar manter sua família com um salário mínimo vergonhoso, os políticos sempre tem vantagens em colocar seus parentes no serviço público com salários de magnatas, mesmo não precisando do dinheiro. Este país está virando piada no mundo todo. Brasileiros, acordem nas eleições deste ano, senão vamos comprometer a vida de nossos netos e bisnetos.

Sara Souza, por e-mail

Anencefalia 1

A interrupção desse tipo de gravidez é um aborto. A vida só pode ser interrompida caso a mãe venha correr risco de vida (Gazeta, 3/9). Mesmo sabendo que a criança não tem cérebro, não podemos ceifar essa vida. Devemos aguardar a decisão divina.

Tânia de Almeida, por e-mail

Anencefalia 2

Aborto é um nome que encontraram para encobrir o que de fato é. Aborto é assasinato de um ser humano indefeso. Ninguém têm o direito de decisão, sobre a vida de outra pessoa. O bebê, mesmo que seja anencéfalo, não é um prolongamento do corpo da mãe, mas sim um ser independente, prova disso é que se o embrião for retirado do útero onde foi gerado, pode perfeitamente ser colocado no útero de outra mulher, dessa forma, a mãe não têm direito sobre dele. A vida deve prevalecer sempre.

Juliano Verzignassi, por e-mail

Anencefalia 3

É evidente que a Justiça tem de autorizar o aborto de bebês com anencefalia. Quem pensa o contrário não leva em conta o sofrimento da mulher na inútil espera por alguém que nunca a chamará de mãe.

Sirleine Dias, por e-mail

Anencefalia 4

É muita discussão sem conclusão. Para a criança concebida por estupro, perfeita em suas funções, pode haver aborto. Já para a anencéfala, com possibilidade de apenas um lapso de vida, a interrupção da gravidez é crime. Quanta hipocrisia!

José Hugen Godói, por e-mail

Eleição

Ao ler a matéria "Candidatos fazem promessas inviáveis" (Gazeta, 31/8), pareceu-me estranha a interpretação da proposta "Computador para ver o mundo". Para mim isso quer claramente dizer que o poder público deve sim proporcionar acesso a computadores para que as comunidades possam se inserir neste moderno meio de comunicação, e não que o candidato em questão vai proporcionar tal bem de consumo ou que alguém levará um computador para casa. Há muitas bizarrices eleitorais, mas essa proposta específica certamente não é uma delas.

Mirian Braga Budola, Capanema-PR

Drogas

Quanto à presença de cães farejadores nas escolas (Gazeta, 3/9), acho que polícia evitaria constrangimentos inúteis se fizesse o que todo mundo espera, que é prender os traficantes. Não adianta denúncia e nem revistas em portas de escola se ela não age com inteligência e lisura, negligencia as ações dos traficantes, na maioria das vezes, e faz vistas grossas para não ter de agir. Curitiba está infestada de traficantes e bandidos nos principais bairros e ruas. Todos os cidadãos de bem enxergam a situação e ficam tristes com o que se passa na cidade, menos o poder público, que se ausentou de suas responsabilidades.

Osni Pedroso Cubas, por e-mail

Campanha 1

Os vereadores foram eleitos para legislar e não para serem candidatos de novo. Se cumpriram bem seu mandato, não precisam de campanha. Senão cumpriram, por que elegê-los de novo ?

Luiz Franco, por e-mail

Campanha 2

É extremamente necessário que os vereadores sérios e com propósitos reais se dediquem mais às eleições, conheçam o povo, saibam suas necessidades e possam expor suas idéias com uma base mais sólida. É preciso que não dependam só do horário eleitoral, que acaba sendo muito rápido e impede que o eleitor conheça efetivamente o perfil de cada candidato. O eleitor precisa de informações sérias para poder votar com consciência.

Bárbara Coltri, por e-mail

Errata

Diferentemente do que foi informado ontem, no Caderno de Automóveis, o Encontro Brasileiro de Preservadores de Viaturas Militares Antigas está na 4ª edição e será realizado de 30 de outubro a 2 novembro, no Parque Barigüi, em Curitiba.

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