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Muito já se escreveu sobre o muro que o governo do Rio de Janeiro constrói circundando favelas da zona sul da cidade. Até o notável escritor português José Saramago emitiu sua opinião, conforme publicou a Gazeta do Povo. Entenda-se: é um muro da incompetência e alegar a "proteção da Mata Atlântica" é uma balela. Não é desse muro que o Brasil precisa e sim de um virtual, que circundaria esse edifício de lama chamado Congresso Nacional. Deveria ser um muro dotado de um tipo de chuveiro que, na entrada, fizesse jorrar sobre as cabeças dos congressistas um jato não só de dignidade, moral, ética e amor próprio, mas também de muito idealismo, pois assim julgariam com prioridade os projetos de verdadeiro interesse da população e não aqueles que só interessam a eles próprios, aos seus partidos e a seus conchavos.

Oswaldo Zappia, por e-mail

Prefeituras 1

A matéria sobre a arrecadação menor das prefeituras apontou demissões nos quadros de funcionários (Gazeta, 10/4). No município de Coronel Vivida, Sudoeste do Paraná, onde sou prefeito, desde o primeiro dia de mandato estamos praticando a austeridade máxima. Demitir como, se mais de 90% do quadro de servidores tem estabilidade e são indispensáveis para a necessária prestação de serviços?

Fernando Aurélio Gugik, Coronel Vivida - PR

Prefeituras 2

O problema enfrentado pelos municípios com a queda do FPM é mais uma crise de gestão do que de recursos, segundo o artigo de Denis Alcides Rezende, doutor em administração municipal (Gazeta, 8/4). Disse tudo. As prefeituras são como os times de futebol. O dinheiro não é do gestor e por isso se gasta desordenadamente. O dia em que os municípios forem administrados por técnicos acabarão os problemas financeiros. Os prefeitos deveriam fazer o papel de "rainha da Inglaterra", representando a comunidade junto aos governos federal e estadual.

Luiz Fanchin Jr., por e-mail

Congresso 1

À proposta radical de fechamento do Congresso contrapõe-se o argumento moderado de que o caminho não é esse, mas, sim, "votar melhor". Mas faltam ferramentas para votar melhor. Uma delas seria voltar a atribuir peso específico aos votos brancos e nulos, que, como ocorre comumente em provas de múltipla escolha, representam duas opções legítimas – respectivamente "qualquer das alternativas" ou "nenhuma das alternativas". Na ocorrência de mais de 50% de votos nulos e brancos, o pleito deveria ser anulado. Outra opção seria atribuir o poder, aos eleitores, de destituir mandatários de cargos eletivos – instrumento existente em alguns países e de adoção já cogitada no Brasil. Fora isso, só mesmo concordando com o senador Cristovam Buarque sobre o fechamento do Congresso, mas pedindo a ele que nos diga quem, efetivamente, vai implementar a medida.

Gil Cordeiro Dias Ferreira, por e-mail

Congresso 2

Difícil acreditar que um senador da República tenha tanto desprezo pelo serviço público a ponto de dar a uma filha um celular do Congresso para uso pessoal. E, diga-se, para uso abusivo. Diante desse quadro dá até para compreender que a nefasta ideia de fechar o Congresso (o que nos remete às ditaduras) tenha passado pela cabeça de um senador que considero um apóstolo da educação, Cristovam Buarque.

Margarida M. Barbosa, Curitiba – PR

Trem

Moro em Curitiba, mas trabalho em Pinhais há cinco anos. Muitas vezes não consigo cumprir horários quando o trem corta a Rua Camilo Di Lellis para chegar à Av. Iraí. Não quero tirar o ônus da ALL (ou outro órgão competente), que realmente não cuida da sinalização, deixa o mato crescer, tapando as placas, e não coloca sinais luminosos nas travessas, mas também temos de observar a imprudência dos motoristas dos ônibus que cruzam a linha do trem. Para não perder tempo, eles ultrapassam a linha mesmo ouvindo o apito a indicar que o trem se aproxima. Muitos veículos particulares, motos, cliclistas e pedestres tomam a mesma atitude. Realmente falta sinalização e obstáculos concretos à ultrapassagem (como cancelas de bloqueio), mas o que falta ainda mais é consciência e prudência. Não se pode priorizar o "não perder tempo" e, com isso, perder vidas.

Christianne Oliveira, psicóloga, Curitiba - PR

Justiça

A polícia não necessita de curso humanista para policiais (Gazeta, 7/4). O que precisamos, decididamente, é mudar a visão equivocada. "Presunção de culpa" ou "presunção de inocência" – estamos sempre em um dos polos. Sabemos que as leis existentes permitem a protelação do julgamento e que advogados fantasiam cenas de crimes. Tudo em nome da presunção da inocência e no final os criminosos não ficam presos. O que precisamos é de penas cumpridas na íntegra, sem fuga dos presídios e julgamentos rápidos.

Maria Telles, por e-mail

Manifestação

Por três vezes na semana que passou, baderneiros atearam fogo em pneus colocados na Rodovia da Uva, criando muita confusão no tráfego. O motivo alegado são os acidentes e atropelamentos no local, onde são vítimas pessoas embriagadas, motoqueiros e ciclistas imprudentes e, infelizmente, crianças que ficam à mercê da sorte, pois seus pais não as protegem. Neste caso, o direito de ir e vir fica ofendido e a nossa Polícia Militar deixa de cumprir o seu papel por medo de represália do governante. Em outros tempos, o comandante da Polícia Rodoviária já teria ido ao DER e, juntos, teriam tomado medidas para melhorar a segurança no local. Dia sim, dia não há queima de pneus na Rodovia da Uva. Vai continuar assim ou haverá providências.

Luiz Eduardo Hunzicker, por e-mail

Banco do Brasil

A última interferência do governo federal no Banco do Brasil me leva a questionar três aspectos. Primeiro: a ação foi executada como simples ato populista. Ao baixar o spread, automaticamente também são baixadas as taxas de captação e empréstimos a níveis toleráveis que permitam receitas para arcar com os encargos fixos e móveis e, como em uma S.A., apresentar resultados positivos. Segundo: além de atrair tomadores de crédito de liquidez duvidosa, o dinheiro a custo baixo não são necessariamente será aplicado na atividade produtiva. Terceiro: quisesse realmente o governo forçar a baixa do spread bancário, poderia usar das ferramentas tributárias que possui e/ou encaminhar ao Congresso proposta de lei que imputasse aos bancos, em geral, incidência de Imposto de Renda com taxas progressivas, proporcionalmente ao crescimento dos ganhos. Tudo leva a crer que se trata de mais uma manobra de favorecimento à Febraban.

Antonio Carlos Ferreira de Abreu Trindade, economista, por e-mail

Morales

Ficamos sabendo pela imprensa que o presidente Evo Morales fez greve de fome na Semana Santa para que uma lei eleitoral fosse aprovada em seu país. Realmente não é ético um governante fazer greve de fome para exigir algo desse tipo. Mas, como ficar muito tempo sem comida faz a pessoa refletir sobre os seus próprios atos, tomara que a greve de fome sirva para que o presidente da Bolívia tome consciência de que ele não é o correspondente masculino de Eva no Paraíso e que não queira seguir provando da maçã proibida da soberba.

Luciana do Rocio Mallon, por e-mail

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