Patrimônio 1

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Como se já não bastasse o patrimônio cultural e a memória das cidades ser tratada com descaso monumental, ainda corre risco a memória dos cemitérios. O Municipal de Curitiba, para além de sua função prioritária, é um dos mais completos museus da cidade. Abriga restos mortais e a cronologia dos mais diversos cidadãos que viveram no espaço-tempo desta cidade, tem verdadeiras obras de arte e, arquitetonicamente, é um laboratório de estilos e técnicas dos nossos velhos mestres construtores.

Roberto Tourinho Fontan

Patrimônio 2

Muito boa a reportagem "Um lugar bem longe do paraíso" (Gazeta, 3/11). Temos no Brasil o péssimo hábito de menosprezar a história. O país vai relegando o que é realmente importante ao esquecimento. Um país sem história é um país sem cultura.

Olavo Schuster

Programas sociais

Acredito que os programas sociais do governo e a disseminação das cotas nas mais diferentes aplicações acabam por distorcer o entendimento que muitas pessoas têm sobre alguns de seus direitos. Estamos indo para um caminho de difícil retorno, pois estamos investindo não em educação, saúde e segurança, mas em assistencialismo.

Marcell Maceno, engenheiro ambiental e professor da UFPR

Voto

Sempre fui favorável ao voto facultativo e acredito que quem deve ser proibido de votar (Gazeta, 3/11) são os políticos que comprovadamente fizeram algum desvio de verbas em benefício próprio. Quanto à cota para os negros, ainda não formei uma opinião por falta de informações a respeito.

Sérgio De Angelis

Pré-sal

Quem me garante que as tais grandes reservas de petróleo do pré-sal são verdadeiras e viáveis? Não estaríamos diante de um novo caso Eike Batista? Temos apenas perspectivas, análises de técnicos da própria Petrobras ou de empresas contratadas por ela. Pior, faltam tecnologia e dinheiro para tamanho investimento. É coisa para 2020, tempo demais, levando-se em conta que estão anunciando desde 2008.

Evaldo J. Magalhães

Capitalismo

Bruno Garschagen foi feliz ao escrever sobre o marxismo e o capitalismo (Gazeta, 3/11). É preciso deixar claro que sem o capital não existe emprego, sem o emprego não existe salário, sem salário não há consumo, sem consumo não há produção e sem produção não existe o capitalismo. É um circulo vicioso, mas produtivo e essencial à sobrevivência do ser humano. Infelizmente, as pessoas não entendem o risco que corremos com a implantação de uma ditadura bolivariana.

Luiz Fanchin Jr., economista

Engenheiros

Concordo com o presidente do Crea-PR sobre não precisarmos de mais engenheiros (Gazeta, 1/11) e vou mais longe. O que o Brasil mais precisa é de técnicos de nível médio ou de tecnólogos para atrair mais indústrias e agroindústrias, e mesmo para suprir as necessidades do agronegócio e da própria construção civil.

Roni Antonio Garcia da Silva

Violência

O "toque de recolher" na Vila Torres só evidencia a falta de uma política pública para a segurança. O governo multiplicou a arrecadação do Detran justificando que iria investir em segurança e não fez nada além de comprar alguns carros para que a polícia desfile pelas ruas. Estamos piores que o Rio de Janeiro, com áreas controladas pelo tráfico e uma insegurança generalizada.

João Augusto Moliani, professor da UTFPR

Uso da água

É uma pena que o valor cobrado pelo uso da água de grandes usuários (Gazeta, 2/11) não ajudará na recuperação da qualidade dos ecossistemas e dos serviços ecossistêmicos providos pelas bacias hidrográficas do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira, porque o valor definido não leva em conta os custos envolvidos na manutenção das condições para o provimento natural de água. A cobrança dificilmente terá grandes efeitos práticos.

Junior Garcia, professor do Departamento de Economia da UFPR

Era da velocidade

Sobre a crônica de Marleth Silva "Minha geração é melhor que a sua" (Gazeta, 2/11), acho que a era da velocidade começou com a invenção da roda. Hoje, com a impressora 3D, temos um instrumento que certamente irá revolucionar a relação capital-trabalho em muitas coisas. Ela é a roda do século 21, tudo terá de ser reorganizado. Como? Não sei. Vai ser difícil.

Roberto Justo Dias

Litoral

Sobre a matéria "Quase tudo pronto para a temporada de verão" (Gazeta, 2/11), não foi isso o que vi nos dias em que fiquei em um balneário de Matinhos. O lixo não foi tirado em nenhum momento, tanto que não cabia mais na lixeira quando retornei. A praia estava e está completamente suja, com detritos de toda ordem. Como vai ser no feriadão?

Carlos S. Maia

Corrupção

A presidente Dilma condenou as ações dos mascarados e eu também sou contra agir dessa maneira, mas existem centenas de políticos assessores da presidente que nos assaltam, sem qualquer constrangimento, com a maior cara de pau, e não precisam de máscaras. A presidente deveria ir aos veículos de comunicação e condenar esses atos de seus "afilhados".

Valdir KesteringTransporte de presos

Como são feitas as audiências de presos no Paraná nos presídios estaduais e federais? Quais são os custos e o risco de transporte desses presos? E quantos são os policiais que poderiam estar atuando em outros serviços, mas precisam servir de "babá" de presos?

Allan Alberto Pimenta Strauch

Médicos estrangeiros

Seria ótimo se pudéssemos também importar políticos que tivessem em seus currículos nota 10 em caráter, decência e, automaticamente, honestidade. Nem precisaria pagar apenas um salário de R$ 10 mil, poderia ser até o teto estipulado pela Constituição brasileira. Ainda bem que sonhar não gera imposto.

Wilson Oliveira Trindade, bacharel em Direito, Londrina – PR

Biografias

Concordo que, quando o fato é público, assim como a pessoa, não há necessidade de autorização do biografado; afinal, é preciso preservar o direito de informação. Entretanto, a publicação de livro que diz respeito à intimidade do biografado deveria exigir a autorização prévia, pois pode vir a atingir a honra, a boa fama e a respeitabilidade da pessoa.

Luisa Doria de O. Franco, estudante

Imprensa argentina

A respeito do editorial "A imprensa amordaçada na Argentina" (Gazeta, 2/11), acho justamente o contrário. Ao pretensamente defender a liberdade de imprensa, acaba-se defendendo o monopólio dos meios de comunicação.

Michel Deolindo

Combustíveis

Tudo o que os brasileiros menos gostariam de receber como notícia de fim de ano é essa volta do abominável "gatilho", aquele mecanismo que reinou durante os tenebrosos anos de inflação galopante e que servia de combustível para alimentar a própria inflação, que ele deveria neutralizar quando aplicado. Com o aumento da inflação, que certamente irá ocorrer, em breve estaremos vendo a volta daquelas maquininhas etiquetadoras de preços nos supermercados.

Ronaldo Gomes Ferraz, Rio de Janeiro – RJ

Economia

São imensos os prejuízos deixados pelas empresas de Eike Batista. Propositadamente, a colocação do X ao fim de cada sigla serve para dizer que X não tem explicação. Como sempre, a corda arrebenta do lado mais fraco e, a se confirmarem as notícias, a conta do calote ficará com os acionistas minoritários, com credores internacionais. Para salvar o governo desse rombo, Eike vai dividir a conta salgada com todos os brasileiros.

Izabel Avallone, São Paulo – SP

FHC

Para quem lê o texto de Fernando Henrique Cardoso "Sem complacência" (Gazeta, 3/11) e analisa o contexto do assunto explorado, fica evidente que o autor da coluna não é o mesmo personagem que foi presidente da República no período entre 1995 e 2002. Fica caracterizado aquele ditado popular "Faça o que digo (ou imagino), mas não o que faço (ou fiz ou deixei de fazer)".

Orlando Pagnussatti

Música

A propósito do texto "Perdeu, playboy", de Paulo Briguet (Gazeta, 4/11), o que surpreende é que ele ainda ignorasse, passados 19 anos do lançamento, Todo camburão, de O Rappa – uma das mais referenciais bandas da contemporaneidade, indicada múltiplas vezes ao Grammy e seguidamente premiada pela MTV. Não passa despercebida, assim, a incoerência de (des)qualificar como "lixo musical" canções e artistas que o articulista confessadamente desconhece. Mano Brown, a propósito, não consta por acaso no rol dos 30 maiores artistas da música brasileira com Jobim, Villa-Lobos, Noel, Vinícius, Ary Barroso, Chico e Pixinguinha.

César Caldas, cientista político

Futebol

Este não é o melhor momento para o Dado Cavalcanti deixar o Paraná Clube. E, mesmo que ele saia, o Tricolor da Vila não tem dinheiro para trazer outro técnico. Espero que Dado permaneça no comando técnico; gosto do trabalho dele e, apesar das críticas, ele vem fazendo um bom trabalho junto com a comissão técnica, no meu querido time do coração.

Denis Amaro de Sousa

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