Tratar o legítimo direito de manifestação como golpismo é radicalismo ideológico (Gazeta, 16/3). Temos um diagnóstico sombrio: PIB em queda, inflação, dólar e desemprego aumentando. Quais são as soluções? Adianta retirar a Dilma e colocar o Temer? Quem quer que assuma vai conseguir “driblar” a crise sem fazer ajustes? Um vácuo de poder, com a destituição da Dilma, não aprofundaria a crise? O momento é muito grave, exige um(a) estadista, um conciliador, como Tancredo Neves. Essa figura está em falta no Brasil.
Manifestações 1
Quem está desdenhando das milhares de pessoas que protestaram no último domingo, no mínimo, desconhece uma palavra chamada democracia. O protesto tem, sim, legitimidade por causa da insatisfação geral no país.
Manifestações 2
É exatamente por conhecer a palavra democracia que muitos desdenharam do protesto. As eleições presidenciais de 2014 foram lícitas e por isso não existe nenhum motivo legal parar pedir o “fora Dilma/PT”. Se o protesto tivesse pedido a reforma política – sem ter nenhum partido em foco –, ou que toda a corrupção fosse punida, teria sido perfeito.
Protestos 2
Moro em Curitiba há 29 anos e jamais vi nada igual ao protesto do último domingo (15). Eu fui para a rua; estava tudo lindo. Foi uma verdadeira festa da democracia. Havia famílias, pai, mãe, filhos, avós, etc. Tudo o que se possa imaginar que esteja ligado à cidadania estava presente no movimento, o qual foi absolutamente pacífico e ordeiro. Parabéns aos cidadãos, à Polícia Militar, à Guarda Municipal e a todos que lá estiveram.
Protestos 3
O impeachment não resolve. O Brasil precisa ser passado a limpo e reorganizado. Temos de acabar com os cargos em comissão e com as indicações políticas. Agindo assim, não precisaremos de dezenas de ministérios no âmbito federal e secretarias nos âmbitos estadual e municipal. Temos de passar um pente fino no Judiciário – que tem verbas imensas oriundas dos nossos impostos – e seus auxílios. É preciso repensar os tribunais de conta e o Poder Legislativo. Não é possível destinar tanto dinheiro a esse poder e ninguém, efetivamente, fiscalizá-lo.
Protestos 4
Se você pôde ir para a rua e protestar nos últimos dias - seja lá contra ou a favor de quem quer que seja -, agradeça aos que lutaram contra a ditadura e contra aos que a sustentaram. É preciso respeitar a memória dos que foram mortos e torturados para que hoje em dia se tenha a liberdade de se manifestar. Que não sejamos massa de manobra daqueles que estão desesperados, pois sabem que o Brasil nunca mais voltará atrás nessa questão.
Nova ortografia
Um país pode ter um ou mais idiomas oficiais, e mesmo os que possuem apenas um, não conseguem unificar seus dialetos (Gazeta, 15/3). Penso que não vai funcionar a unificação do idioma português para todos os países lusófonos. Até que seria interessante a unificação, mas alguns países e, especialmente, os autores portugueses já se manifestam contra. De fato, mais complica do que ajuda. Teremos que optar por um idioma brasileiro?
Prédios históricos 1
O estado está perdendo a sua história; e Curitiba está se descaracterizando completamente (Gazeta, 15/3). Prédios de importância arquitetônica e histórica estão sendo abandonados, depredados, e depois são transformados em estacionamentos, igrejas – como é o caso da Matte Leão – ou outros estabelecimentos. Pelo menos a Casa Estrela foi recuperada, mas saiu do seu lugar de origem. O Centro é puro abandono. É o retrato de um povo que não dá importância para a sua história e a sua cultura.
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Prédios históricos 2
A história do Paraná está diretamente ligada ao ciclo ervateiro. Preservar o patrimônio da Matte Leão deve ser obrigação do estado e da cidade. Como cidadãos, temos o dever de lutar pelo resgate histórico seja de Curitiba, do Paraná ou do Brasil.
Se adotassem os anéis tarifários – com a integração temporal no transporte coletivo de Curitiba –, seria mais barato e eficiente do que agora e ainda se manteria a integração justa. Iriam utilizar menos ônibus e seriam menos quilômetros rodados; as empresas perdem em arrecadação. Também haveria a necessidade de um menor de motoristas e cobradores; o Sindimoc perderia. Em todas essas situações, porém, o povo ganharia.
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