Radicalismo 1

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Observando a forma de atuação dos perpetradores do bárbaro atentado contra o cinegrafista Santiago Andrade, e dos demais marginais que têm se infiltrado nas manifestações de rua, na maioria das vezes pacíficas e legítimas, se vê que não se trata de acirramento de ânimos. Na verdade, tais elementos nem sequer fazem parte dos movimentos reivindicatórios; ao contrário, buscam desvirtuá-los, ao tentar fazer com que a opinião pública os associe aos injustificáveis atos de violência que praticam. É urgente que as autoridades controlem tal situação, identificando os mentores e financiadores dos ataques.

Julio Zugman

Radicalismo 2

A política, ou melhor, os políticos são os responsáveis pela radicalização do país, assim como os pais são responsáveis pelas atitudes na educação dos filhos. Se os pais gritam, os filhos gritam também; se os dirigentes são intolerantes e usam de vulgaridade para tratar das coisas políticas, a população se acha no direito de perder o respeito pelo outro. Intolerância gera intolerância.

Cassia Noronha

Radicalismo 3

A conduta oportunista e o cinismo dos atuais políticos não conseguem enganar mais a população que vê o sonho da democracia escorrendo pelos ralos da corrupção e trapaças sem fim. Essa situação acaba por transformar-se em terreno fértil para o radicalismo. A história tem demonstrado que esse fato se repete de tempos em tempos.

Antonio Carlos Corrêa Küster Filho

Vaquinha

O ministro Gilmar Mendes acertou em cheio ao sugerir aos mensaleiros a realização de uma vaquinha para ressarcir o erário. Em qualquer sociedade democrática e de bom senso se espera que os condenados sejam obrigados a ressarcir os prejuízos causados, sejam públicos ou privados. Da mesma forma, é inacreditável que baderneiros continuem depredando sem serem obrigados a pagar pelos estragos. A impunidade é a mãe do caos que estamos vivendo.

Walter van Halst, Ponta Grossa – PR

Energia

Segundo o ministro Edison Lobão, o consumidor terá de pagar por um sistema elétrico mais seguro (Gazeta, 15/2). Mas, para administrar os índices de inflação na tentativa de reduzir o impacto político-eleitoreiro, o governo resolveu reduzir as tarifas de energia elétrica no ano passado, obviamente reduzindo a receita que poderia auxiliar nos investimentos na área. Mais uma prova do quanto este governo está desorientado, tomando decisões com foco exclusivamente nas próximas eleições.

João L. Barbosa, Pinhais – PR

Acesso a informações

A respeito do editorial "Bloqueio à informação" (Gazeta, 15/2), há de se entender que, independentemente do plenário, cada parlamentar tem o direito e até mesmo o dever de, fundamentadamente, amparado no seu poder fiscalizatório, oficiar e solicitar explicações e esclarecimentos ao Poder Executivo. É também para isso que ele possui uma estrutura de gabinete, não?

Márcio Berclaz

Eutanásia

Não acredito que uma criança, teoricamente imatura ainda, possa saber o que é melhor para si – no caso, de ter voto quase de minerva sobre sua eutanásia (Gazeta, 14/2) ser ou não autorizada. Evidentemente que já definem o tipo de dor que sentem, mas poder autorizar a própria morte ultrapassa a normalidade.

Eduardo Rodrigues

Jockey Club

Como antigo admirador das corridas de cavalo, não fiquei surpreso com a nova denúncia envolvendo o Jockey Club (Gazeta, 16/2), e que poderá culminar com o encerramento das atividades do hipódromo, por determinação do Ministério da Agricultura. Da forma como as coisas estão sendo conduzidas, resta aguardar pela quase inevitável punição. Momento triste para os apaixonados pelo turfe e seus humildes profissionais.

Maurício Simões, designer gráfico

Copa do Mundo 1

Desculpe, meu amigo Mario Celso (Gazeta, 16/2), mas Curitiba está longe de ser um dos melhores destinos turísticos do país; prova disso é a crescente violência em nossa cidade, com ruas e calçadas esburacadas e bairros totalmente esquecidos. Quanto ao custo da obra, o que importa é que já custou quase três vezes mais que o orçamento inicial. E, quanto às obras de infraestrutura, nosso aeroporto está um "nojo" e não se vê obra acabada de mobilidade urbana.

Cláudio Slaviero, empresário

Copa do Mundo 2

Chega de gastos com uma obra como a Arena da Baixada! Já gastaram demais e a conta vai ficar para o contribuinte. Enquanto isso, os postos de saúde estão sem remédio e não há previsão de quando a situação vai se normalizar. Os turistas vêm a Curitiba para conhecer nossos parques e não para ver jogos de futebol.

Ernani Brusch

Feriados da Copa

Se eu pensar só em mim, sou favorável ao feriado em todos os jogos da Copa, inclusive desses ilustres desconhecidos que jogarão na Arena. Mas, pensando coletivamente, sou contra. Se todo mundo não precisar trabalhar, sempre haverá algumas pessoas que farão uso do álcool em excesso e depois poderão fazer faltas graves no trânsito. Além disso, seria grande a perda para o turismo da capital paranaense.

Waldomiro Tarcisio Padilha de Oliveira, funcionário público

População

Normalmente aprecio os artigos de Carlos Alberto di Franco, mas não foi o caso do texto "Gente não é problema" (Gazeta, 17/2). Tendo trabalhado no setor elétrico por toda minha vida profissional, conheço bem os prejuízos que posturas radicais de militantes ecológicos podem trazer. Entretanto, algumas posições desses militantes merecem consideração. É o caso da afirmação de que precisaríamos de seis planetas Terra para garantir o padrão de vida norte-americano a todos os habitantes do planeta. Recomendo a leitura do livreto 10 Bilhões, de Stephen Emmott, que alerta para os riscos trazidos pelo excesso de população.

Marcos Lefevre

Bicicleta

Os manifestantes pela redução da tarifa não estragaram o Fórum Mundial da Bicicleta (Gazeta, 14/2), apenas protestaram contra o prefeito que não toma a decisão de enfrentar a questão tarifária. Concluído o discurso do prefeito, deixaram o local pacificamente. Reduzir o evento à fala dele é dizer que sua única função era fazer palanque eleitoral.

André Feiges

Trânsito

A solução não é fazer os carros andarem mais rápido; o que tem de mudar é a necessidade de se usar o carro. A sociedade em geral precisa buscar alternativas. Ainda se vê construções de prédios de serviços no Centro da cidade, shopping centers em locais inadequados. Faltam hospitais em lugares de mais fácil acesso, horário diferenciado nas escolas, integração das empresas para uso de ônibus particulares.

Cezar Freitas

Obras 1

As obras na Avenida das Torres parecem não ter fim. Após anos fazendo-se o binário das ruas Chile e Guabirotuba, começou-se o viaduto estaiado, que está atrasado. Neste início de ano, mais obras, que diminuem de três para duas pistas a via. Isso em Curitiba e em São José dos Pinhais. As prefeituras parecem ter tanto gosto por buracos e atrapalhos para a população que o nome da via deveria ser "Rali das Torres".

Gustavo Biscaia de Lacerda

Obras 2

Há muitas notícias de que os orçamentos para obras públicas nunca são exatos. Isso acontece porque, quando um cidadão comum vai fazer alguma construção ou reforma, verifica todas as possibilidades de orçamentos. Claro que não é exato, mas a diferença é pouca. Já os orçamentos públicos não têm a mesma eficácia. Por quê? Porque as obras acabam paradas por falta de licença ou projeto técnico e assim por diante, tudo pela pressa para apresentar ao eleitor mais uma obra.

Allan Alberto Pimenta Strauch

Nomeação

Após ler a matéria sobre a nomeação do cantor Rick como secretário do Tocantins (Gazeta, 15/2), e lembrando de palavras do ex-presidente Lula, chego à conclusão de que neste país quem se dedica, estuda, empenha-se em formação profissional própria e de terceiros não serve para nada. Para que graduação, pós, mestrado ou doutorado?

Marcelo Papp

Ditadura

Fantástica a matéria retratando os anos terríveis da ditadura (Gazeta, 15/2). São fatos e fotos que não nos deixam esquecer o quanto vale uma democracia e liberdade em um país.

Pedro Girardi, Campo Magro – PR

Filmes

Os filmes com cenas de violência influenciam, sim, não somente as crianças e adolescentes, mas também os adultos. Muita da violência que acontece hoje nas cidades e no interior é o fruto que a sociedade está colhendo, pois a violência vem sendo plantada e cultivada há tempo.

Terezinha Corrêa

Mais Médicos

Muito já se falou e ainda se falará sobre o programa Mais Médicos, especialmente no que se refere à relação de trabalho dos cubanos. O governo está dando pouca importância às desistências destes médicos, referindo-se ao aspecto puramente quantitativo, quando na verdade uma única deserção é extremamente sintomática para comprovar a falta de liberdade e opção a que são submetidos estes profissionais caribenhos, reféns de uma ditadura acobertada, infelizmente, pelo Brasil.

Luiz Nusbaum, médico, São Paulo – SP

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