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Em meio aos escândalos que acontecem no país, é um consenso entre intelectuais e políticos brasileiros que o atual sistema eleitoral precisa de uma reforma – o mais rápido possível. A Câmara dos Deputados votou a primeira de uma série de iniciativas que visam dar contornos éticos ao pleito brasileiro. O “distritão”, modelo em que seriam consignados apenas os votos majoritários do eleitor, foi derrubado. Confesso não saber se o modelo seria o ideal. O distritão acabaria com candidatos coringas – aqueles sem nenhuma pretensão de ajudar o país, mas excelentes para garantir votos. Na prática, porém, outros problemas surgiriam com a medida. Por hora, permanece a eleição proporcional. E o amanhã? Resta esperar e conferir.

Gabriel Bocorny Guidotti, bacharel em Direito e estudante de Jornalismo, Porto Alegre - RS

Reforma política 2

A reforma política está distante do anseio da sociedade brasileira. Ela sonha com a significativa redução nos gastos públicos e no número de congressistas, deputados estaduais e vereadores. Que as câmaras municipais tenham de oito a 30 vereadores; e que o salário nas cidades com mais de 80 mil eleitores seja, no máximo, de cinco salários mínimos. Nos demais municípios, os eleitos não deveriam ter salário e receberiam uma ajuda de custo mensal de um salário mínimo – e isso no caso daquele que residir a mais de 15 quilômetros da Câmara. As eleições devem ser unificadas e a cada quatro anos. A palavra chave na reforma política é austeridade nos gastos. Assim sobraria verba para melhorar os precários serviços básicos. Também é preciso esquecer o shopping da Câmara.

Humberto Schuwartz Soares, Vila Velha – ES

Reforma política 3

Os deputados federais não querem a reforma política verdadeira, pois preferem manter o atual sistema – foi por ele que foram eleitos. Isso prova, mais uma vez, que eles não entenderam – ou não querem entender – a mensagem das ruas das recentes manifestações. Creio que a população vai precisar voltar às ruas para insistir na manifestação, pois esse é o único meio que ainda nos resta.

João Luiz Barbosa, Pinhais - PR

Reforma política 4

A reforma política estava emperrada há anos na Câmara Federal, mas não parece ser tão importante para alguns parlamentares. Enquanto o projeto era discutido entre alguns, outros deputados assistiam a um filme pornográfico em algum tablet ou celular. E o equipamento, provavelmente, foi pago com dinheiro público. Essa é a responsabilidade do nosso Congresso com a reforma? Vamos para a rua.

Beatriz Campos, São Paulo – SP

Corrupção no futebol 1

A prisão de um ex-presidente da CBF, de dirigentes esportivos de vários países e da Fifa – acusados de irregularidades utilizando a força dos cargos nas entidades – mostra que a “indústria do esporte” exige o devido controle. Não dá para aceitar que o montante das verbas colocadas nas rendas dos jogos, na publicidade e no apoio governamental fique à disposição de grupos ou de pessoas. As manipulações levam em consideração interesses pessoais ou mesmo dos grupos. Que a investigação da polícia norte-americana repercuta em todos os países e que medidas punitivas sejam aplicadas. O futebol merece respeito.

Uriel Villas Boas, Santos – São Paulo

Corrupção no futebol 2

É hilário o Senado aprovar uma CPI sobre corrupção no futebol brasileiro, na esteira do escândalo envolvendo a cúpula da Fifa. Em meio à atual crise política e institucional reinante, o Legislativo deveria centrar suas preocupações e energias na discussão de assuntos visando o aprimoramento do processo político nacional, onde não se insere, prioritariamente, o nosso decadente futebol. Não se esqueçamos que José Maria Marin é ligado a Paulo Maluf e substituto de Ricardo Teixeira na CBF.

Eduardo A. Waintuck

Corrupção no futebol 3

Cabe indagar qual é a origem do dinheiro que teria sido utilizado para corromper a CBF e seus dirigentes. É notório que por ser uma atividade econômica explorada no âmbito privado – e por isso livre de fiscalização pública dos Tribunais de Contas ou do Ministério Público – o futebol poderia servir, até prova em contrário, para a lavagem de dinheiro. A verba bilionária também serviu para as contratações de craques nacionais e internacionais e ainda para a expansão patrimonial dos clubes.

Dirceu Gênis Pinheiro

“Brasil padrão Fifa”

Petrobras, BNDES, fundos de pensão, CBF, COB e muito mais. O Brasil que queremos é aquele em que tudo isso seja investigado. Basta de impunidade, de corrupção, de esperteza, de facilidades e de ilícitos. É preciso que haja cadeia para quem merece e também que a justiça funcione para andarmos adiante rumo a um amanhã mais digno, decente, feliz, seguro e bonito.

Myrian Macedo, São Paulo - SP

Cidadania

A conquista da cidadania é um processo e, como tal, deve ser edificado diariamente com nossas ações. Elas precisam ser compartilhadas e estendidas ao máximo a todas as pessoas. Em política não podemos outorgar todas as atribuições aos agentes e ao poder público, pois o cidadão é sempre o titular dos direitos e deveres da coisa pública. O voto a cada 730 dias é apenas uma mínima fração de nossos deveres com a cidade, o estado e o país. Temos de fazer jus ao exercício dos direitos. O poder público funciona de ofício e por provocação do cidadão. A omissão à provocação restringe o exercício dos direitos.

Johnny LaRoche

Salários dos vereadores

Fui vereador na década de 1970 e a Constituição estabelecia que os vereadores não tinham remuneração nos municípios pequenos. A Câmara não tinha nenhuma despesa. As atas eram feitas por um vereador nomeado entre os demais para ser o secretário. Não havia carro da Câmara, funcionários, prédio próprio, telefone, etc. E o que nós fazíamos? O mesmo que se faz hoje. Que tal se os R$ 100 mil gastos mensalmente com o Legislativo municipal fossem gastos em obras? As pessoas que poderiam fazer a diferença nem participam da disputa nas eleições hoje em dia, pois o pleito virou uma briga pelo voto em troca de favores. A grande preocupação dos candidatos é a reeleição.

Cleocir Lopacinski, Mallet - PR

BNDES

A presidente Dilma Rousseff vetou a medida, aprovada pelo Congresso, que previa o fim do sigilo nas operações financeiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A presidente argumentou que a divulgação ampla e irrestrita das informações de apoio financeiro prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global. Dilma esquece-se que o banco é uma instituição pública e deve prestar qualquer informação à sociedade. Agora cabe ao Congresso derrubar o veto, pois ele mantém infinitamente a “caixa-preta” do BNDES.

Edgard Gobbi, Campinas - SP
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