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As escolhas dos secretários estaduais e dos ministros do governo federal demonstram, de forma inequívoca, que os nossos governantes eleitos estão preocupados em cumprir acordos de campanha. Querem acertar ponteiros para as próximas eleições, em 2016. Só não estão preocupados em fazer o certo e nomear gente capacitada tecnicamente para ocupar cargos de tanta importância para o governo e a sociedade. Ao arrumar uma boquinha para os políticos derrotados pelo povo nas urnas, os governantes mostram total desprezo pelo povo. Querem se ajeitar, se arrumar no poder e pelo poder se perpetuar, sem se importar com o que pensa a sociedade brasileira.

Rafael Moia Filho, Bauru – SP

Secretariado e ministério 2

É lastimável a pouca importância que os detentores do poder dão ao esporte nos órgãos administrativos governamentais – de todos os níveis. Cargos que deveriam ser da maior importância e ocupados por pessoas realmente competentes e do ramo servem apenas para conchavos políticos. Cumprem-se cotas partidárias e secretarias e ministérios acabam ocupados por pessoas medíocres, sem a mínima aptidão. É o caso atual dos recém-indicados. Paradoxalmente, os governos federal e estadual – de dois partidos que se opõem – cometem o mesmo absurdo: nomeiam para satisfazer acordos eleitoreiros. O esporte é a maneira mais fácil – e barata – de prover uma boa saúde à população. Infelizmente, nossos governantes são cegos para isso.

Jorge Derviche Filho, presidente da Confederacíon Latinoamericana de Paracaidismo (Colpar)

Secretariado e ministério 3

Não precisa ser economista para resolver os problemas dos governos estadual e federal e de tantos outros no Brasil. Basta enxugar a máquina, acabar com o excesso de ministérios, secretarias e aspones. É preciso austeridade para exercer um cargo em nome do povo. Chega de compadrio e amizades. É preciso recuperar nossa economia.

Luiz Fanchin Junior

Reforma política

Após cinco legislaturas de quatro anos cada, a reforma política está indo para a gaveta ou nunca irá entrar em pauta. Quando os parlamentares assumem, nem pensam em mudar as leis da reforma – propostas pela primeira vez em 1995. Terão de mostrar serviço, se ela for aprovada, e isso é o que não querem. Trabalham contra o país, eleição após eleição, e essa é a meta. As reformas nunca entrarão em pauta, não há interesse nenhum. Apenas se ocorrer um plebiscito ou mudar a consciência dos políticos.

Dionisio Francisco Grabowski

Direitos trabalhistas

As medidas econômicas de arrocho recentemente tomadas pelo governo Dilma (Gazeta, 30/12) são consequência do Estado gigante, onipresente e tributador que o Brasil se tornou. O mesmo Estado que nos devolve serviços públicos de péssima qualidade. Por isso a necessidade do fortalecimento de ideais liberais em nosso país, com redução da máquina pública. É preciso retirar a enorme pressão sobre os cidadãos e conferir-lhes maior autonomia, para que possam utilizar seu dinheiro como bem entendem. Ou seja, mais liberalismo, menos marxismo. Matheus Felipe Buzzachera de Araújo

Impostos

Sempre falo que o problema do Brasil não é a falta de dinheiro, mas sim a falta de uma gestão eficaz do dinheiro público. Estamos entre os dez países em que mais se paga imposto no mundo. Mas, infelizmente, a corrupção consome grande parte desse montante.

Silvio Rossi

Rebelião

Infelizmente, o ano de 2014 acabou de uma maneira que não gostaríamos de noticiar: mais uma rebelião no sistema penitenciário do Paraná, na Casa de Custódia de Maringá, no dia 29. Na hora do recolhimento do pátio de sol, sete agentes foram feitos reféns. Essa foi a 24ª rebelião no período de um ano e 53 agentes penitenciários foram feitos reféns. Até quando sofreremos com essas situações de crise? Necessitamos, urgentemente, de mudanças. Precisamos de segurança para trabalhar, de condições de trabalho, de mais contratações, e de mudanças nas políticas instaladas no sistema penitenciário do Paraná.

Antony Johnson, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen)

Professores 1

É um equívoco muito grande colocar a responsabilidade da educação de qualidade nos ombros dos professores. Para o governo paranaense, educação de qualidade não é prioridade. Vejam as escolas, a maioria em situação precária, sem o mínimo para seu funcionamento satisfatório. Nem merenda de qualidade nós temos. No fim do ano, o governo mandou cortar verbas e suprimento das escolas e disse que precisava arrecadar mais fundos. Cuidado, os professores são heróis.

Eli de Abreu Passos

Professores 2

Mais uma abordagem sobre educação em que o foco de aprendizagem está endereçado unicamente ao professor. Como se a estrutura pedagógica e os espaços de aprendizagem não fossem relevantes. Ao enfatizar a qualificação do professor, que é pré-requisito importante, a análise não se reporta às fragilidades dos cursos de Pedagogia e licenciaturas. Cabe menção, nada honrosa, à gestão educacional. O ensino não pode estar centrado no professor, mas sim na instituição, nas suas concepções sobre ser humano, na capacidade em que promove discussões sobre o saber, e nas suas relações e correlações.

José Airton Gernano da Silva

Professores 3

É fundamental conhecer as dificuldades individuais e acrescentar práticas construtivas de experiências vividas aos conteúdos. Hoje, principalmente no ensino superior, como a maioria dos mestres e doutores não tem vivência na área de trabalho – pois eles fazem a graduação, não exercem a profissão e seguem direto para o mestrado e o doutorado –, tornam-se profissionais do estudo. Isso está tornando os cursos teóricos e os profissionais, as vezes, fantasiam a didática, com experiências não vividas.

Wilson Paulo Bettega

Cidadania

A participação cidadã inicia desde criança. A família educa e a escola ensina. O compromisso com a ética e a cidadania consolidam-se no momento que entendermos que todos somos sujeitos com direitos e deveres. A conscientização se dá pelos exemplos sólidos e consistentes. Já existe um Estatuto da Juventude, e há a nossa carta magna – que contempla e garante os direitos. Conhecê-los, hoje, não é mais um desafio; o maior deles é resgatar a credibilidade.

Carmen Marília Juck Côrtes de Souza

Urbanismo

Curitiba já foi referência nacional na questão de urbanismo (Gazeta, 2/1). Até os anos 1990. Após os 2000, a prefeitura está mais perdida que cego em tiroteio. Vide o nosso trânsito e a saturação do sistema de transporte coletivo. Aliás, as "inovações" de hoje, como as ciclofaixas pintadas, são copiadas de São Paulo. Vale anotar que a cidade foi uma das primeiras do país a ter ciclovias. Mas as ciclovias daqueles tempos estão em ruínas. Gilberto Nascimento

Bar Stuart

Tive o prazer de ser uma das pioneiras a frequentar o Bar Stuart (Gazeta, 30/12). Pois, até o fim da década de 70, era só para homens. Lembro-me muito bem dos olhares de desaprovação no começo. Mas, depois, se acostumaram com a minha presença. Difícil foi convencer as minhas amigas a me acompanharem. Rosane Magali Renaut

Crescimento econômico

O termo "coragem" empregado por Joaquim Levy significa, basicamente, arrocho fiscal, corte de despesas, supressão, em especial, de prestações de caráter "social" – como benefícios previdenciários e o Bolsa Família. Leia-se também restrição do crédito para produção e consumo – visando frear a inflação de demanda –, manutenção do câmbio flutuante, com viés de desvalorização do real para equilibrar a balança comercial, e rígido controle de metas de inflação.

Marcelo Padilha

Indicações partidárias

Conforme noticiário, o anúncio dos últimos ministros – indicados por Dilma – desagrada o PT. Ora, tenham a santa paciência, querem enganar a quem? Até o mais desinformado cidadão já concluiu que já estava tudo previsto e combinado. São todos velhos companheiros do partido. Só para dizer o mínimo.

Luís Fernando Santos, Florianópolis – SC

Spac

Parabéns à Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (Spac) por, pelo menos, tentar ajudar nossos animais (Gazeta, 30/12). Quanto às cirurgias e outros procedimentos médicos condenados pela UFPR, parece-me que os mesmos não querem concorrência. Continuem trabalhando e que Deus abençoe a todos na Spac por tão nobre missão.

Jurandy Chaves

Mercês

Tem toda a razão o leitor Ricardo Luís Raulik quando trata sobre o abandono e a insegurança no bairro Mercês (Gazeta, 31/12), um dos mais antigos e tradicionais de Curitiba. É um bairro grande territorialmente, com uma população expressiva, mas seus moradores não têm sossego. Um bando de malfeitores anda por aqui assaltando à mão armada, arrombando, invadindo, causando perigo de vida e inúmeros prejuízos, sem que se veja uma ação efetiva da polícia, omissa e indiferente, às vezes. O que adianta o governo contratar 10 mil policiais durante um ano, se os resultados continuam sendo sempre os mesmos? Parece que o que falta é um plano, um projeto que priorize a segurança. Na verdade, o que falta no Brasil é empenho à aplicação da lei e a punição efetiva, para que o bandido tenha receio de ser bandido, porque as consequências não podem ser boas. Até quando vamos passar ingenuamente a mão na cabeça deles?

José Wanderlei Resende, desembargador aposentado

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