Tumulto

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Esse povo que faz de sua necessidade por teto um pretexto para destruição não deveria ser tratado como coitado, e sim como criminoso. É muito fácil querer as coisas quase de graça, principalmente moradia. Hoje eles ganham casa do governo e amanhã vendem e voltam para a fila de sem-teto. O governo deveria condicionar a moradia ao estudo e trabalho obrigatório para pagamento do imóvel e não ficar financiando a miséria com interesse eleitoreiro.

Edson Lincoln Florscuk

Auxílio-moradia

Concordo com o auxílio-moradia aos juízes (Gazeta, 17/9). Na verdade, é uma compensação para a falta de reposição salarial, e ainda assim ganham pouco, da mesma forma que os servidores. As pessoas que reclamam bem que gostariam de estar no lugar dos juízes, mas não teriam capacidade de fazer uma faculdade de Direito, e muito menos passar em um concurso duríssimo como é o da magistratura. Ninguém reclama com a mesma veemência dos jogadores e técnicos de futebol que ganham, no mínimo, R$ 100 mil por mês.

Marcos Jorge Seixas

Reforma política

O tema fundamental na reforma política deve ser as ilimitadas reeleições para os deputados e senadores. Com tal permissividade da lei, a política é vista como uma profissão, quando deveria ser uma praça de discussão pública, a qual promoveria propostas para o desenvolvimento do país – como na Grécia antiga, paradigma democrático. Considero também vital o fim da eleição por legenda partidária, pois prejudica a representatividade.

Gabriela Hawane Bortoli

Pobreza

Um estudo da FAO diz que o Brasil reduziu a pobreza extrema em 75% (Gazeta, 16/9) e os críticos do PT ainda falam que o Fome Zero é um engodo, que é populista, que é para manipular as massas e outros papos surrados. Duvido que o PSDB e os neoliberais fariam isso. Aí é que não entendo: como pode alguém defender um sistema que irá acabar com o Estado de bem-estar social? Quem defende o neoliberalismo está defendendo que as pessoas que não conseguem emprego vão passar fome e morrer, e ninguém fará nada para ajudar. Isso não é liberdade, é o domínio do mais forte.

Maurício Antunes Ariede

Armas

Parabéns a Fabricio Rebelo pelo artigo "Armas sem registro e sem crime" (Gazeta, 17/9), esclarecendo a população sobre seus direitos. É um absurdo a necessidade de renovar o registro de armas a cada três anos. O cidadão de bem sempre é penalizado, não tendo o direito de se defender. O Estado é incapaz e inoperante, só sabe cobrar, e enquanto isso a bandidagem deita e rola.

Rogério Pereira

Obras 1

Sobre o projeto de lei que determina o custo compartilhado de obras de interesse comunitário, o poder público está repassando aos cidadãos a responsabilidade por custos que são exclusivamente seus. A falácia de que o poder público não tem caixa para a realização de obras seria facilmente resolvida com o enxugamento da máquina pública e com a diminuição da corrupção nos setores da administração. Querem uma parceria? Diminuam os tributos.

Fábio Alexandre Sombrio, advogado

Obras 2

Um absurdo esse projeto para que as benfeitorias de obrigação da prefeitura sejam também custeadas pela comunidade. Será que o que pagamos de impostos ainda é pouco? Até concordo que isso possa ser viável e até funcionar em condomínios fechados, mas não para a cidade como um todo.

Airton Dias

Obras 3

Secretários e auxiliares próximos ao prefeito Gustavo Fruet possuem belos currículos, mas, ao que parece, não sabem ou não gostam de trabalhar e colocar a mão na massa para ajudar o patrão. Vaquinhas para obras em ruas e logradouros não criam méritos e devem ter a correspondente redução do IPTU na região. Do contrário, é bitributação.

Jorge Abib

Gramática

No início, cheguei a ver com bons olhos a "fonetização" da escrita. Porém, ao tentar fazer um exercício com palavras cujos fonemas substituiriam as sílabas originais, notei quão ridícula é essa proposta. Agora, com os apontamentos técnicos do professor Carlos Alberto Faraco (Gazeta, 16/9), percebo que a ideia deve ser rejeitada integralmente. Uma coisa foi a substituição do "ph" por "f" no passado, outra é nos remeter a uma ortografia fonética que se justifica pela redução do analfabetismo.

Rodrigo Bertuol

Linha Verde

Sobre a matéria "Só duas BRTs ganham selo 'ouro': a Linha Verde, em Curitiba, e TransOeste, no Rio" (Gazeta, 17/9), essa avaliação é pífia porque os pesquisadores não andam no horário de pico. Com uma nota dessas, o transporte teria de ser perfeito, e isso não existe aqui. Não quero desmerecer o transporte coletivo de Curitiba, que é bom, mas não merece a avaliação máxima.

Hilário Kerkhoven

Portos

Filas quilométricas de caminhões em rodovia para descarregar produtos em um porto são causadas por duas coisas: má gestão do porto e falta de investimentos do governo, principalmente na construção e modernização de ferrovias e na implantação de uma logística inteligente para os caminhões entregarem suas mercadorias com dia e hora marcada. Grandes filas de caminhões em rodovia para descarregar no porto de Paranaguá só demonstram incompetência do governo estadual em melhorar o porto.

Cicero Roberto Kruke Lachowski

Campo

Parabéns pela matéria "#soudocampo, com orgulho... e dificuldade" (Gazeta, 14/9)! Ela deve ser lida e refletida pelas lideranças públicas, que precisam se preocupar em planejar para não faltar comida daqui a quatro décadas nas grandes cidades. Para minha surpresa, alguns candidatos simplesmente ignoram o tema.

Mário J. Ferreira

Educação

Educação não é só frequentar a escola para aprender Matemática e Geografia. Educação vem de berço e da sólida formação moral e disciplinar no seio da família. Não basta entregar bilhões de reais para as escolas: é preciso complementar a formação do cidadão com conhecimento e cultura!

Marcelo Papp

Advogados

Os médicos cubanos não são examinados como os demais médicos, e estão clinicando normalmente. Daqui a pouco o governo vai passar a importar advogados e juristas cubanos, russos e de outras ditaduras para que, sem exame da OAB, defendam os "companheiros".

Eugênio Iwankiw Junior

Violência

A violência urbana ganha contornos de guerra civil. Se até o cardeal do Rio de Janeiro foi assaltado (Gazeta, 16/9), é sinal de que não há mais controle sobre esse terrível mal que atinge as cidades brasileiras, as metrópoles e os pequenos municípios. O Rio seria um excelente laboratório sociológico para pensarmos as políticas públicas de segurança. Tenho a impressão de que no Rio deve-se partir do zero, não há solução mágica...

José Luciano Ferreira de Almeida

Economia

Excelente o editorial "As contas públicas e as eleições" (Gazeta, 15/9), que toca no cerne da questão fiscal do Brasil. Só um reparo: quando falta poupança interna para o governo cobrir seus gastos, pegando empréstimos do setor privado, o correto seria o Banco Central elevar as taxas de juros. Assim, o setor privado estaria incentivado mais a poupar que a gastar. Mas o que ocorre é que o BC mantém as taxas de juros muito abaixo do necessário para o processo ocorrer com perfeição. Então, quando os reais do setor privado começam a escassear, as taxas de juros começam a subir.

Ricardo Toseto Ciquelero

Bancos

Eu não entendo. Alguns candidatos criticam os bancos, mas depois aceitam o dinheiro deles? Não estou defendendo com isso os bancos, pois não dá para defendê-los, mas meter a boca e depois estender as mãos para recolher as migalhas, como fazem os candidatos, não dá!

Cayo Miguel Angel Martin Cristobal

Petrobras

Se o senhor Paulo Roberto Costa aceita devolver aos cofres da Petrobras US$ 23 milhões, imagine quanto apenas os presidentes da Câmara e do Senado, denunciados por Costa, terão de ressarcir, se é que vão. E há ainda os 40 e tantos deputados federais. Aliás, será que há algum paranaense envolvido?

Sérgio Luiz Ramon

Estado

O colunista Friedmann Wendpap faz uma confusão muito grande no texto "O fim do Estado" (Gazeta, 15/9). O Estado é uma instituição que tem o monopólio da força, da Justiça, da tributação e de todas as formas de coerção dentro de um território. O autor diz que a única alternativa ao Estado seriam organizações tribais sem divisão do trabalho. Nada tem a ver uma instituição que tem o monopólio da violência com a divisão do trabalho e a garantia do direito de propriedade.

Leonardo Simoni

Voto 1

O término do voto obrigatório só interessa a partidos que possuem uma militância organizada. A maioria da população não se preocupa com o voto e, se ele não for obrigatório, vai preferir um dia de descanso ou praia em vez de ir às urnas. Como consequência, seremos governados por minorias radicais.

Milton Campos

Voto 2

A proposta da restrição de votos de quem recebe Bolsa Família é, no mínimo, um bom exemplo de arrogância e prepotência. Caso nos dispuséssemos a implantar tal absurdo jurídico, também deveríamos fazê-lo em relação aos favorecidos pelo Refis, Prouni, vale-gás, proprietários de veículos a diesel, agricultores que têm empréstimos com juros subsidiados. A proposta causa constrangimento e vergonha aos cidadãos.

Alexandre Devicchi

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