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O início de 2015 traz as previsões mais pessimistas para a economia nacional dos últimos anos. Se a grande maioria dos brasileiros já sente os primeiros sinais de um período de turbulências, com o setor produtivo a situação não é diferente. Este é um momento de modificação de parâmetros – seja para o empresário ou para a pessoa física –, de rever orçamentos e realizar ações que gerem maior sustentabilidade financeira.

A retração da economia é demonstrada com a queda da produção industrial e da balança comercial, que teve o pior desempenho em 16 anos, consequentes demissões em massa, previsão de crescimento zero ou até mesmo negativo da economia e forte alta da inflação. Neste momento em que se apertam os cintos, governos federal e estadual enxugam seus orçamentos na expectativa de promover uma melhoria nos caixas públicos, mesmo que em baixa escala.

Mas, novamente, a população e o empresariado terão de arcar com a maior parte dos custos. O aumento da tributação, vindo em pacotes antes inimagináveis, e a alta do dólar, entre outros aspectos, assombram mesmo em um ano no qual já se não esperava uma grande calmaria. No caso do setor produtivo, o problema é ainda maior: em contrapartida à alta tributação proposta, continuamos convivendo com problemas históricos de infraestrutura nos nossos portos, aeroportos e nas estradas que cortam o Paraná, mesmo com um dos pedágios mais caros do mundo. Além de tudo, para 2015 ainda somam-se 12 feriados nacionais, que desaceleram o crescimento da indústria e, principalmente, do comércio.

Não é difícil se identificar com a descrição acima, mas falta descobrir a fórmula para uma saída que seja saudável para todos os setores e coloque o Brasil em destaque no cenário mundial. Alguns economistas apostam em uma possível virada no segundo semestre para que 2016 seja um ano de bons frutos; no entanto, não é visível a apresentação de um plano de governo que vise diminuir as diferenças e auxilie o dia a dia do empresariado. Vemos a necessidade de um choque de gestão e competitividade, uma força-tarefa que não se limite à equação entre aumento de receitas via tributação e diminuição de despesas. O gestor público precisa ser um solucionador das demandas de nossa população e não um causador de entraves. O ideal seria buscar a produtividade com redução de custos, tornando as empresas mais eficientes, melhorando seus processos. Ações como oferta de crédito consciente e diminuição do custo Brasil a partir de ações que tragam maior eficiência no processo são alguns dos pontos cruciais para a retomada do crescimento da economia.

O setor produtivo precisa se unir paralelamente, cobrando dos governos federal e estadual, e dos deputados e senadores eleitos, com o fim de buscar mais eficiência e melhorias para o Paraná, para ajudarmos a fazer as mudanças necessárias e, assim, passarmos por esse período de uma maneira mais tranquila. O que necessitamos, principalmente, é sincronizar as demandas e nos unirmos, como já ocorreu tão positivamente em outros momentos da história do Brasil. Guido Bresolin Junior, empresário, é presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap).

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