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Horário agendado, ilhas de higienização: as propostas das academias para reabrir
| Foto: BigStock

Professores, instrutores e donos de academias vivem a dúvida sobre a possibilidade de reabertura em Curitiba durante a pandemia de coronavírus. Segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro chegou a incluir as academias entre as atividades essenciais em decreto federal, o que liberaria a reabertura. Entretanto, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determina que são as prefeituras e governos estaduais quem decidem quais são as atividades essenciais. Desta forma, no Paraná, a reabertura não só de academias, mas também de shoppings e outros estabelecimentos, depende de avaliação técnica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

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Enquanto essa diretriz não é divulgada pela Sesa, quem trabalha no ramo prepara uma série de medidas para quando o setor for autorizado a retornar. Além das academias, clubes recreativos também cobram uma solução e dizem estar preparados para retomar as atividades.

O personal trainer Fábio Lucas tinha ao menos dez clientes e uma rotina corrida antes da pandemia. Agora enfrenta um período incerto, já que as academias nas quais atuava com seus alunos seguem fechadas. “Inicialmente ficamos sem ter para aonde ir. Logo que começou a pandemia, consegui falar com alguns alunos e marcamos aulas em parques. Mas logo depois, esses locais foram fechados e seguimos parados desde então”, explica o personal que trabalha há 21 anos no ramo.

Para Fábio, o maior problema é que a falta de um plano. “Ficamos sem renda e sem perspectiva. A grande questão é a falta de direcionamento sobre o que poderá ser feito e quando algo será feito”, afirma.

Cartilha para reabertura

Para tentar amenizar este problema, o Conselho Regional de Educação Física do Paraná (Cref-PR) preparou uma séria de recomendações e medidas preventivas a para quando estes estabelecimentos tiverem a abertura liberada. Entre as medidas estão o controle no número de pessoas por hora agendada, proibição de acesso por senha digital, ilha de higienização, obrigatoriedade de álcool gel e lenços para limpeza de aparelhos antes e depois da utilização, entre outras medidas.

Colaborador regional da Gracie Barra no Paraná, Rodrigo “Pimpolho” Fajardo, readequou toda sua escola de jiu jitsu para quando for liberada a volta dos alunos. A Gracie Barra de Curitiba, inclusive, adotou um manual de diretrizes já aplicadas nas academias da rede nos Estados Unidos que deverão ser seguidas para garantir a segurança pública e continuidade das escolas.

Rodrigo “Pimpolho” Fajardo e Nika Swchinden prepararam a escola para quando o setor for liberado para reabertura.
Rodrigo “Pimpolho” Fajardo e Nika Swchinden prepararam a escola para quando o setor for liberado para reabertura.| Lineu Filho / Tribuna do Paraná

“Minha escola está toda planejada. Temos estações de higiene, vestiários e bebedouros isolados, número máximo de pessoas para treinar, pistola de medição de temperatura, tatames afastados, entre outras coisas. Vamos seguir à risca o documento de diretrizes”, diz o empresário. As orientações são divididas tem três fases: treinos em casa com aulas em vídeo, treinos sem contato e treinos com contato mínimo.

Fajardo ressalta que o principal objetivo do manual de diretrizes da Gracie Barra é ajudar a comunidade da arte marcial em si, não só do jiu jitsu. “O modelo de reabertura é para todos, se todos seguirem, ajuda a comunidade por completo. Que isso sirva de exemplo, pois tem muita gente sem ideia do que fazer nesse momento de pandemia, fechando as portas. É um material para encorajar os participantes das artes marciais que procurem estabelecimentos que adotem estas medidas. A arte marcial precisa passar por essa”, afirma.

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