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Passageiros em ônibus de Curitiba durante a pandemia. Imagem ilustrativa.
Passageiros em ônibus de Curitiba durante a pandemia. Imagem ilustrativa.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Às vésperas de um possível retorno da bandeira vermelha em Curitiba, a Associação Comercial do Paraná (ACP) anunciou que está tomando medidas para oferecer a seus associados alternativas ao transporte coletivo em Curitiba. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (25), o presidente da ACP, Camilo Turmina, disse que a entidade está fechando parceria com um aplicativo de mobilidade e viabilizando ônibus fretados para o transporte dos trabalhadores. As medidas devem entrar em vigor nas próximas semanas.

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No comunicado, Turmina reconhece que cabe ao poder público atuar de forma assertiva no combate ao crescimento dos casos de Covid-19, mas pede que não haja o fechamento do comércio – atitude classificada por ele como “inócua”. Ele também critica a superlotação dos ônibus do transporte coletivo, as festas clandestinas e as aglomerações, e chama de “arbitrárias” as medidas mais restritivas como o lockdown.

“O segmento comercial e de serviços não suporta mais a pesada carga por conta dos seguidos e infrutíferos abre e fecha. Que se combata as festas e aglomerações e que se proíba de vez os ônibus lotados. Mas que se deixe o varejo e a vida fluir dentro do possível sem a adoção dos lockdowns causadores da falência de um número incontável de negócios e a consequente perda de milhares de vagas de trabalho. Reafirmamos nossa posição contra a arbitrariedade do lockdown”, afirmou, na nota.

O presidente da ACP informa que a entidade tem contribuído para superar os desafios impostos pela pandemia, e que propôs alternativas para reduzir a circulação de pessoas e aumentar o distanciamento social, como o rodízio no comércio. Por fim, Turmina explicou que a ACP está patrocinando um projeto-piloto que alerta para a lotação máxima nos ônibus da região metropolitana, entre outras medidas.

“Em algumas semanas lançaremos uma parceria inédita com o Waze Carpool para que trabalhadores tenham a opção de evitar os riscos de contaminação no transporte coletivo lotado. Também vamos viabilizar às empresas associadas e seus colaboradores ônibus fretados seguros e sem aglomeração a R$ 5 cada viagem”, detalhou.

“Tudo aponta” para a bandeira vermelha

A secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, afirmou na segunda-feira (24) que os índices da pandemia do coronavírus na cidade se aproximam da bandeira vermelha (alto risco), quando medidas mais severas de restrição de circulação e de funcionamento de atividades são impostas pela prefeitura.

“Tudo aponta [que a gente deve entrar na bandeira vermelha]. Amanhã [terça-feira, 25] a gente tem uma reunião de tarde. O dado até hoje mostra que a gente está ali [perto da bandeira vermelha]. Nós tentávamos, com esse esforço, segurar um pouco isso. Mas a gente está assim, para o vermelho é uma viradinha. Não vejo muita saída. Não estou vendo muita perspectiva”, disse ela.

Os indicadores oficiais do município mostram que há uma média de 853 casos de Covid confirmados por dia em Curitiba, com uma tendência de alta de 25% em relação aos últimos 14 dias. A capital contabilizou na segunda-feira 9.966 pacientes com potencial de transmissão da doença, os chamados casos ativos, e 21 novos óbitos – a média de mortes por dia chegou a 25 e mostra tendência de estabilidade. No mesmo dia, a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria reservados para pacientes com Covid-19, no SUS, atingiu 100%.

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